sexta-feira, 6 de junho de 2014

O ato da incorporação


Entende-se por incorporação, como o "Estado Alterado da Consciência", onde atualmente menos de 1% dos médiuns são inconscientes. A maioria das incorporações é consciente ou semi-consciente, por isso a necessidade de se desenvolver a passividade dos médiuns. O guia espera a sua confiança. Incorporar é dar passagem para que outra personalidade se manifeste. 70% das incorporações não são mecânicas, isto é, apenas o mental é tomado, portanto, quando incorporado, seu corpo pode tossir, espirrar, limpar os olhos, o nariz, pois trata-se do corpo do médium com todas as suas necessidades fisiológicas.

Nosso corpo é o veículo do guia, como um carro, que ele usará para se manifestar. Nascemos dentro deste carro e a afinidade com o nosso veículo é tão grande que não fazemos nada sem ele, olhamos pela sua janela (olhos) andamos (pernas), não imaginamos que esse carro possa ter dois lugares ou que alguém possa "dirigí-lo" sem causar um desastre. A primeira coisa que o guia nos mostra é que não somos este carro, apenas vivemos dentro dele, e vai querer nos mostrar, que alguém mais pode "guiá-lo" para você.

A nossa dificuldade inicial é "entregar a direção" a ele. Nas giras de desenvolvimento vamos sentir muitos "trancos" e sentir uma presença ao nosso lado (é o guia que sentou no banco do passageiro e está pisando no freio, mostrando que está lá). Com o tempo, vamos "soltando" o volante e deixando ele dirigir, no inicio deixamos um pouquinho mas ficamos tão apreensivos que tomamos a direção de volta, depois deixamos mais um pouquinho, mas como ele dirige diferente de nós, ficamos com a mão no volante, quando ele faz uma curva a gente mete o pé no freio.

Ai ficamos na dúvida, quem está dirigindo? eu, ou ele?, com o tempo começamos a pegar confiança nele, soltamos a mão da direção e vemos então, que ele dirige bem melhor do que nós, a partir daí, começamos então a "apreciar" a paisagem. Mas para que ele dirija, temos que dar passividade, confiança, e dar a direção a ele. Pois ele conhece outros caminhos, outros lugares, nunca se perde e sabe sempre para onde está indo.

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