sábado, 28 de junho de 2014

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Veja o Informativo Especial de Junho/2014, "Xangô"

Já encontra-se disponível para consulta, o Informativo Especial de Junho/2014,       "Xangô", com duas páginas. Leia já!


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Folder Explicativo Número 06 - "Xangô"

Já encontra-se disponível para leitura e consulta, o Folder Explicativo Número 06 "Xangô" com duas páginas (frente e verso), no link abaixo. Leia já!

Obs: Lembramos a todos que desejarem, poderemos também enviá-lo via e-mail, bastando apenas solicitá-lo para: cesjbig@gmail.com



terça-feira, 24 de junho de 2014

Pense...

Kaô Kabecile!

Kaô Kabecile!
Hoje, festeja-se São João, que é uma das celebrações dentro das festas juninas, e que acontece em vários países historicamente relacionadas com a festa pagã do solstício de verão, celebrada no dia 24 de junho. Xangô é sincretizado com São Pedro e São João Batista, cujo poder se manifesta na pedreira, é o Senhor da justiça. Seu símbolo é o machado de duas faces, significando que o machado tanto protege seus filhos das injustiças como os pune quando as cometem, bem como a estrela de 6 pontas cujo símbolo é em si o poder equilibrador do universo. 
Xangô é implacável quando aplica castigos. Seu raio é visto como castigo que fulmina os que não passaram pelo julgamento do senhor supremo da justiça. Da mesma forma, uma casa atingida por um raio é uma casa marcada por sua fúria. Ele pode ser um forte aliado em processos que estejam retidos em tribunais, onde a justiça seja aplicada corretamente, pois ele fará um exaustivo julgamento e todos os prós e os contras serão pesados por este sábio juiz. Para aqueles que tem problemas na justiça este é o melhor dia para fazer oferendas e simpatias ao “Senhor da Justiça” pedindo misericórdia e ajuda nos processos judiciais.







quarta-feira, 11 de junho de 2014

Quiumbas, Zombeteiros e Obsessores.



Esta questão é interessante, e muito importante para umbandistas ou não, assim como também, para médiuns ou não. 
Espíritos zombeteiros, quiumbas, etc., tem baixíssimo padrão vibratório (pensamentos/sentimentos). Sabemos que nos ligamos a eles, ou eles se ligam a nós primeiramente por semelhança de padrão. Ao baixarmos nossos pensamentos, sentimentos com energias de inveja, ciúmes, depressões, vingança, ódio, materialismo, cobiça, rancor, libido, etc (dentre diversos outros), ou seja, quando saímos dentro do equilíbrio energético que deve haver tanto na linha da fé, amor, conhecimento, justiça, lei, evolução e geração, atraímos estes seres vivos ativos e pensantes para próximo de nós.


Nosso campo energético e mediúnico "funciona também como um escudo", mas ao vibrarmos negativamente, abrimos brechas e permitimos que estes se liguem a nós por sintonia, cordões, etc. Então, antes de qualquer coisa, temos de falar em Reforma Íntima. Temos que falar em controlar nosso racional e nosso emocional para que não nos sobrecarreguemos de energias pesadas.

Quanto mais equilibradas nossas atitudes, pensamentos, sentimentos, maior a nossa proteção e menores a brechas para os ataques, mais próximos deles estamos. Por vezes, estes são desafetos que deixamos para trás em outras vidas ou desafetos que construímos nesta vida.

Exemplo: Arranjamos brigas, discussões etc. Magoamos pessoas, falamos o que não deveríamos, nos envolvemos em intrígas, fofocas, etc. Geramos assim energias negativas em nós mesmos e abrimos as brechas para sermos atacados, e geramos nos nossos desafetos, inimigos, pessoas próximas ou longe de nós, todos estes sentimentos negativos. Nossos sentimentos negativos nos prejudicam e prejudicam aos nossos irmãos encarnados. Estes sentimentos negativos os prejudicam e nos prejudicam também .... Os quiumbas, zombeteiros etc., se ligam a cada um de nós.

O que temos que fazer então?

