quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pense...


Sabedoria de Preto-Velho...



Por que ficamos descalços no Terreiro?


Todo Umbandista já deve ter ouvido a frase "Umbanda é pé no chão". Mas será que todos sabem o porque de ficarmos descalços no terreiro? São três os principais motivos:

Primeiro, é que o solo representa a morada de nossos antepassados e quando estamos descalços tocando com os pés no chão, estamos entrando em contato com estes ancestrais e, consequentemente, com todo o conhecimento e a sabedoria que esse passado guarda.


O segundo motivo pelo qual tiramos os calçados é o respeito ao solo sagrado do terreiro. Imagine que vir da rua com os sapatos sujos e entrar com eles, onde nossos trabalhos espirituais são realizados seria como alguém entrar em nossa casa carregando uma montanha de lixo que vai caindo e se espalhando por todos os cantos. Diante desta situação você diria o quê? No mínimo que essa tal pessoa não tem respeito por você ou pela sua casa.
O terceiro motivo é o fato de que naturalmente nós atuamos como “para-raios” e ao recebermos qualquer energia mais forte, se estivermos descalços sem nenhum material isolante entre nosso corpo e o chão, ela automaticamente se dissipa no solo. É uma forma de garantir a segurança do médium para que não acumule ou leve determinadas energias consigo.
Além de tudo isso podemos dizer também que realizar nossos trabalhos espirituais descalços é uma forma de representar a humildade e a simplicidade do Rito Umbandista. Vale lembrar que no início este costume, nos cultos de origem africana, tinha outro significado. Os pés descalços eram um símbolo da condição de escravo, uma vez que o escravo não era considerado um cidadão e estava, por exemplo, na mesma categoria do gado bovino das fazendas. Quando liberto a primeira coisa que o negro procurava fazer era comprar sapatos que eram o símbolo de sua liberdade e, de certa forma, faziam com que ele fosse incluso na sociedade formal. O significado da “conquista” dos sapatos era tão profundo que muitas vezes eles eram colocados em lugar de destaque na casa para que todos os vissem. No entanto, ao chegar ao terreiro, espaço que havia sido transformado magisticamente em solo africano, os sapatos tornavam-se novamente apenas um símbolo de valores da sociedade branca e eram deixados do lado de fora. Ali os negros sentiam-se de novo na África e podiam retornar à sua condição de guerreiros, sacerdotes, príncipes, caçadores, etc.




As Necessidades dos Médiuns...

         O médium tem muitas necessidades e, dentre elas, destacamos a de policiar seus pensamentos, palavras e atos, para que eles não sirvam de escândalos. Todo esforço que se faz para a harmonia da vida, é mais vida que desfrutamos na essência de Deus. Um médium diligente cria na sua mente como que uma peneira espiritual, por onde filtra o raciocínio e os sentimentos, para que, a essa altura, a boca já fique resguardada, tanto quanto a vista e os ouvidos. Jesus recomenda a oração, mas não se esqueceu de nos mostrar as necessidades da vigilância.

         Qual médium que pode se sentir seguro da doutrina que ajuda a difundir, se não passou por sérios problemas, se não conheceu as dificuldades da vida, se não luta por sua auto-educação? Todos nós temos que passar pela peneira, que representa todos os contrários, e pelo balanço das mãos que nos perseguem e caluniam. No impacto das nossas deficiências com a luz do amor e da caridade, é que somos escolhidos como apóstolos do Mestre.
Vigiar é dever de todos, em quaisquer trabalhos; porém, e arte difícil. Se vigiamos em demasia, a imperceptível desconfiança chega, sem que a percebamos, e passamos a sofrer as conseqüências dos tormentos das indecisões.
         Médium! Não penses, já que o Evangelho apresenta em toda a sua urdidura uma simplicidade incomparável, que ele é fácil de ser entendido. Pelo contrário, é um monumento literário de engenhosa estrutura. A sua singeleza proporciona facilidade de decorar; no entanto, memorizar não é conhecer a essência das idéias. É repetir textos que vêm à mente, sem participação da inteligência. Mesmo assim, não queremos julgar quem quer que seja; apenas usamos o assunto para trabalhar no ideal da vigilância, que não deve passar a ser imprudência.
... Educação dos médiuns... Quando usarem a palavra, mesmo que escapulam alguns pensamentos que possam servir de ofensa a quem os ouve, devem levar em conta a necessidade de peneirarem as emoções, para que as idéias não se transformem em sons audíveis aos que os observam, magoando-os, por invigilância, quando o intuito primeiro seria o de exemplificar o amor.
Se o primeiro chamado de Jesus é para a oração, o sensitivo de bom senso deve ser obstinado na prece, sem que ela fanatize os seus valores. Deve estender sua súplica dentro de regras que a sabedoria computa; fugir do abuso e de repetições sem proveito; entregar sua mente à oração, com a consciência sublimada no amor. Compreender como esgotar as energias gastas do seu mundo, como abrir as comportas para o Suprimento Maior, assimilando fluidos imponderáveis e transformando-os em vida, para si e para a humanidade. Muitos oram, porém poucos sabem como fazê-lo.

