segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Mediunidade na Umbanda


A Mediunidade é um compromisso assumido na Espiritualidade, antes mesmo de se reencarnar. É como se deixássemos uma autorização ao mundo espiritual para que, quando chegada a hora certa, possamos servir de “elo de comunicação” (instrumento) para os espíritos poderem se comunicar.

Mas porque então, tantas vezes a mediunidade não é praticada? Algumas vezes porque esse compromisso é esquecido ou camuflado perante uma sociedade que geralmente olha a Umbanda com grande preconceito. A Mediunidade para a maioria dos Umbandistas é sinônimo de muita luta, resignação e sacrifício; por outro lado, ao longo da caminhada, nos proporciona uma imensa certeza do dever cumprido. Os Médiuns de Umbanda são aqueles que vem com seu perispírito preparado para ser instrumento de comunicação, orientação ou cura nos trabalhos Umbandistas. Citaremos agora alguns “tipo” de médiuns:

Médium de Comunicação: São aqueles que incorporam na Umbanda. Caboclos, Preto-Velhos, Exus, Baianos e outros tipos de Entidades como por exemplo entidades da Linha do Oriente, de cura (José de Arimatéia). Sua função é procurar o aprimoramento para serem bons instrumentos, evoluindo cada dia, tentando se afastar de seus erros, vícios, atitudes de maldade, inveja, orgulho e vaidade.

Médiuns de Orientação: São os que tem facilidade no esclarecimento de pessoas dentro do trabalho de Umbanda. Alguns jamais incorporam, porém, são usados para orientar e encaminhar Entidades Espirituais no trabalho de “transporte” devido ao seu preparo moral e espiritual já trazidos de outras vidas. Sua função é não se deixar abater diante de situações difíceis dentro do trabalho, doando energia quando necessário àqueles que estiverem precisando.

Médiuns de Cura: São aqueles que além de trabalhar com suas entidades habituais, podem ser usados em casos de doenças, por entidades curadoras que através do médium atuam sobre o doente. Sua função é dar condições para a entidade usufruir de sua energia para recuperação e alívio da enfermidade. Essa energia depois é reposta naturalmente.

- Médiuns em Desenvolvimento -

Algumas pessoas chegam ao Centro por “amor” outras pela “dor” e outras ainda pela “obsessão”.
Todos devem ter consciência e responsabilidade para saber que antes de se assumir um lugar nos trabalhos de uma Casa de Umbanda, é preciso ter maturidade; ou seja, procurar aprender antes e praticar depois; para que quando a caridade seja praticada, exista responsabilidade e não aconteça o entra e sai de médiuns, tão freqüentes nos terreiros.

Quando um médium ingressa num terreiro, é um elo a mais que se liga na corrente mediúnica da casa, e passa a ter deveres e obrigações, tais como: equilibrar-se ao máximo para que a corrente não perca o equilíbrio, pois quando um elo se quebra, todos caem juntos; aproveitar as giras para troca de energia com suas entidades (com a prática passa a sentir e reconhecer suas vibrações); fazer banhos de defesa no dia do trabalho, acompanhado de vela para o Anjo de Guarda; não comer carne no dia do trabalho; não praticar atos sexuais 24 horas antes do trabalho; vir com roupa branca designada pela casa; vir sem “badulaques”, tais como: relógios, brincos, pulseiras, anéis, tiaras, correntes, fivelas, etc. (as entidades precisam apenas dos médiuns, não de seus enfeites); vir sem maquiagem; seguir o regulamento da casa, como horários entre outros; quando incorporar, ser responsável pelo material utilizado pelo “seu” guia, como velas, guias, etc.

Os que chegam pela “dor”, ou seja, chegam através de algum problema que atrapalha sua vida, seu trabalho ou sua saúde, devem ser tratados até que se sintam curados do problema que os afligia e ai então, se tiverem disposição e vontade, podem fazer parte da corrente, primeiro estudando os trabalhos, analisando e tendo a certeza que é o que realmente quer.

Por último, os médiuns que chegam através da obsessão precisam ser cuidadosamente orientados, tratados e energizados, bem como a entidade obsessora. Com o tempo, quando houver o afastamento da entidade, fatalmente haverá a melhora do médium e aí chega a hora da recomposição da energia perdida, principalmente atuando nos chacras e no aura do paciente. Na Umbanda um dos tratamento de desobsessão é feito através do “transporte” que consiste em transferir a entidade que acompanha o paciente para um médium preparado que dê condições para a entidade se manifestar.

Geralmente, o primeiro passo para o médium dentro do trabalho de Umbanda é ser “cambono”, ou seja, ajudar a entidade que está atendendo as pessoas.