1. Reforma íntima (vibrar pensar e sentir pensamos virtuosos). 
2. Pedirmos auxílio aos nossos mentores e guias. .

Perceba que não adianta ir ao terreiro e pedir auxílio aos Orixás, guias e mentores, se nossos pensamentos, fora e dentro do terreiro, são negativos. Inclusive a espiritualidade permite que soframos estes "ataques" para vermos qual a nossa reação e para que "na dor" sintamos nossos próprios erros e possamos aprender e melhorar! Dizem que aqui se faz, aqui se paga. É questão de tempo. Se erramos, a Lei Maior permite que recebamos atuação. Basta manter-se dentro da Lei que essas energias se afastam de nós.

Exemplo de desafetos de outras vidas: Deixamos para trás, em outra vidas, pessoas que por nossa causa tiveram esses pensamentos/sentimentos negativos. Deixamos de auxiliar um irmão a buscar esta tal "Reforma Íntima", deixamos e vimos pessoas se afundarem se ao menos tentar auxiliá-las. Isso também não ajuda em nada. Em outras vidas podemos ter influenciado e termos sido influenciados. Podemos ter nos ligados a estes irmãos que hoje chamamos quiumbas, zombeteiros, etc. 

Isso pode até demorar, mas eles nos acham. Muitas vezes querem vingança. Muitas vezes vibram ódio e ao menor pedido de um SUPERIOR no baixo astral/trevas ou de seus "amigos" chegam até nós para nos bombardear, bombardear nossas casas, nossas famílias,etc. Lembrando que hoje um irmão seu pode ter sido seu pai, seu filho, seu neto etc. em outra vida.

Por que é permitido a eles nos "atacarem"? Ajuste de contas? O que vamos fazer por eles, auxiliá-los a vir/ir para esferas positivas ou vamos simplesmente alimentar estas vinganças e sentimentos negativos? Em outras palavras, dizem que estes irmãos de nossas vidas passadas, hoje negativos e nos defrontando (com ou sem consciência) é nosso EMBAIXO subindo para nos purificar e para que os purifiquemos. Excelente oportunidade para ajuste de contas e quebra de desavenças de vidas passadas, não é? Por que dizem que a mediunidade é uma via rápida de evolução (lembremos que tem de ser equilibrada e bem utilizada).

O que temos que fazer: Alimentar o ódio, a raiva e os sentimentos negativos contra estes irmãos  não ajudará em nada! 

 Mas o que devemos fazer?

1. Manter-nos equilibrados. 

2. Não achar que somos a Lei e a Justiça e sim instrumentos de Deus para realizarmos alguma ação.

3. Trabalharmos espiritualmente e dentro de terreiros, centros espíritas, etc onde nossos irmãos mentores e guias poderão nos auxiliar e auxiliar estes nossos desafetos.

4. Nos Mantermos na "LINHA" para que nossos guias, mentores etc. incluindo nossos guardiões possam estar ao nosso lado conforme nosso merecimento e que não precisem deixar as trevas nos atingir, pois nos mantemos dentro da Lei Maior, com amor, caridade etc.  

Como médiuns, uma das vantagens que temos é que geralmente conseguimos captar rapidamente alteração no nosso campo vibratório, energético e mediúnico. Se nossos pensamentos e sentimentos estiverem negativados ou exagerados, gerando e absorvendo energias negativas, de nada vai adiantar um colar, uma guia, um assentamento, uma firmeza. Se permitimos que nossos pensamentos e sentimentos nos afundem, não vai ser a GUIA ou um assentamento de um guardião que vai nos proteger ou salvar. Lembre-se que tudo faz parte da Lei Maior e da Justiça Divina.

Se merecermos cair para esferas negativas, não é porque somos médiuns que estamos salvos. Aliás, temos além de tudo o compromisso de não afundar nossos guias e guardiões conosco. Por isso, temos que ter responsabilidade e prudência com relação ao que fazemos e pedimos a eles. Recebemos orientação, intuição e direcionamento do melhor caminho, mas por sermos limitados, incoerentes, gananciosos, etc., fazemos aquilo que sabemos não ser o melhor, não ser o correto, não ser o que o nosso sentimento mais íntimo e puro nos fala para não fazer. Aqui se faz, aqui se paga. Tudo é por merecimento. Quando falo AQUI, não me refiro somente ao aqui planeta terra, vida, e sim a todas as dimensões cósmicas ou universais, planos, esferas, etc. Certamente, defumação, banho de ervas, guias, colares, assentamentos, firmezas, etc., são eficientes e eficazes, mas estes também o são conforme nosso merecimento, e estes não estão acima da Lei Maior e da Justiça Divina.