Texto retirado do Livro Médiuns de João Nunes Maia pelo Espírito de Miramez - Editora Espírita Cristã Fonte Viva

Ser Médium...

O médium é o advogado de defesa no mundo espiritual. A paciência e a compreensão para aqueles que estão a sua volta é o segredo para errar menos e colaborar mais.
Ante as críticas que porventura receber no trabalho não desanime, continue trabalhando, pois o tempo é o defensor da verdade. O médium esta sempre em evidência onde quer que esteja, no lar, no trabalho, no centro espírita e por onde passa.

Obstáculos irão aparecer sempre, não esqueçamos que há os que não querem o nosso progresso (espiritual) mesmo assim não parem. Cada médium trás em si o gérmen do amor para praticar a caridade aos que procuram amparo, atenção e ajuda espiritual.

Não se deixe levar por idolatrias, influência que impulsos recebidos por entidades comunicantes, companheiros de trabalho ou familiares. Os médiuns recebem muito do plano espiritual, boas comunicações de seus mentores, guias, protetores e amigos, meditai esses grandes ensinamentos e a graça abundante que o torne forte para a caminhada em prol dos necessitados. Deus verá os seus esforços coroando-o de luz e coragem para semear a boa semente que Ele vos confia.

Aquele que conhece os princípios da caridade que é o amor ao próximo não medirá esforços para trabalhar com sua mediunidade.O médium é um servidor de Deus que não deve recuar jamais diante de suas tarefas a ele confiado. Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino do céu.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

O que é o Amaci?

O Amaci, também chamado Amassi, Amancim é o Batismo na Sagrada Umbanda, muitos perguntam a importância do Amaci, ele é o ritual mais especial e importante na vida espiritual. Amaci só acontece uma vez na vida do Médium, o resto são lavagens de Coroa.


Ele é a Coroação, a entrega do Ori ou cabeça ao Orixá da pessoa. A UMBANDA É uma religião que nos aproxima do Sagrado e que permite adentrarmos em nós mesmos para assim, de forma mais verdadeira e intensa, nos colocarmos à “disposição” do próximo, seja ele encarnado ou desencarnado.

Simbolicamente, o médium deve se considerar uma ferramenta usada pelo Divino em favor do Outro, da Comunhão e da Paz, um instrumento que deve e merece “reparos periódicos” para que não se perca a qualidade do trabalho manifestado, para que as engrenagens não enferrujem, para que as juntas não atrofiem, para que a maleabilidade não resseque e para que o molejo não se enrijeça.

Envolto em toda essa grandiosidade, um dos rituais mais potentes quando pensamos em “reparos periódicos”, é o que chamamos de AMACI.

AMACI vem da palavra ‘amaciar’, ‘tornar receptivo’, é um ritual, uma espécie de iniciação que todos os médiuns umbandistas, iniciantes ou não, devem, pelo menos uma vez ao ano, passar.

É um liquido preparado com folhas e águas sagradas escorado por alguns fundamentos específicos da Umbanda e que tem como objetivo a lavagem da cabeça/coroa do médium.

Nesse contexto, o Amaci ‘desperta’ as faculdades nobres do médium que ainda estão adormecidas, descarrega e apazigua o chacra coronário (centro de recepção espiritual Superior) e ainda liga/religa o médium ao Orixá, fazendo com que ele tenha a Sua vibração e energia interiorizada em seu espírito, mente e coração.