Quando um médium está cambonando deve entender que mesmo que o caboclo,preto-velho, criança ou exu esteja conversando com outras pessoas durante o trabalho, a entidade continua atuando nele, ajudando no seu desenvolvimento. Pouco a pouco, com o passar do tempo, os médiuns que forem de incorporação começarão a sentir as vibrações das entidades que começam a se aproximar da sua mente e do seu corpo. Alguns se assustam, outros se retraem, outros começam a inventar passos para a entidade, e aí começa um período de enorme insegurança para o médium em desenvolvimento. Os questionamentos começam: “Será que sou eu ou a entidade?” Essa é a pergunta mais freqüente na iniciação dos médiuns, porque mesmo sentindo que realmente existe uma força maior junto dele, ele não entende como pode ouvir, ou ver, ou saber o que está sendo feito. Ora, seria muito fácil se simplesmente a consciência sumisse e as entidades trabalhassem sozinhas. Mas onde estaria a responsabilidade do médium? Como iria evoluir? Como iria aprender? Na Umbanda a maioria dos médiuns têm consciência do que se passa; alguns tem semiconsciência e raríssimos são inconscientes.


Os que ouvem e vêem o que sentem durante o trabalho, no começo se sentem inseguros; mas com o passar do tempo, a maior prova que se tem da presença da entidade é o resultado do trabalho junto aos pacientes. Qual a fórmula mágica que o médium consciente tem para agir corretamente e não mistificar? Veja esses conselhos: “Seja sincero Luz e Caridade com você mesmo; se você não se enganar, não enganará ninguém”. Coloque no seu subconsciente que não é você que vai trabalhar e sim a entidade. Libere sua energia em favor desse trabalho e seja um bom instrumento. Não queira passar na frente dos caboclos e colocar a “sua” vontade em prática. Não queira imitar outros médiuns, você tem sua individualidade e sua entidade também. Exemplo: não é porque uma entidade chega e ajoelha que todos precisam fazer o mesmo. Cada entidade tem sua própria personalidade. Cabe ao médium deixar que ela se manifeste.

Os médiuns semiconscientes são aqueles que as vezes ouvem, as vezes vêem. Precisam ter equilíbrio para não atrapalhar a comunicação. Interessante é que na quase totalidade das vezes ao término do trabalho guardam somente frases soltas, incoerentes, não se lembrando dos casos que atendeu ou que mirongas prescreveu.

Os médiuns inconscientes são aqueles que não ouvem, não vêem, ou seja, não tem nenhum controle na comunicação.

São médiuns que tem muita dificuldade no seu desenvolvimento pois quando são “puxados” na gira, sentem como se estivessem caindo num buraco fundo, e se apavoram. Por não ter controle na comunicação, não são aconselhados para tipos de trabalho de desobsessão como o “transporte”.

Existem também os que possuem a vidência, a audiência, a intuição (às vezes por pensamentos, às vezes por sonhos), o transporte (médiuns que saem do corpo físico e vão para outros lugares), de efeitos físicos, de materialização, etc.

A mediunidade, quando desenvolvida num terreiro de Umbanda onde a seriedade e a responsabilidade são fatores constantes, tem um caminho muito bonito; mas quando isto não acontece, existe um grande perigo deste médium ficar completamente desequilibrado chegando muitas vezes até a obsessão. Outro fator de muito perigo é a incorporação sozinho, em casa (fora do Congá). Existe uma grande possibilidade de, com o passar do tempo, o médium pensar que está incorporando um Caboclo e na verdade ser outro tipo de entidade (mistificador ou zombeteiro).

Quanto às vibrações que sentimos no desenvolvimento, podemos dar um aspecto geral, lembrando que não é regra.

Caboclos de Xangô: vibração nas mãos e pernas. Peso como se fosse maior que o médium.Impressão de força.

Caboclos de Oxóssi: vibração na região da nuca. Geralmente chegam quietos. Trazem vibrações de firmeza.

Caboclos de Ogum: geralmente chegam com grito de guerra. Caboclos mais agitados, com gestos menos suaves.

Caboclos de Yemanjá: começam balançando o corpo do médium, como as águas do mar. As caboclas dançam e giram limpando as vibrações negativas das pessoas e do ambiente. Emitem energia através das mãos, no balançar dos dedos. Trazem paz.

Pretos-Velhos (Iofá, Yorimá): vibração nas costas, que se curvam e pesam. Pernas e mãos tremem.

Crianças (Cosme e Damião, Yori): vibração de alegria.Vontade de rir, cantar. Alegria por estar ali.

Os banhos de defesa ajudam muito no desenvolvimento mediúnico, desde que usados com precaução. Cada erva tem sua força e sua magia. Cada energia serve para determinado objetivo.

Por isso os banhos não devem ser feitos sem orientação. Existem banhos que podem ser jogados da cabeça aos pés, enquanto outros somente do pescoço para baixo.

Na altura da nuca de cada médium, existe uma glândula (ponto) chamado hipófise, que é a responsável pelo desenvolvimento mediúnico. É o ponto de intercâmbio direto com a Espiritualidade. Nesse ponto, os caboclos trabalham quando vão puxar ou repulsar uma entidade – juntamente com o chacra frontal (testa).