Perceba também, que como médiuns, absorvemos "Cargas" de outras pessoas. Nosso campo energético-magnético mediúnico muitas vezes recolhe sofredores (eguns) para que estes sejam encaminhados posteriormente em giras, ou através da Magia Divina. Basta amoldarmos nossos pensamentos para poder agir e auxiliar estes irmãos sofredores. Se somos médiuns equilibrados, fica mais fácil ainda. Sendo médiuns, frequentando terreiros, tendas, cabanas, centros, etc., também podemos estar nos ligando a egrégoras que combatem as trevas, os trevosos, os quiumbas, zombeiros, etc. Se nos lembrarmos que existem centenas, milhares de irmãos na escuridão, trabalhando e atuando em legiões, como se fossem verdadeiros exércitos, muitas vezes, os ataques são apenas guerrilhas e pequenas batalhas.

Se equilibrados e trabalhando como Instrumentos de Deus, na luz e para a Luz, com todos os nossos guias, mentores, protetores, guardiões, dentro da Lei Maior e da Justiça Divina, sem nos abatermos e perdermos as batalhas, por mais que os exércitos negativos possam vencer uma batalha ou outra, não vencerão a guerra. Quando a Lei maior e a Justiça divina entram em ação, legiões e exércitos passam por esgotamento e por esvaziamento de seus negativismos, tendo a oportunidade de voltar para a luz, de serem resgatados. Nos resta permanecer na "linha", de forma honrada, virtuosa, ativa, salutar, equilibrada, caritativa, com amor e humildade, lembrando que somos apenas parte de uma egrégora maior que nós e que também estamos e somos regidos pelas Leis de Deus. Isto significa: Reforma íntima, amor, caridade, bondade, etc.... e se médiuns... que sejamos ativos e tenhamos comportamento, pensamentos e sentimentos voltados para a Luz e não para as trevas.

Lembremo-nos que é ai que podemos utilizar a mediunidade como uma forma rápida e segura de evolução, afinal, pedimos para sermos médiuns e nos conceberam esta oportunidade.

Como podemos identificar esta situação então?:

a. Veja se sua casa está em harmonia (não estou falando somente no aspecto financeiro, e para falar a verdade, esta é a que menos conta). Todos temos direito de termos dinheiro, mas não podemos nos deixar cair nas armadilhas da ganância, da arrogancia, na soberba, etc.

b. Um dos sintomas/sinais de manifestação negativa são os pensamentos negativos, a irritabilidade, os desequilíbrios de sintonia, a manifestação de espíritos pendindo coisas estranhas e que você sabe que lá no fundo, não deveria fazer.

Temos que lembrar que nós podemos não estar obssediados, mas alguém em nossas casas pode estar. Pensemos: esta pessoa está tendo atitudes demasiadamente estranhas, está inquieta, truculenta, irritada, explodindo por qualquer coisa, provocando, brigando. (sinais de obssessão): Se cairmos nas provocações e adentramos em seu negativismo temporário ou permanente, vamos nós também baixar nossas vibrações e sofrermos de ataques vampirizadores, obssessivos, etc. O que fazer? Calma, tranquilidade, harmonia, e tudo que já foi dito acima. Estas manifestações podem ser realmente ataques: exemplo: "eliminamos uma tropa" mas de quantas tropas é formado um exército?

Lembrando que estas manifestações podem ser vampíricas e vampirescas ... ex.: estamos super bem, harmonizados, irradiando vibrações e energias positivas, etc. Alguém em algum lugar (vampiros espirituais) podem nos atacar, lembrando que vampiros sugam sangue/energias.

Podem ser espiritos ligados a nós de um tempo longínquo de vidas passadas; podem ser inclusive seres também negativos, das mais variadas dimensões, mas não devemos nos esquecer que absolutamente TUDO é regido pela Lei Maior. Lembrando que a Justiça tarda mas não falha. Lembrando que quando exageradamente negativos, estes seres em suas ganâncias, etc... precisam de nós para "absorver" energias, e podem tanto absorver quanto emanar energias negativas, etc. Muitas pessoas que realmente vibram negativamente, passam a ser regidos não por seus guias e mentores de Luz, mas por seres sórdidos, negativos, etc, que tanto doam quanto recebem energias. O ser pode vir a ser controlado e sobreviver com a emanação negativa, e não com a positiva. 

Umbanda é Caridade!