Receber o Amaci é entrar em contato direto com o Poder do Orixá, é um momento de grande emoção e que deve estar enredado pela reverência, amor, devoção, lealdade e comprometimento para com o Orixá, a Umbanda e o Plano Espiritual. É o momento em que o médium se coloca diante do Sagrado como ‘Filho de Orixá’, que abaixa sua cabeça em respeito e em saber à Superioridade Divina. Ocasião em que o médium deve se ajoelhar e deixar a voz do coração dizer:

E ainda com o coração batendo forte, o médium deita-se sobre a esteira de palha aos pés de seu Pai Espiritual e recebe o Amaci. Água cheirosa que ao escorrer pelo rosto se mistura com as lágrimas numa junção de fé, sagrado e pertencimento.

Sim! Agora o médium não está mais sozinho. Agora ele “pertence” ao Orixá, ao Poder Realizador que em forma de Divindade o acolherá em todos os momentos.

É um ritual fundamental para uma verdadeira e segura caminhada espiritual dentro dos fundamentos da Umbanda. É um cerimonial único e divino que quando bem orientado e bem realizado, o médium perceberá as mudanças que acontecerão em sua vida espiritual, consequentemente em toda sua vida.

Os Marinheiros na Umbanda

Eles chegam do mar e desembarcam em terra, sua alegria é contagiante, abraçam a todos, brincando sempre, com aquele jeito meio “maroto”, embriagado. São os Marinheiros, grupo de Espíritos que trabalham na Umbanda em prol da caridade.
Eles conheceram muito bem o mar e a navegação, pois participaram da descoberta de novos mundos através das viagens que empreenderam que duraram anos e anos.
As Entidade de Marinheiro trabalham na Linha de Iemanjá e também de Oxum, que compõem o chamado “Povo da Água”. Seus conselhos e mensagens são sempre cheios de esperança e de fé. Costumam trabalhar em grupos. São fortes, pois enfrentaram guerras e mares agitados, mas também conheceram a calmaria e a bonança.
Dão consultas, passes e também fazem trabalhos fortes de descarrego que envolvam grandes demandas. Em algumas casas, também costumam trabalhar nas giras de desenvolvimento de Médiuns.
Quando dão consultas, essa Falange costuma ir direto ao ponto, sem rodeios, mas também sabem como falar aos consulentes sem criar um clima desagradável ou de medo. Assim, conseguem atingir fundo as almas dos aflitos que costumam procura-los em busca de auxilio e de esperança.
Carregam consigo um sentimento profundo de amizade. Nas consultas, gostam muito de ajudar àquelas pessoas que se apresentam com problemas amorosos. Seus conselhos são sempre fiéis e certeiros, têm uma grande responsabilidade e assumem o compromisso de um trabalho bem-feito.
Todas as pessoas tem uma idéia muitas vezes distorcida desta linha de trabalho. Os marinheiros são em sua grande maioria espíritos que militam a umbanda para dar sustento no campo da diluição de cargas trevosas, outros atuam como elementos de sustentação de trabalhos voltados a curas, atraindo os poderes elementais dos quais estes espíritos de alto grau espiritual, trazem consigo.
Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertar-mos de nossos entraves, com uma forma bem simpática lidam com os consulentes de forma extrovertida, deixando o assistido muito avontade com trejeitos peculiares desta linha maravilhosa da umbanda.
Muito diferente do que imaginamos, estes irmãos do astral não são e não estão embriagados, como muitos se mostram, na realidade sua forma de balanço é uma maneira de liberar suas ondas energéticas se utilizando do próprio médium.
Como isso ocorre?
Em torno do médium existe um campo de energia sustentado por seus centros de força e, além da energia gerada a partir da energia corpórea, existe um campo espiritual que se reflete em todo o ambiente. Os guias quando encorporados em seus médiuns, dançam, giram, balançam, gesticulam, etc… desta forma os guias liberam não só a energia que se desprende do médium, mas também libera de forma salutar o poder de seu mistério através de ondas magnéticas que são liberadas dentro do campo espiritual do médium e do templo. É desta forma que os marinheiros fazem, em formas onduladas, ou através de seu balanço, que mais parece de uma pessoa embriagada, é que este irmão na luz faz seu trabalho redentor dentro dos campos da Umbanda.
É importante que os médiuns e principalmente os assistidos, saibam de tal fato, para que estes não deturpem e não dêem um mal sentido aos trabalhos de Umbanda.
Os marinheiros são sustentados pelo poder de nossa Mãe Iemanjá e sua cor de actuação é a mesma desta mãe Divina, que é o azul claro. Podemos sempre que necessitarmos, activar o poder destes servidores da lei em nossa vida, acenda sua vela e faça uma prece, pedindo para eles abrirem seus caminhos e protege-los. É maravilhoso.
Todos devem estar sempre com os pensamentos voltados ao Pai Celestial, para que assim a fé interior esteja sempre renovada. Que todos tenham a consciência de que as mudanças só serão possíveis se partirem primeiramente de vosso íntimo e acreditar, lutar pelos vossos idéias. A busca do sucesso depende de vosso próprio esforço, dedicação e merecimento. Portanto, não pare no tempo, cruzando os braços a espera de milagres. Levantem-se, tenham fé, renovem suas esperanças, acreditem no poder do Pai Maior e corram atrás de seus objetivos.
Alimentem vosso espírito com muito amor, esperança e fé para assim projetar a verdadeira essência divina a todos os vossos semelhantes. Vossa mente tem um poder grandioso. Use-a para exercitar o bem, com o objetivo de unirmos nossas forças para estarmos cada vez mais ligados a Deus, receba de braços abertos à energia de todos os Orixás, dos vossos marinheiros que estão o tempo todo a vos ajudar quando solicitados.
Sejam positivos em qualquer situação.
Se você quer o melhor para sua vida, comece fazendo uma reflexão de seus próprios atos, pois muitas pessoas reclamam de determinados acontecimentos em suas vidas, mas esquecem de que tudo tem um porque. Portanto, reflitam sobre vossos pensamentos e atitudes para que não sofra conseqüências negativas.
A vida é um espelho. Vigie-a sempre. E lembre-se de que tudo pode quando trazemos “Deus” em nossos corações