Quando um médium é mal orientado e joga na cabeça qualquer tipo de banho (inclusive banhos fortes de descarrego) pode desequilibrar totalmente a energia do perispírito levando o médium ao desgaste físico e mental, ficando muitas vezes doente.

Os banhos devem ser orientados pelas entidades para atingir bons resultados. Alguns podem até ser feitos quando se tem oportunidade, como por exemplo, o banho de cachoeira e o de mar.

Os, médiuns de Umbanda, devem respeitar e amar as entidades que trabalham nessa linha e nessa Casa, porque não é por acaso que um grupo se encontra; nem de entidades e nem de médiuns. Muitas vezes nos parece difícil, quase impossível continuar a marcha; mas ZAMBI nunca nos dará uma cruz mais pesada do que possamos suportar.


Aruanda

Aruanda, é a Estância do Astral Superior de onde se focalizam os elevados mentores do movimento umbandista do planeta, moradia da orbe da espiritualidade maior, localizada em outra dimensão fora da orbe terrestre, de beleza indescritível e de campo vibratório sereno, por causa das emanações de tranqüilidade e de paz espiritual provenientes dos habitantes. Suas paisagens, com suas matas verdejantes que emolduram os arredores, seus campos infindáveis em beleza natural, seu céu envolto por exuberantes astros que na crosta terrestre não podem ser vistos, bem como a dominante sensação de paz,  tudo isso esta muito longe do entendimento comum. Uma das coisas mais magníficas existentes em Aruanda, é a aurora boreal que encanta na ilustre entrada da cidade, com vibrações azuladas como véus a balançar. De visível opulência indescritível, a cidade é protegida por extensa vegetação, com robustos pilares brancos talhados em mármore, tão belos como o da antiga Grécia, e que emolduram a entrada. Logo da entrada do portão dourado o piso de entrada da cidade é branco-marfim, com toques amarelados, parecidos com as conhecidas pedras de Cirino, encontram-se também chafarizes brancos, esculpidos em formas humanas ao estilo grego-romano da Antiguidade Clássica.
Seus  habitantes são de diversas origens, a maioria apresenta-se com singelas vestimentas de cor branca e comprida até os pés, revestidas por bordas na forma de costura prateada que brilham fosforescentes. Aruanda é um extenso território composto de diversas cidades, povos de civilizações como da extinta Atlântida, povos milenares e até mesmo alguns contemporâneos, animais domésticos e de toda a fauna, diversas moradias, templos, cachoeiras com exuberantes quedas d’água, savanas,… enfim por mais que se tente descrever, Aruanda é enormemente indescritível, tamanha a grandiosidade territorial e de beleza e paz. Aruanda é realmente o Paraíso Celestial e fazer parte dele é um mérito que somente espíritos de elevada evolução e pureza conseguem tornarem-se dignos dela.

O que é "Fundanga"

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Dá-se o nome de “Roda de Fogo” ou Fundanga, ao instrumento utilizado pela Gira de Guardiões, que somente pode ser realizada, com a presença do Sacerdote Pai ou Mãe de Santo do Terreiro, que é presidida pelas entidades Chefe, onde respeitosamente é elaborada a corrente de Luz vibratória dos médiuns onde o Guardião (ou Exu) Sr. Tranca Ruas das Almas, juntamente com o Guardião Sr. Exu do Lodo, “ativam um espiral, abrindo o portal de uma terceira dimensão”, onde no momento da queima da pólvora, ocorre uma desobsessão em massa do filho favorecido no centro do círculo. É nesta hora que os Guardiões agem pela misericórdia Divina, buscando onde quer que estejam, os espíritos trevosos obsessores, espíritos e falanges das sombras, chefes e todos os seus comandados. 

Toda esta falange é retirada da orbe terrestre, através de um minucioso plano estratégico traçado pelos Guardiões, porque caso contrário, continuam atuando e desestruturando o equilíbrio do Planeta e de seus habitantes. A massa densa e negativa que envolve a Terra, é fruto de espíritos inferiores que atuam com o auxílio dos que ainda habitam o planeta vibrando negativamente, com pensamentos e atos egoístas, invejosos, ambiciosos e de desamor. Estas atitudes vão contra as Leis Divinas, onde Olorum (Deus todo Poderoso ou Zambi) “gritou” pelo Amor Maior, através de seu filho Perfeito Oxalá (Jesus) que ensinou e demonstrou o Amor em sua forma e ação sublime. É com a autorização e em nome de Oxalá que tão despretensiosamente e caridosamente vêem todo esse exército – Os soldados da Luz – trabalhar em prol dos irmãos necessitados de auxílio e de Luz.

É preciso lembra, que todo o material utilizado compõe um elemento magístico poderosíssimo. Isto nos traz um alerta, quanto à manipulação e responsabilidade de utilizá-lo, visto que se não forem elaborados os procedimentos pelos Guardiões Chefe do terreiro, esse material pode ser desastrosamente utilizado com a mesma força e ação poderosa pelas trevas,.. isto implica na utilização dos mesmos pelas trevas, ativando esse portal tridimensional e soltando todos os maus elementos espirituais trevosos, causando danos e comprometimentos irreparáveis a quem esta manipulando e utilizando este elemento magístico (mesmo que por falta de conhecimento ou ingenuidade), daí a grande responsabilidade de quem preside a as executa.