Alguns dizem por aí, que a Umbanda não é caridade! Que é normal se cobrar pelas palavras amigas de um Preto-Velho, pela energia revigorante de um Caboclo, pela pureza de uma Criança ou pela proteção de um Exu, e que devemos cobrar pelo que nos foi dado gratuitamente.



A mediunidade é um dom, mais que um dom, um presente divino. Uma forma de atingir o coração das pessoas mais necessitadas e lhes encher de carinho e segurança. Afinal, a Umbanda também é amor! Amor pelos encarnados e pelos desencarnados. Amor por ajudar aos necessitados. Amor pela caridade, pois a Umbanda é acima de tudo amor pela caridade!

Desde que foi revelada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, a caridade foi colocada como alicerce da Umbanda. Pois a Umbanda é louvação à Deus. E Deus é amor e caridade. E todas as entidades que estiverem dispostas a trabalhar em prol da humanidade terão seu lugar em um verdadeiro terreiro de Umbanda. Afinal, a Umbanda é serviço prestado ao próximo, é se esquecer do orgulho humano e aprender a ser humilde. Aprender a respeitar o sofrimento alheio como se fosse o nosso próprio sofrimento. Ser Umbandista é ter sempre o coração aberto ao novo. Pois a Umbanda é filha do preconceito, e na Umbanda não se deve existir discriminação. Somos todos iguais! Em gênero, cor (todos somos da raça humana) e classe social!

Na Umbanda não há distinção entre os encarnados e nem entre os desencarnados. Afinal, somos todos filhos de Deus. E todos merecemos ser tratados com amor e dedicação. Na Umbanda todos temos o direito de buscar e obter o auxílio necessário para nossa evolução. Pois evoluir é necessário. E não há meio melhor de se evoluir do que com a prática da caridade, do que sendo caridoso.

“Fazer caridade é importante, ser caridoso com o irmão é essencial”. Ser Umbandista é ser caridoso! Então, não se iludam! Não se deixem enganar por quem diz que devemos pagar para obter auxílio em um terreiro de Umbanda. Não se deixe enganar por quem diz que a Umbanda é uma fábrica de desejos e lhes promete tudo com prazos. Pois a Umbanda, também é merecimento. Seja caridoso meu irmão, e então serás Umbandista. Umbandista de corpo, alma, mente e coração, um Umbandista a serviço da caridade.

Os Pontos Cantados e Seu Significado



Um dos fundamentos de vital importância para harmonização e eficácia dos trabalhos dentro de um templo umbandista, é sem dúvida, o que diz respeito aos Pontos Cantados (curimbas). Em tempos imemoriais, o Homem materialista é ligado quase que exclusivamente aos aspectos físicos que o circundavam, tomado de profundo vazio consciencioso, resolveu traçar caminhos que o fizesse resgatar a verdadeira finalidade de sua existência. Alicerçado em princípios aceitáveis, passou a buscar o elo de ligação para com o Criador, a fim de se redimir do tempo perdido e desvirtuado para outras ações. Uma das formas encontradas para a reaproximação com o Divino foi a música, onde se exprimiam o respeito, a obediência e o amor ao Pai Maior. Desta forma, os cânticos tornaram-se um atributo sócio-religioso, comum a todas as religiões, onde cada uma delas, com suas características próprias, exteriorizavam sua adoração, devoção e servidão aos desígnios do Plano Astral Superior.

 A Umbanda, nossa querida religião anunciada no plano físico em 15 de novembro de 1908, em Neves, Niterói – RJ, pelo espírito que se nominou-se Caboclo das Sete Encruzilhadas, também recepcionou este processo místico, mítico e religioso da expressão humana. Nos vários terreiros espalhados pelas Terras de Pindorama (nome indígena do Brasil), observamos com fé, respeito e alegria os vários pontos cantados ou curimbas, como queiram, sendo utilizados em labores de cunho religioso ou magístico.

Em realidade os Pontos Cantados são verdadeiros mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com as Potências Espirituais que nos regem. Existe toda uma magia e ciência por trás de um ponto (curimba) que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas. A Umbanda é capitaneada por sete Forças Cósmicas Inteligentes (Orixás). Todas estas irradiações têm seus pontos cantados próprios, com palavras-chave específicas e a justaposição de termos magísticos, de forma que o responsável pelo ponto cantado (curimba) deve Ter conhecimento do fundamento esotérico (oculto) da canção.