As Falanges da Linha do Oriente

A Linha do Oriente é dividida em 07 falanges e composta em sua maioria por entidades de origem oriental é nessa linha que se encontram as falanges dos hindus, árabes, japoneses, chineses, mongóis, egípcios romanos, etc. Compõem-se estas falanges de espíritos que tiveram encarnação nesses povos e que através do ensino das ciências ocultas, praticam a caridade pregada na Umbanda. Esta Linha procurou abrigar as mais diversas entidades, que a princípio não se encaixavam na matriz formadora do brasileiro (índio, português e africano). Podendo, a Linha do Oriente vir representada por entidades da linha de caboclo ou pretos-velhos.
As entidades que compõem esta linha são discretas, falando pouco, com linguajar perfeito e bastante correto, sendo que não gostam de dar consultas, e se precisam passar algum ensinamento ao consulente, o fazem através de frases curtas e cheias de significados.


Os mais altos conhecimentos esotéricos da antiguidade são conhecidos, no plano astral, pelas entidades que se manifestam nessa Linha, já que nela estão representados Grandes Mestres do Ocultismo (Esoterismo - Cartomancia - Quiromancia - Astrologia - Numerologia - Grafologia,etc.).


Atuando com a arte da cura, as entidades da Linha do Oriente buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. São entidades que vêm com a missão de humanizar corações endurecidos e fecundar a fé, os valores espirituais, morais e éticos no mental humano.


A Linha do Oriente é regida por Oxalá, e por Pai Xangô, fogo e calor divino, sendo que as entidades dessa Linha atuam nas irradiações dos diversos Orixás, conforme as demais falanges da Umbanda.


É chefiada por São João Batista, que tem o comando dos povos do oriente, onde se manifestam espíritos de profetas, apóstolos, iniciados, cabalistas, anacoretas, ascetas, pastores, santos, instrutores e peregrinos.


A Linha do Oriente, que é chefiada por São João Batista, é constituída pelas seguintes Legiões:


1. Legião dos Hindus - Chefiada por Zartú
2. Legião de Médicos e Cientistas - Chefiada por José de Arimatéia
3. Legião de Árabes e Marroquinos - Chefiada por Jimbaruê
4. Legião de Japoneses, Chineses - Chefiada por Ori do Oriente
5. Legião dos Egipcianos, Astecas, Mongóis e Esquimós, Incas e outras raças antigas - Chefiadas por Inhoarairi, Imperador Inca antes de Cristo
6. Legião dos Índios Caraíbas - Chefiadas por Itaraiaci
7. Legião dos Gauleses, Romanos e outras raças européias - Chefiada por Marcus I - Imperador Romano.
A saudação para a Linha do Oriente é “Salve o Povo do Oriente!”. Alguns usam a saudação “Kaô”! (João Batista) e também “Salve o Povo da Cura!”.