A pólvora é usada como um acelerador de partículas. Através da liberação de gases, acontece o movimento frenético das moléculas de água que compõem o nosso campo magnético, campo esse denominado de aura, energia resultante da queima das células de todo o corpo dirigido pelo cérebro, centro de comando do espírito, energia sutil apenas detectada em fotolitos. A pólvora em queima, libera seus elementos sutis que interage neste campo liberando o vampirizado do cordão fluídico denso e negativo. Com o movimento frenético das moléculas dá-se o rompimento do mesmo liberando ambos os espíritos para o devido tratamento, acontecendo de forma idêntica com as larvas astrais que como ‘’carrapatos’’ do espírito se desgrudam e se desintegram na corrente elétrica provocada pela queima da pólvora.

Nenhum espírito é queimado pela pólvora. A sensação do mesmo na hora da queima é de um choque elétrico provocando na maioria das vezes um desmaio temporário ou um torpor dos sentidos do espírito inferior. A pólvora é um elemento material utilizado para vibracionar o campo das energias sutis do corpo, assim como a água fluidificada é carregada de energia para que atue nas células do corpo físico e também igualmente como o passe magnético potencializador dos elétrons que pulam das mãos do médium para o corpo do receptor agindo nas células do corpo físico, fazendo então uma limpeza em todo corpo astral, espiritual e perispiritual do indivíduo assistido.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Veja as fotos da "Festa em Homenagem ás "Iabás e aos Preto-Velhos", realizada em 20/12/2014!

No link abaixo, veja em nossa Galeria, algumas fotos da "Festa em Homenagem ás Iabás",  e aos Preto-Velhos", realizada em 20/12/14!




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Leia o Informativo Mensal do CESJBIG - Número 020 - Dezembro/2014!

Já encontra-se disponível para consulta e download, o Informativo Mensal de Dezembro/2014, com 04 páginas. Leia/Baixe já!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

As Yabás


A palavra Yabá, ou Iabá, quer dizer “Mãe Rainha” e que na África era um título apenas atribuído aos Orixás Yemanjá e Oxum e que no Brasil se estendeu a todos os outros Orixás femininos.  Senhoras misteriosas em seus fundamentos, ligadas muitas vezes as águas e fecundidade, entendê-las profundamente é como se nós quiséssemos conhecer todos os mistérios da vida e do surgimento da vida.  Crer na força das Yabás ou nas nossas chamadas “Mães de Cabeça” é como querer estar sempre amparado pela própria mãe carnal em si.  Tal como na família material onde muitas vezes a figura da mãe tem o papel mediador entre a postura educativa e mais séria do pai para com o filho, assim são essas sagradas mãezinhas.  Energeticamente falando, as Yabás são a metade feminina da existência; ou seja, não há procriação sem a presença do homem, muito menos da mulher.  Trataremos abaixo das nossas Yabás cultuadas na Umbanda. 

Oxum, é a senhora das águas doces, cascatas e rios, desde a sua nascente até o seu encontro com o mar.  Senhora do ouro, do mel, da beleza, da vaidade feminina,  encanto e também do jogo de Ifá (jogo de búzios).  Oxum rege também a fertilidade devido a sua ligação ao óvulo liberado em cada ciclo menstrual.  É a responsável pelas artes culinárias, a qual segundo as lendas, “dobravam” as opiniões contrárias dos seus inimigos através do estômago.  Possui o título de Yialodê (ou “Senhora da Tribo”), ou seja, é a grande mãe que de todos toma conta, zela e protege.  Suas cores na umbanda são o amarelo, dourado ou azul claro em algumas casas.  Seu campo de atuação é o amor, as relações humanas, a comunicação, a sensualidade pelo encanto e pela beleza.  Suas obrigações devem sempre serem feitas em ambiente limpo (Oxum detesta poeira e sujeira), gosta de doces finos e frutas das mais variadas,  principalmente as ricas em caldo e sua comida mais ofertada, sem dúvida é o omolocum.

Yemanjá, é a senhora dos mares e oceanos.  Dona do Ori, rege o casamento a vida em família.  Senhora também da etiqueta social.  Yabá bastante adorada em nosso país devido a grande extensão de praias e também do mar ser para alguns a sua única fonte de sobrevivência e sustento.  Suas cores são o azul, o branco e também o prateado.  Também gosta de espelhos tão  quanto Oxum por também estar ligada a vaidade, sendo que esta vaidade não é tão coquete e dengosa quanto a de Oxum, a vaidade de Yemanjá está mais ligada a vaidade de uma rainha soberana e poderosa, visto que, ao lado de Oxalá, também está bastante ligada a criação e na mitologia yorubá ocupar a posição de mãe de todos os Orixás – a grande Matriarca.  É a senhora de todas as obrigações de cabeça e o bori.  Rege também a fase da gestação até o nascimento da criança.  A Yemanjá pode ser ofertado cocadas brancas, eboya, arroz branco com camarão seco, claras em neve, frutas claras, peixes (tais como sioba e corvina, p. ex.) e também o manjar e etc.