Temos visto em algumas ocasiões determinadas pessoas até com boas intenções, mas sem conhecimento, "puxarem" pontos em horas não apropriadas e sem nenhuma afinidade com o trabalho ora realizado. Tal fato pode causar transtornos à eficácia do que está sendo feito, uma vez que podem atrair forças não afetas àquele labor, ou ainda despertar energias contrárias ao trabalho espiritual. Quanto à origem, os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (enviados pela espiritualidade), e Pontos terrenos (elaborado por pessoas diretamente) os Pontos de Raiz ou espirituais jamais podem ser modificados, pois constituem-se em termos harmonio-metricamente organizados, ou seja, com palavras colocadas em correlação exata, que fazem abrir determinados canais de interação físico-astral, direcionando forças para os mais diversos fins (sempre positivos). No que concerne aos Pontos cantados terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão, bom senso e fé de quem os compõe. Às vezes, porém, nos deparamos com algumas curimbas terrenas que nos causam verdadeiro espanto, quando não tristeza. 

São composições "sem pé nem cabeça", destituídas de fundamento, com frases ingênuas e sem nenhum nexo, chegando algumas a denegrirem os reais valores umbandistas. Cantam pontos (curimbas) por aí dizendo que Exu tem duas cabeças; que Pombagira é prostituta e mulher de sete maridos; que Preto-Velho é feiticeiro e mandingueiro; que Ogum é praça de cavalaria, e outras incoerências mais... 

Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser: Pontos de chegada e partida; Pontos de vibração; Pontos de defumação; pontos de descarrego; Pontos de fluidificação; Pontos contra demandas; Ponto de abertura e fechamento de trabalhos; Pontos de firmeza; Pontos de doutrinação; Pontos de segurança ou proteção (são cantados antes dos de firmeza); Pontos de cruzamento de linhas; Pontos de cruzamento de falanges; Pontos de cruzamento de terreiro; Pontos de consagração do Congá; e outros mais, consoante a finalidade a que se destinam. Vimos pelo acima exposto que os pontos (curimbas), por serem de grande importância e fundamento, devem ser alvo de todo o cuidado, respeito e atenção por parte daqueles que as utilizam, sendo ferramenta poderosa de auxílio aos Pretos-Velhos, Caboclos, Crianças , Exus, e demais espíritos que atuam dentro da Corrente Astral de Umbanda.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Divindades da Umbanda, Os Orixás:


A Umbanda foi formada com bases na simplicidade em que os antigos povos cultuavam Deus, para eles, Ele era o sol que germinava as sementes lançadas na terra, era a própria terra que alimentava e dava vida às sementes, era a chuva bendita que vinha do céu para molhar a terra fazendo crescer as plantações e matar a sede enchendo seus poços de água. Conseqüentemente, com isso para eles a natureza era sagrada, encontravam Deus em todos os lugares e toda a manifestação da natureza era uma manifestação Divina.

Os Orixás, divindades da Umbanda, representam essas forças da natureza, são as personificações de seus elementos cósmicos, nem os índios nativos nem os povos africanos adoravam a natureza em si, mas sim as potências energéticas associadas aos muitos aspectos desta natureza viva, por exemplo: “Yemanjá” não é a água do mar, mas a concretização em nível físico de sua energia. As entidades que se manifestam nos Terreiros de Umbanda não são essas potências energéticas da natureza, mas espíritos evoluídos que atuam no plano vibracional e dominam cada uma destas potências ou elementos.

Os Orixás, na Umbanda sendo agentes divinos que regem e manipulam cada uma dessas forças, têm seu ponto de força ou santuário natural onde devemos evocá-los e entrar em contato mediúnico, para buscarmos forças para o desenvolvimento de nossos trabalhos e estender os laços de união que nos unem a eles, nossos guias espirituais. O mar é o ponto de força de Yemanjá, as cachoeiras de Oxum, as matas de Oxóssi, as pedreiras de Xangô e Iansã, os campos abertos de Oxalá, os caminhos de Ogum, os jardins a beira-mar e cachoeiras dos Erês, os cemitérios de Omulú e as encruzilhadas dos Exus; aqui enumeramos os principais pontos de força dos Orixás e de algumas das entidades que trabalham na Umbanda.