     As informações sobre as falanges espirituais das 7 linhas que trabalham na Umbanda, são extremamente raras e divergentes. Esses mistérios vêm se abrindo aos poucos, e o nosso acesso a eles é algo ainda muito restrito. As tentativas de codificações sistematizadas da religião, ainda engatinham e temos então "UMBANDAS", com uma enorme variedade de verdades absolutas, que apenas limitam e confudem. Mas penso que se os Mentores Espirituais responsáveis por essa maravilhosa manifestação religiosa, permitem tal situação, sabem porque e o que estão fazendo. É uma religião nova e crescente, não só entre os encarnados, mas também na erraticidade.

   As chamadas Linhas auxiliares, compostas pelos Baianos, Boiadeiros, Marinheiros, Ciganos e Povo do Oriente, não faziam parte da constituição inicial apresentada pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio de Moraes. Mas representam hoje, importantes e atuantes falanges dentro dos trabalhos regulares das Giras de Umbanda. Nem os Guardiões Exús e Pombas Giras, estavam presentes, de modo explícito, na organização espiritual inicial da Umbanda.

   


"O Povo do Oriente" é composto de espíritos que atuam de modo efetivo nos processos de curas físicas, emocionais e espirituais. Formado por espíritos chamados de médicos do astral. Esses médicos do astral, não são necessariamente espíritos de médicos convencionais, como podemos pensar. Mas espíritos muito, muito evoluídos de grandes sábios, profundos conhecedores de química, biologia, psicologia, física,medicina oriental, técnicas de curas milenares com uso e domínio da energia mental e espiritual sobre energia condensada da matéria. Essa linha, também, trabalha na Umbanda, mas está presente em muitos outras manifestações espirituais como Centros kardecistas e outras Fraternidades, sendo denominados de "Mestres" e "Mestras", pois são conhecedores, zeladores e guardiões de grande sabedoria ancestral, revelada apenas aos "escolhidos iniciados".


    Embora chamada de Oriente, agrega espíritos que tenham encarnado em diversos continentes de nosso planeta e ainda de outros sistemas do Cosmos, ou seja, algo que está muito além de nossa limitada capacidade de elaboração intelectual. É a Linha de trabalho com o poder de acessar as egrégoras de pura luz de mestres ascencionados, profetas, santos e tronos angelicais. Usam como elemento principal em seus trabalhos, o ectoplasma dos médiuns e assistentes presentes, raramente usam os elementos materiais convencionais utilizados por entidades de outras linhas da Umbanda. Quando o fazem, servem-se de luzes e cores, cristais e materiais de radiestesia, contas e rosários budistas e hindus, ou outros objetos específicos ao trabalho daquela entidade especificamente, ou ao caso que estejam tratando.

   Suas manifestações mediúnicas, em seus médiuns podem se dar em forma de incorporação (quando na Umbanda) psicofônia; psicografia mecânica, semi-mecânica, intuitiva; efeitos físicos (cura,materialização, transfiguração, transporte...), atuam através de seus médiuns passistas, também nos passes aplicados nas sessões de Centros kardecistas.


  O médium ativo dessa linha, não deve fumar ou consumir bebidas acóolicas com frequência, pois além da vibração perispiritual das entidades ser muito sutil, precisam manter uma qualidade pura de ectoplasma, para os trabalhos de passes magnéticos, e os de "efeitos físicos", entre eles os de energia de cura.
   Todas as pessoas que trabalham com a cura, em qualquer seguimento, têm sempre por perto como mentor, um espírito da Linha do Oriente. Naturalmente que 90% delas não tem consciência dessa aproximação e orientação. Sua influência estende-se ainda a educadores, terapeutas, , sacerdotes, místicos, religiososos.

   Os médiuns que não tem conhecimento de sua condição mediúnica e não a exercem de modo formal, também podem ser beneficiados pelos Mentores, através de intuições e sonhos.


   São Seres de pura Luz, "literalmente falando" que nos transmitem sensações de profunda paz, quietude mental, amor universal, fé e confiança.