Yansã, é a senhora dos bambuzais, das ventanias, dos redemoinhos das tempestades.  Yabá muito ligada ao elementos fogo e ar.  Yansã representa a sensualidade, a sexualidade, o prazer, a boa risada, a gargalhada sincera e a alegria vibrante.  A energia da sensualidade que emana desta yabá vem pelos caminhos do desejo ardente e incontrolável.  Tanto que nas lendas africanas, Yansã foi esposa de vários orixás (Obaluayê, Ossain, Ogun, Oxossi, Xangô) isso não só para representar a inquietude regida por ela mas também para mostrar que o elemento AR está presente em vários lugares da natureza e necessário a eles (o vento é necessário para a procriação das plantas, multiplicação das florestas, para alimentar o fogo, por exemplo etc.).  Yansã representa a mulher que antes de ir a luta beija os filhos com carinho e chegando nos campos de batalha não deixa a bravura sufocar a sua feminilidade e sensualidade.  Em suas comidas votivas não pode faltar dendê, sendo o acarajé seu prato mais ofertado.  Também aceita frutas diversas.  Também aceita o abará (papa de feijão fradinho em folha de bananeira cozida em banho maria).  Suas cores principais são o vermelho e o coral, também sendo em algumas casas o rosa e o amarelo.

Nanã Buruquê, é a senhora dos pântanos, alagadiços e manguezais.  É a mais velha das Yabás muito ligada aos mistérios da criação.  Segundo lendas, Nanã participou da criação do mundo junto a Oxalá, emprestando-lhe o barro para a confecção do ser humano, fazendo –lhe jurar que ao final da vida de cada um deles que ele devolvesse o seu “barro sagrado” novamente, daí a sua saudação: Saluba Nanã Buruquê (Retornaremos ou nos refugiaremos em Nanã Buruquê).  Yabá muito ligada a vida e a morte, tão quanto Obaluayê, rege a ancestralidade, a tudo o que é antigo e arcaico.  Rege o que não precisa ser mudado por já funcionar (representa “o modernizar pra quê?”) - ex.: uma moringa de barro ao invés de uma jarra metálica ou uma escama de pirarucu (usada no mundo indígena para o corte de animais e hortaliças ao invés da moderna faca de aço -.  Nanã é contrária a modernidades e barulheira. Representa o silêncio, a meditação o aconselhamento e a sabedoria dos mais antigos.  Representa os idosos e sua sabedoria acumulada pela experiência.  Suas cores são o branco e o lilás, ou também o azul cobalto.  Gosta de efó, omolocum de feijão branco, água mineral, beterraba e berinjela preparadas devidamente. Também aceita frutas.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

As Giras de Umbanda



A Umbanda tem como lugar de culto o templo, Terreiro ou Centro, que é o local onde os Umbandistas se encontram para a realização de suas giras, sessões. É um termo cujo significado é sessão umbandista, com cânticos, danças, rezas e benzimentos.  A gira é um ritual mágico utilizado na umbanda para a manifestação dos espíritos através da incorporação.

Nas sessões de atendimento, que  são as consultas, onde as pessoas conversam com nossas entidades, a fim de obter ajuda e conselhos para suas vidas, curas, desobsessões e para resolver problemas espirituais diversos. Nas giras dos terreiros ou em consultas particulares o processo é o mesmo, os médiuns incorporados pelos seus guias (Preto-Velhos), procedem ao atendimento espiritual ao público, em que todos são convidados a se consultarem com um guia e/ou a tomar um “passe”.

As entidades incorporadas pelos médiuns podem ser:

Orixás: Xangô, Ogum, Exu, Oxum, Nanã, Iemanjá, Iansã, Obaluayê, Oxumaré, entre outros.

Guias: Preto- Velhos, Caboclos, Boiadeiros, Crianças, Exus, Marinheiros e Orientais.
Normalmente, esses guia de luz, quem comanda é um Preto-Velho ou Caboclo.
Observação:
Na linguagem e na concepção umbandista, quem incorpora numa gira de Umbanda não são os Orixás propriamente ditos, mas seus falangeiros, em nome dos próprios Orixás. Tal concepção está de acordo com o conceito de ancestral (espírito) divinizado (ou evoluído) vivenciado pelos africanos que para cá foram trazidos como escravos. Mesmo que essa visão não seja consensual, ao menos se admite no meio umbandista,  que Orixá que incorpora, possui um grau adequado de adaptação à energia dos encarnados, o que seria incompatível para os Orixás hierarquicamente superiores.