A Umbanda é um movimento espiritual que sempre esteve ativo, muitas das vezes com nomes diferentes, mas sempre ativo. Cultuar os Orixás na natureza, nada mais é do que reconhecer a onde à árvore da vida dá seus melhores frutos. Os Orixás que se manifestam na umbanda são os regentes e ativadores das forças que habitam a natureza, o adepto é seu intermediário. O Orixá regente vai abrindo a cada mediador a cortina sobre seu poder de atuação no mundo espiritual e material de forma gradual, pois ainda não é o tempo de se levantar o véu de luz que oculta os grandes mistérios sagrados.

A origem do culto dos Orixás na Umbanda provém dos Negros Africanos que foram presos e trazidos escravizados para o Brasil. Devemos lembrar que a África não é um País e sim um continente e que os Negros em questão vieram de diferentes Nações Africanas, que tinham suas particularidades quanto aos cultos a seus "deuses". Podemos citar os Nagôs ou Yorubás que habitavam regiões da atual Nigéria, Benin, Togo e Gana com o culto aos Orixás; os Bantos, trazidos da região do Congo e Angola com o culto aos Nkises e os Jeje (Fon) vindos da atual República Popular do Benin com o culto aos Voduns. Eles aqui de certa forma unificaram sua cultura e reorganizaram os cultos originais ao novo ambiente e situação, ficando mais difundida a cultura e religião dos Yorubas devidos o fato desses terem sidos escravizados nos períodos mais brandos da colonização Portuguesa, tendo assim mais liberdade quanto sua cultura e religião.

Estudos mostram que no continente Africano existiam de 600 a 1700 Orixás e que para o Brasil vieram cerca de 50 Orixás, onde apenas 16 sobreviveram nos Cultos de Nação, Candomblé. A Umbanda organizou as "manifestações divinas" em setes elementos principais, ou sete linhas, designados a sete Orixás Básicos que se manifestam em nível de terreiro, ou seja, de incorporação, sendo eles:

- Ogum;
- Yemanjá;
- Oxóssi;
- Xangô;
- Iansã;
- Oxum;
- Omulú.

Importante ressaltar que na Umbanda não incorporamos o Orixá, mas sim os seus enviados, falangeiros ou representantes, que são espíritos evoluídos que trabalham na manipulação ou no nível vibracional de cada uma dessas forças da natureza. Podemos perceber também, a manifestação dos Orixás no ser humano através de seu caráter e atitudes, onde Yemanjá corresponde a nossa necessidade familiar e de amor fraternal; Ogumcorresponde a nossa necessidade de energia, defesa, determinação e tenacidade; Xangô corresponde a nossa necessidade de discernimento, justiça, estudo, raciocínio concreto e metódico; Iansã corresponde a nossa necessidade de mudança, deslocamentos, transformações materiais, avanços tecnológicos e intelectivos; Oxóssi corresponde a nossa necessidade de saúde, nutrição, expansão, energia vital, equilíbrio fisiológico; Oxum corresponde a nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, amor, complacência e reprodução; e Omulú corresponde a nossa necessidade de compreensão de carma, de regeneração, de evolução, transformações e transmutações carmicas.

Não incluímos Oxalá na relação de Orixás Básicos por considerá-lo acima dos demais Orixás e por também considerá-lo a conjugação de todos os demais Orixás, energia primária e original emanada de Olorum, Deus, o criador de todas as Coisas. Portanto Oxalá não é Orixá Básico, conseqüentemente não é regente de Ori (coroa) de médium nenhum na Umbanda, todos somos Filhos de Oxalá. Além do mais estamos falando em manifestações em nível de terreiro e na Umbanda ninguém incorpora Oxalá. Alguns se referem a Ele como Orixá Maior. Há uma grande discussão em debate são as divergências quanto aos dias da semana de culto de cada Orixá, vemos essa diversidade em muitos terreiros. Para entrarmos nessa discussão teremos que lembrar que existem certas "verdades universais" que permeiam a humanidade desde seu surgimento na Terra. O homem sempre reconheceu uma força superior a ele que controla, mantêm e sustenta o mundo a sua volta. Esta força foi desmembrada em vários "deuses" pela manifestação sentida através da natureza, já que o homem sempre teve uma relação com a natureza, seus fenômenos e riquezas. Logo as forças da natureza cultuadas, de uma forma geral, não se modificam apenas se adaptam conforme a visão, cultura e evolução de cada povo.