SALVE O ILUMINADO POVO DO ORIENTE, sempre nos auxiliando em nossa caminhada!

Entendendo um pouco mais sobre a Umbanda: Orixás e Entidades

Deus - Zambi - Olorum - Olodumaré

Seja qual nome for dado, é o Criador de Tudo. O Incriado, o Rei de Tudo. Não é considerado Orixá, pois está bem acima destes. Onipresente, Omnisciente e Onipotente. É a Fonte de tudo!

Oxalá

 Orixá Supremo, da Fé, do Amor, da Paz! Sua Luz ilumina a todos! Sua saudação é "Oxalá meu Pai" ou "Epa Babá". Oxalá é sincretizado com Jesus Cristo.

Ogum

 Orixá dos Caminhos, das Demandas, das Batalhas. Sua saudação é "Ogun nhê". Ogum é sincretizado com São Jorge.

Oxóssi


Orixá das matas, da caça, da sabedoria e da fartura. Sua saudação é "Okê Oxossi". Oxossi é sincretizado com São Sebastião.

Xangô

  
Orixá da Justiça, das Pedreiras, do Trovão. Sua saudação é "Kaô Kabecilê". Xangô é sincretizado com São Jerônimo.

Iemanjá

  
Orixá dos Oceanos, dos Mares, Grande Mãe. Sua saudação é "Odoiá". Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Glória (no RJ).

Iansã
 Orixá Guerreira, das Tempestades, dos Raios. Sua saudação é "Eparrey Iansã". Iansã é sincretizada com Santa Bárbara.

Oxum

 Orixá da água doce, da Cachoeira, da Beleza, do Amor. Sua saudação é "Oraeieiô Oxum". Oxum é sincretizada com Nossa Sanhora da Conceição.

Nanã Buruquê

 A mais velha dos Orixás, rege as águas profundas, águas paradas, os mangues. Sua saudação é "Saluba Nanã". Nanã é sincretizada com Santa Ana (Mãe de Maria e Avó do Mestre Jesus Cristo).

Obaluaê / Omulú

Orixás da cura, da transformação, da passagem para outro plano, encarne e desencarne, Sua saudação é "Atotô". Orixás sincretizados com São Roque / São Lázaro.

Caboclos

 Entidades que se apresentam como Índios. São comumente ligados à Oxossi, porém podem vir de todos os Orixás. Geralmente tomam frente, comandam o desenvolvimento mediunico e representa a Força na Umbanda. Sua saudação é "Okê Caboclo"

Preto-Velhos

Entidades que se apresentam como ex-escravos. Pessoas que sofreram todo tipo de crueldade durante a escravidão, mas nunca perderão sua fé e seu amor. Hoje voltam para nos ensinar a humildade e a caridade. Também podem tomar a frente de uma casa. Sua saudação é "Adorei as Almas"

Crianças

 

Entidades que se apresentam como crianças. São crianças que também nasceram na época da escravidão, ou também podem ser de origem índigena. Vem da Linha de Oxalá. Sua saudação é "Oni Beijada"

Linha do Oriente

  
Mais uma Linhas de Umbanda. Manifesta-se espíritos de orientais. Espíritos de extrema Luz e sabedoria. Doutores do Espaço, Magos, Sábios, entre outros. Sua saudação é "Ori baba"

Baianos


Entidades que se apresentam como baianos e baianas. Fazem parte da chamada "Linha intermediária" ou "auxiliar" podem atuar tanto nas linhas da direita, quanto da esquerda. São espíritos brincalhões, mas de grande força e magia.

Boiadeiros

 Entidades que se apresentam como os antigos vaqueiros do sertão. Entidades com grande força. Ao contrário dos baianos, eles são mais "fechados", mas são grandes companheiros e também de grande força e magia! Sua saudação é "Xetruá" ou "Jetruá"

Ciganos

Nômades. Formado por Ciganos e Ciganas. Podem se apresentar também na Linha do Oriente. Sua saudação é "Harriba, Povo Cigano"

Marinheiros

Entidades que se apresentam como antigos marujos. Moradores do Mar, são entidades que gostam de brincadeiras, mas trabalham seriamente.