Na umbanda os médiuns que recebem os guias são chamados, aparelhos. A incorporação é chamada também de transe mediúnico, ou seja, os guias se apossam do corpo do médium para realizarem seus trabalhos.

Existe três categorias de médiuns: Consciente, inconsciente e semi-inconsciente.

O Preto-Velho Pai Antônio





Espírito que se manifesta como um preto velho, Pai Antonio foi um escravo em uma de suas encarnações, sendo também ele a primeira entidade a pedir uma guia (colar) de trabalho, carinhosamente chamado de "Guia de Pai Antonio".

Foi também o espírito responsável pela inserção na Umbanda dos pontos cantados, enquanto esteve presente incorporando na Tenda foi o responsável por grande número dos pontos criados. O primeiro ponto de Umbanda, nasceu logo na primeira sessão quando Pai Antonio pediu o seu cachimbo. Contando a história de sua passagem pela terra, ele explicou que por ser um senhor de idade, não ia mais para o corte da lenha, mas quando foi buscar um feixe de lenha para a sua necessidade, se sentiu cansado, encostou no tronco de uma árvore e nunca mais acordou. Quando perguntando se sentia falta de alguma coisa, lembrou que o único bem pessoal que não pertencia ao senhor era o seu pito, sendo este solicitado no ponto a seguir:


    “Meu cachimbo está no toco,
    Manda moleque buscar.
    Meu cachimbo está no toco,
    Manda moleque buscar.
    No alto da derrubada,
    Meu cachimbo ficou lá.
    No alto da derrubada,
    Meu cachimbo ficou lá.
    Que arruda tão bonita,
    Que vovó mandou arrancar.
    Que arruda tão bonita,
    Que vovó mandou arrancar
    Mas não chore meu netinho
    Que vovó manda plantar.
    Mas não chore meu netinho
    Que vovó manda plantar.”

Em outra encarnação, Pai Antonio teria sido um médico respeitado na região serrana do Rio de Janeiro, vem desta encarnação o seu conhecimento da medicina.

Uma ocasião, numa pequena reunião de cinco pessoas, um protetor caboclo descarregava os maus fluidos de uma senhora, enquanto também incorporado, um preto velho, Pai Antônio, fumava um cachimbo, observando a descarga.

    - Cuidado, caboclo avisou o preto. O coração dessa filha não está batendo de acordo com o pulso.

    - Como é que Pai Antônio viu isso? Deixe verificar, pediu um médico presente à sessão.

Depois da verificação, confirmou o aviso do preto, que o surpreendeu de novo, emitindo um termo técnico da medicina, e explicando que o fenômeno não provinha, como acreditava o clínico, de suas causa fisiológicas, porém de ação fluídica, tanto que terminada a descarga, se restabelecia a circulação normal no organismo da dama. E assim aconteceu.

O doutor, então, quis conversar sobre a sua ciência com o espírito humilde do preto, e, antes de meia hora, confessava, com um sorriso, e sem despeito, que o negro abordara assuntos que ele ainda não tivera oportunidade de versar, e estranhava:
 

- Pai Antonio não pode ser o espírito de um preto da África e não se compreende que baixe para fumar cachimbo e falar língua inferior ao cassanje¹.

Foram muitas as curas praticadas por Pai Antonio, outra pequena história, contada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas em uma de suas gravações fala sobre o Pai Antonio, nos mostrando o conhecimento que esse espírito possui da plantas presentes na natureza.

Certa vez em busca da cura de sua filha, o deputado federal José Meirelles em uma consulta Pai Antonio lhe responde:

    - Vai a tua casa, no último canteiro vai mexer a terra e encontrará algumas raízes, vai cozinhar essas raízes e dar a sua filha que ela estará curada.

Era a batata da angélica, porque não havia naquela ocasião flores, as batatas estavam somente de baixo da terra.

A menina ficou curada, e, após certo tempo, o deputado fundou uma das sete primeiras tendas por ordem do Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Em outro ponto, Pai Antonio mostra seu conhecimento da medicina.

    “Da licença Pai Antonio,
    Que eu não vim lhe visitar,
    Eu estou muito doente,
    Vim pra você me curar.

    Se a doença for feitiço,
    Bulalá em seu gongá,
    Se a doença for de Deus,
    Ah, Pai Antonio vai curar.

    Coitado de Pai Antonio,
    Preto Velho curando,
    Foi parar na detenção ai,
    Por não ter um defensor.

    Pai Antonio é quimbanda, é curandô,
    Pai Antonio é quimbanda, é curandô,
    É pai de mesa é curandô,
    É pai de mesa é curandô,
    Pai Antonio é quimbanda, é curandô,
    Pai Antonio é quimbanda, é curandô."


Foi a última das entidades a parar de trabalhar com Zélio Fernandino de Moraes, acompanhou seu médium até o final de sua vida.

¹Dialeto crioulo do português falado nessa região; por ext. português mal falado e escrito.

O Poder do Sal Grosso


Poder do SAL GROSSO
Muitas vezes julgamos as coisas pelo senso comum. É importante sabermos do ponto de vista científico os efeitos de determinados agentes. O sal grosso tem um importante papel nesses estudos...

