terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Salve Oxóssi - Rei das Matas!

O dia 20 de Janeiro é o dedicado a “Oxóssi”, um dos orixás mais populares no Brasil, padroeiro da linha dos Caboclos, sincretizado com São Sebastião. Dentre os  antigos escravos, poucos dos que cultuavam Oxóssi sobreviveram ao tráfico negreiro e ao cativeiro, mas o culto ao orixá foi preservado no Brasil e em Cuba. Na Umbanda, religião brasileira, é o patrono da linha dos CaboclosOxóssi é o rei das matas e seu culto sofreu muitas variações. O símbolo do arco-e-flecha o associa ao santo católico São Sebastião, que escapou da morte a flechadas.
Okê arô Oxóssi!
Este orixá veste ora verde, ora o azul claro, representa também o princípio primordial da escalada espiritual do homem: o trabalho; o treinamento e luta diários do caçador pelo seu sustento.
O sincretismo com São Sebastião:
São Sebastião era um soldado que queria resgatar a fé dos corações cristãos enfraquecidos diante das torturas nas mãos do Império Romano, apesar de estar a serviço desta mesma Guarda Imperial e muito próximo dos imperadores.
Mas foi exatamente sua compaixão e sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos o que o levou a julgamento e condenação como traidor. Foi executado a flechadas, mas não morreu. Foi encontrado e socorrido pela Santa Irene, mas ao apresentar-se novamente diante do Imperador Diocleciano a condenação foi espancamento. Seu corpo foi jogado no esgoto romano, mas Santa Luciana o resgatou, limpou e sepultou.
São Sebastião foi personagem principal de muitas obras de arte da Baixa Idade Média e o maior foco nas pinturas era sua primeira execução. O símbolo da flecha, ou do arco-e-flecha, é também símbolo do orixá Oxóssi, rei das matas e caçador.
Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-se bem  e cuidadosamente.
Tudo que pertence à Natureza, especificamente as matas e o reino animal têm a ação de Oxóssi. Ele que é o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida.
Seus filhos têm um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas. Um grande conselheiro pelo seu gênio alegre, muito embora com forte tendência à solidão. Incapaz de negar qualquer ajuda a alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas. Com respeito à sua própria organização familiar, são muito apegados as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no sentido de provê-la e encaminhá-la. Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista. É carente. Não assume os problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os. Ama a Liberdade e a Natureza. O mato, as águas, os bichos, as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida. Não discute a fé. Acredita e é fiel seguidor da religião que escolheu. Não é ciumento e muito menos rancoroso.
Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. É, neste particular, ladino como os índios. Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente. Os filhos de Oxóssi são talvez os mais equilibrados. Para que suas vidas melhorem, devem despertar aquele gigante que habita sua essência, o que os tornaria mais dispostos a encarar as suas próprias dificuldades.

COR: Verde e Branco
AMALÁ: 7 velas verdes e 7 brancas, cerveja branca em coité, 7 charutos, peixe com escama de água doce ou uma moganga bem assada com milho dentro coberto com mel.
ENTREGA: Na entrada da mata (obs. a mesma de ogum)
ERVAS: Malva Rosa, Mil Folhas, Sete Sangrias, Folhas de Aroeira, Folhas de Fava de Quebrante, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Folhas de Laranjeira, Erva Cidreira, Folhas de Jurema, Folhas de Maracujá, Folhas de Palmito, Folhas de Abacateiro