Exus

Na Umbanda, não se tem Exu Orixá. Os Exus estão subordinados, assim como os demais espírtos à Linha de Orixás. Existem Exú de Ogum, Exú de Omulú, Exú de Xangô, etc. São nossos guardiões, nossos protetores. Os que fazem o serviço "mais pesado", pois são responsáveis pela guarda do terreiro, por afastar Kiumbas, por desmanchar demanadas. Como diz o ponto "Na Umbanda, sem exu não se faz nada". Sua saudação é "Laroyê Exu" "Exu mojubá"

Pombas Giras


 O vocábulo "Pomba Gira" ou "Pombogira" é corruptela da expressão bantu "Pambu Njila" que nada mais é do que um "Nkise" ou seja, uma divindade com as mesmas caracteristicas do Orixá Exu dos Yorubás. Na Umbanda, Pomba Gira é Exu mulher. São moças misteriosas, cheio de encanto e de axé. Também às saúdam com "Laroyê Exu" "Laroyê Pomba Gira

Pedimos ás pessoas da assistência, que sigam as seguintes orientações:


ORIENTAÇÕES Á ASSISTÊNCIA

01 - Observem sempre o horário de início dos trabalhos para não chegarem depois dos mesmos haverem iniciado.
02 - É imprescindível a observância dos trajes que forem usar ao irem ao Terreiro. Sejam respeitosos em relação as suas roupas.

03 - Desligue sempre o seu  aparelho celular enquanto estiver no interior do Centro.

04 - Esteja em silêncio e profunda meditação durante as Giras, sejam poucas as suas palavras.

05 - Não cobramos nada pelas consultas, a VERDADEIRA E  ÚNICA UMBANDA, É CARIDADE, nossa Casa sobrevive graças ao amor que muitos irmãos dispensam à essa Instituição, por favor lembrem-se sempre disto.

06 - Não fazemos "trabalhos" de "amarração", e outros tipos. Por favor não insista em perguntar. Cada um recebe de acordo com o seu merecimento, essa é uma Lei Espiritual. 

07 - Não usamos Búzios e outros métodos de adivinhação. As Entidades de UMBANDA não precisam disso, se tiverem permissão falarão o que for necessário.
 
08 - Aceitamos doações se assim lhe convier, e desde já lhe agradecemos de coração!
 
09 - Em caso de alguma dúvida, pergunte ás pessoas que trabalham na Casa.
 
10 - Siga sempre as orientações que lhe são dadas.

Os Objetos ritualísticos da Umbanda

 Dentro da  liturgia dos cultos costuma-se chamar de “parâmentos” palavra de significado um tanto esdrúxulo dada a importância dos objetos dentro de um Terreiro de Umbanda. Estes “objetos ritualísticos” geralmente são tidos como de efeito decorativo pelos leigos, ou ainda, o que é pior, os próprios participantes do culto maior parte das vezes ignoram a função disto ou daquilo, nunca se perguntando o motivo de se realizarem certos preceitos ou o porque da coisa ser feita desta ou daquela forma.
 
AS VELAS
  Dentro da magia universal, as velas foram sempre utilizadas na maior parte dos rituais em que se precisa realizar algum contato com forças superiores ou inferiores, isto, claro, dependendo da moral de quem vai se utilizar das forças mágicas, já que magia não pode ser distinta de forma específica em branca ou negra (ou como queiram os puristas: Teurgia e Goécia), pois estes aspectos são facetas interiores daquele que pretende mobilizar certas forças cósmicas. Nos Terreiros, há sempre alguma vela acesa.
  
 A função de uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais, é no sentido mais básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido. A pessoa se concentra (passo fundamental no ritual de acender velas. O pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês “cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido”) no que deseja a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado. Existem diversos fatores dentro da magia no tocante ao número de velas a serem acesas e outros detalhes que dizem respeito apenas aos iniciados e mestres, não cabendo a nós, por profundo desconhecimento de tais detalhes, apresentá-los aqui. Os verdadeiros médiuns podem, se quiserem ou melhor ainda, se merecerem, aprender tudo o que suas entidades acharem por bem transmitir-lhes.
 
AS IMAGENS
 
Demos como exemplo de elevação mental as imagens dos santos que muitas tendas ainda usam: tais imagens, embora tenham sua importância, não precisam ser muitas, como em certos terreiros que chegam a rachar a madeira do conga com o peso das estátuas. Além disso, em vez de exercerem um papel de elevação mental nos consulentes, causarão mais confusão, tamanho o número de referências  que os olhos encontrarão pela frente. Aí só haverá a serventia de distrair e atrapalhar a concentração, que resultará fraca e sem objetivo. Além disso, uma disposição amontoada destas imagens poderá dar uma impressão confusa ao conga, que é o ponto do terreiro para onde se dirigem todas as atenções.
 