DESMISTIFIQUE ESSA IDEIA DE QUE O SAL GROSSO É COISA DE "MANDINGA”

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes. Povos distintos usam o sal para combater o mau-olhado e deixar a casa a salvo de energias nefastas.

O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas. Ele tem o mesmo cumprimento de onda da violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos. Visto do microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.

As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa. Por isso,colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha equilibra essas forças e deixa a casa mais leve. Para uma sala média onde não circula muitagente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente. Em dois ou três dias já se percebe a diferença. Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmora.

A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é,as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.

A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite no quarto, para que o sono não seja perturbado.

Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente) têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo. Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias. Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos).

Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:

- Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja.

- Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.

- A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar,ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa.

- Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.

- Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio descarrega as energias ruins e é relaxante. O único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.*

- Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são... um copo de água e outro com sal. Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.

Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver. 

No Japão, o sal é considerado poderoso purificar. Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora. Símbolo de lealdade na luta de sumô. Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade.

Use esse poderoso aliado! É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético! 

Modos de se tomar o banho de sal grosso:

- Após seu banho convencional, deixe um punhado de sal grosso escorrer do pescoço para baixo, embaixo da água da ducha. Uma opção que agrada muitas pessoas é colocar um punhado de sal dentro de uma meia, e repousar esta na nuca (atrás do pescoço) debaixo da ducha. Não é aconselhável banhos frequentes com o sal.

- Dê preferência para os banhos na fase da Lua Cheia, utilize velas no banheiro, e se quiser ativar sua intuição, apague as luzes do banheiro.

Benefícios de banhos e escalda pé com sal grosso:

 - Fisiológicos

- Ajuda a desintoxicar o corpo e afastar os vírus.

- Estimula a circulação natural para a melhoria da saúde.

- Ajuda a aliviar o pé do atleta, calos e calosidades.

- Relaxa a tensão, dores musculares e nas articulações.

- Ajuda a aliviar artrite e reumatismo.

- Ajuda a aliviar a dor lombar crônica.

- Tira as impurezas da pele.

- Alivia irritações da pele como psoríase/eczema.

- Alivia comichão, ardor e picadas.

- Suaviza e amacia a pele.

- Incentiva a pele a se renovar.

- Ajuda a curar as cicatrizes.

- Restaura o equilíbrio e a umidade da pele.

- Alivia o cansaço, os pés doloridos e os músculos da perna.

- Alivia a tensão nas mãos e punhos.

- Ajuda a aliviar lesões no desporto psicofísico. 

- Proporciona um relaxamento profundo.

- Ajuda a aliviar o estresse e tensão.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de alegrias!

Feliz Aniversário CESJBIG!!!


Hoje, é para nós um dia de imensa alegria, pois há 34 anos atrás, nascia o nosso querido Centro Espírita São João Batista - Iguaba Grande - o CESJBIG, fundado em 10 de Dezembro de 1980, que desta data para cá, vem cumprindo sua missão dentro dos preceitos da religião umbandista, prestando a caridade através de seus trabalhos aos irmãos e irmãs que nos procuram em busca de ajuda espiritual, além de difundir também, a paz entre os homens, o amor e a vida, orientando, protegendo e trazendo o equilíbrio a todos aqueles que nos procuram.

Sob a direção de Natalino Teixeira, o CESJBIG vem crescendo anualmente, tendo uma procura mensal por atendimento espiritual ás terças-feiras, em torno de aproximadamente 75 pessoas, quando acontecem nossas sessões de atendimento ao público, lá são oferecidos Passes, Ajuda espiritual, Descarrego e Consultas com nossos queridos Preto-Velhos, tendo fechado este ano de 2014, com 902 atendimentos.

As reuniões de Tratamento Espiritual têm o objetivo de auxiliar na promoção dos estados de equilíbrio e na recuperação da saúde do corpo e da alma. É preciso que lembremos sempre, que somos espíritos em evolução, e para podermos melhorar a cada dia, precisamos nos conhecer melhor, e aprendermos a lidar com as armadilhas da vida e assim trilhar o melhor caminho para a nossa evolução espiritual, melhorando o nosso Eu interior. Não nos esquecendo também, de que a cada dia nos é dada uma nova chance de recomeçar!
    
A Umbanda apresenta como mensagem religiosa a prática da caridade pura, o amor fraternal, a paz e a humildade. Ela também se propõe a produzir, pela magia, modificações existenciais que permitam a melhoria de vida do ser humano. E é através do ato da caridade e dedicação espiritual que o médium do CESJBIG, vai adquirindo elevação e a consciência do valor de seu dom mediúnico, que na verdade foi lhe dado por Zambi para que se aprimorasse aqui na terra. Nossa orientação espiritual, tem a orientação dos seguintes Mestres Espirituais: Zacarias dos Astros (Mentor da Casa); Bezerra de Menezes e André Luiz.