Os Yorubás/Nagôs, nação que teve maior influência nos Cultos Afro-brasileiros, eram um povo da floresta, pouco se interessaram pelos astros, que ocuparam posição importante nos sistemas religiosos de povos que viviam em lugares abertos e altos. Para os Yorubás, as florestas e os rios eram mais importantes que a lua ou as estrelas. Sua semana de quatro dias não tem relação com as fases da lua, que em muitos povos originou a semana de sete dias. Vejamos então a Semana Yorubá/Nagô:
  • 1º dia: Ojó Awo – é o dia da consulta a Ifá.
  • 2º dia: Ojó Ogún – é o dia das conquistas e lutas.
  • 3º dia: Ojó Jàkúta – é o dia da justiça.
  • 4º dia: Ojó Obàtálá – é o dia de reverência a Oxalá.
Na maioria dos terreiros de Umbanda segue-se um modelo que foi adaptado pelos Negros Africanos, já que seu calendário era diferente do nosso, e apesar de algumas mudanças pela influencia de outras Nações, ficou um modelo meio que padrão que teve uma tendência há modificar um pouco mais com o surgimento das sete linhas de Umbanda, conforme a fundamentação e as raízes de cada Terreiro.

Por exemplo: Iansã sofre mudança, se a casa entender que ela faz parte da linha de Xangô seu dia será quarta-feira e se for da linha das Yabás no sábado; se for à linha das Almas, mas difícil de ser associada, será segunda-feira. Outros colocam Yemanjá no domingo por associá-la ao lar, as crianças e a família. Na Kimbanda, que também segue as tradições Angolanas, instituiu-se o dia de Exu, Pomba-gira e Ciganos na sexta-feira. Ficando então os Orixás e as linhas de trabalho distribuídos da seguinte forma:

· Segunda Feira – Omulu, Iansã, Almas, Pretos Velhos e Exus
· Terça feira – Ogum
· Quarta Feira – Xangô, Iansã, Baianos e Boiadeiros
· Quinta feira – Oxóssi e Caboclos
· Sexta feira – Oxalá, Exús, Pomba-giras e Ciganos
· Sábado – Oxum, Iansã e Yemanjá
· Domingo – Ibeji (Erês/Crianças), Yemanjá e Oxalá

Com um estudo mais aprofundado, observamos que muitos como a cultura greco-romana, os povos do Egito, da Babilônia e Mesopotâmia, assim como os Maias, Astecas e Incas na América, observavam esses astros errantes e também cultuavam Deus em suas manifestações através das forças da natureza e associavam esse potencial a esses astros, os nomeando pelos nomes dos seus "deuses". A Astrologia e a Ciência vieram mais tarde fundamentar esses cultos, nos mostrando as influências dos astros na natureza, onde podemos citar como um exemplo a influência da Lua nas marés, provando assim que o Universo se interage num tudo.

Seguindo essa linha de raciocínio e admitindo que uma dessas "verdades universais" é que Deus é único e que se apresenta diferentemente para cada povo de acordo com sua cultura, seu grau de evolução e entendimento, podemos observar que as características, arquétipos de cada Orixá e das várias divindades de outras culturas são muito parecidas se diferenciando apenas nos nomes e nas formas de culto.

Os gregos criaram um período de sete dias para seus sete planetas/deuses, período que hoje conhecemos como semana. Observamos que hoje em muitas línguas, esses dias são nomeados com os nomes dos planetas onde o primeiro dia é dedicado ao Sol, o segundo a Lua, depois Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus, e o sétimo a Saturno, e assim de acordo com sua característica e dia.

Quem ainda não consegue entender a riqueza das diversidades das tradições e raízes de cada povo e as influências das várias nações africanas nos diversos cultos vigentes no Brasil, jamais conseguirá entender a Umbanda com clareza, pois para eles, os Orixás, ou como carinhosamente os chamamos, nossos guias e mentores, pouco-lhes importam como os denominamos e em qual dia vamos reverenciá-los.

Oremos e pedimos a Oxalá que permita a cada mediador dentro do ritual da Umbanda, procurar se elevar moralmente e buscando expandir seus conhecimentos, sempre fortalecendo o elo de comunicação com seu mentor espiritual, manifestado e personificado na forma de um Orixá, se integrando cada vez mais com ele, podendo assim, através dele, irradiar a luz e a força de Deus, transmitindo suas energias reparadoras e mensagens de amor através da Caridade.