“Nosso trabalho, só tem um motivo; a caridade e o bem maior. Antes de termos medo hoje, devemos acreditar no que iremos fazer, sem receios, apenas com o coração, como sempre fizemos. Para cada caminhada é sempre preciso dar o primeiro passo. O mais importante é ter confiança em nossos corações e disciplina, disciplina e disciplina, como nos ensinou Emmanuel. Honradez ao vestir o branco e no nosso caminhar, é o que faz com que Deus dê a permissão á nossa Casa para cumprir a missão a que foi destinada. 
  
Deus, com toda sua benevolência, colocou em nossas mãos, um pedaço de chão para começarmos o trabalho. Devemos ter segurança de que tudo dará certo. Mas caso haja percalços em nosso caminho, tenhamos a certeza de que serão apenas pedras da vida. Comecemos então, transformando a terra em casa e a casa, num lar de Deus. Deus colocou essa missão em nossas mãos como um bouquet de flores, como merecimento. Todos estarão sempre juntos.   
        
Não devemos ter medo. Nossa união sempre foi e sempre será, a base da permissão para a manutenção deste nosso templo de paz. Hoje, somos apenas uma gota que se transformará, de um cesto vazio, em um saco de peixes e pães. Iremos lutar, todos, para construir a nossa casa, em um conjunto com espaço para a assistência social, que sempre foi o sonho desta jornada. A partir daí, muitos filhos se aconchegarão; muita caridade será feita e muitos filhos serão orientados. Então, não devemos ter medo. Devemos seguir em frente e honrar a oportunidade de estarmos nessa terra. É por isso que Deus nos deu a mão. Devemos correr, porque o tempo não espera. Façamos valer, pois não estamos aqui à toa. Vistamos então o nosso branco, e mostremos ao mundo o valor da união, o valor do amor, da amizade. Não somos santos, pois erramos, tropeçamos, mas devemos parar para pensar, e ensinar isso a todos. 

Em nome do Divino Espírito Santo, em nome de todos os Orixás, em nome dos guias de luz e mentores espirituais, vamos construir essa casa, pois essa é a nossa missão. Ultrapassemos barreiras, atravessemos paredes, enfrentemos tormentos e tempestades, mas levemos a esse mundo onde estamos, o verdadeiro sentido das palavras FÉ, AMOR e CARIDADE. Honremos a Umbanda. honremos a nossa fé. Que nossa missão se cumpra pelo coração, pela união e pela disciplina. Obstáculos aparecerão, mas se o coração estiver puro e se a verdade na caridade continuar sendo sempre maior, tudo se concretizará conforme o desejo de Deus. Voemos alto, sempre em direção ao topo. Vamos precisar voar sempre mais alto para alcançar o topo. Sabem por quê? Porque o topo não existe, pois a caridade não tem limites. Sigamos em paz, que nossa missão se cumpra!"

Vovó Antonieta da Bahia



"Na Umbanda, não há preconceitos nem orgulho. Aprendemos com quem sabe mais e ensinamos aqueles que sabem menos."

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Epahey Iansã!

Foto de Barbara Rebello.

No dia 04 de dezembro nós umbandistas comemoramos o “Dia de Iansã“, que é sincretizada com “Santa Bárbara“, homenageada neste dia pelos católicos. Eleve seu pensamento alguns instantes, acenda uma vela branca ou vermelha, e faça esta oração pedindo com fé suas graças a essa poderosa Orixá guerreira, que é a melhor aliada que poderíamos ter em qualquer batalha:
Características dos filhos de Iansã
Oyá, Iansã ou Inhançã é a Orixá dos ventos e dos raios, a deusa que comanda as tempestades e também o espírito dos mortos,  os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim – um dos seus símbolos. Orixá guerreira, Oyá esposa amada de Xangô, recebe dele o título de Iansã que faz referência ao entardecer, que pode ser traduzido como “a mãe do céu rosado” ou a “mãe do entardecer” portanto o rosa é a de Iansã cor por excelência. Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, e se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura – enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos. Iansã é extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante em suas lendas, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. Iansã é o Orixá do arrebatamento, da paixão.

Características dos filhos de Iansã:


filho de Iansã é conhecido por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieto e extrovertido. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariado, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidido. Questionado torna-se violento, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro.Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentado por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza. Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetivo. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo. Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida. Bambuzal é o domínio de Iansã da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração – tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Os filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas, a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Se mostram incapazes de perdoar qualquer traição que não a que ele mesmo faz contra o ser amado.
Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extra-conjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para seu círculo mais íntimo.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Curso de Reiki!

A Fátima está ministrando o ótimo Curso de Reiki com a Programação que pode ser vista aqui embaixo na imagem:

Data: 07/12/2014 - Horário: de 09:00h ás 17:00h. Vagas Limitadas – Maiores Informações pelos Telefones: (22) 2624-7555/ 99934-6617/ 99939-2284. Vale á pena participar! Válido para Iguaba Grande e Cidades próximas!



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014