CHARUTOS E CACHIMBOS
 
A Umbanda é muito criticada a achincalhada pelo fato de suas entidades usarem o fumo na sessões, os detratores aproveitando-se disto para taxarem-nas de  atrasadas ou primitivas. A grosso modo, o fumo prestar-se-ia a agir como uma “defumação direcionada”, ou seja, certas cargas mais pesadas seriam destruídas pelas baforadas do cachimbo ou do charuto, além de outras funções mais complexas só conhecidas e manipuladas pelas entidades, as quais, inclusive aconselham os médiuns a não fumarem.
NOTA: AS ENTIDADES NÃO TRAGAM O FUMO, ALÉM DE CONSEGUIREM, POR MEIOS PRÓPRIOS DE CONHECIMENTO DELES, NÃO DEIXAREM SEQÜELAS EM SEUS APARELHOS.
 
AS VESTES
Na Umbanda, as vestes são sempre  BRANCAS, e sempre muito limpas, já que este é um dos motivos pelo qual se troca de roupa para os trabalhos. Nunca se deve trabalhar com as roupas do corpo, ou já vir vestido de casa com as roupas brancas. O suor causa uma sensação de desconforto, o que traz uma má concentração e intranqüilidade no médium.O branco é de caráter refletor, já que é a somatória de todas as cores e funciona, aliado a outras coisas, como uma espécie de escudo contra certos choques menores de energias negativas que são dirigidas ao médium. Além disso, é uma cor relaxante, que induz o psiquismo à calma e à tranqüilidade.
   
AS GUIAS
  
  Esta é uma questão delicada. Muito difundidas por aí estão as guias de porcelana e de vidro, quando não de plástico, materiais de natureza isolante, que não retém nada energético, sendo pois apenas úteis no mesmo princípio de elevação mental das imagens, ou seja, predispõem o psiquismo dos médiuns a um efeito psicológico-positivo, efeito este que se estende ao consulente devido às várias cores que essas guias chamadas de sugestivas possam ter. Este cromatismo induz os pensamentos a vibrarem em sintonia com cada cor, cada uma delas tendo uma função particular de acordo com sua matiz: AS BRANCAS, como já foi dito a respeito da roupa lembra e induz o pensamento as coisas puras, além de serem de caráter refletor; as VERMELHAS são  úteis para repulsar cargas negativas, além de quebrarem correntes negativas; as AMARELAS, ótimas para quebrar mau-olhado e energias perigosas oriundas de sentimentos pesados como a inveja, cobiça, etc; as VERDES limpam a mente de pensamentos morbosos e atuam muito bem atraindo fluídos mentais de cura; as AZUIS acalmam e ativam estados mentais relativos às coisas superiores; as ROSAS elevam o pensamento às coisas puras no sentido do amor fraterno ou não; as guias PRETAS e BRANCAS por sua própria natureza se anulam e por isso não servem para coisa alguma; as PRETAS então, se prestam apenas para contatos com coisas inferiores e negativas. Existe uma confusão por aí, mas relacionada a uma certa aproximação com o Candomblé, que dedica a cor da guia a determinado Orixá. A coisa não é bem assim; na UMBANDA, as guias tem função independente e as cores dos colares são relativas apenas ao cromatismo, uma vez que existe uma cor ritual para os Orixás e uma cor energética, a qual é a real cor vibratória do Orixá. Essas cores rituais variam de um lugar para outro e estão confusas devido a aproximação com o Candomblé, que utiliza nos colares a cor a eles dedicados.
Na Umbanda, as cores energéticas dos Orixás, de sua verdadeira vibração, são por exemplo as seguintes:
Para OXALÁ: o branco
Para OGUM: o vermelho
Para OXOSSI: o verde
Para XANGÔ: o marrom
Para YORIMÁ: o violeta
Para YORI: o rosa e o azul
Para YEMANJÁ: o azul turquesa
e assim por diante...
Existem também as guias NATURAIS, que são feitas com elementos minerais, vegetais ou animais e que tem rela valor energético de absorção ou repulsão de forças magnéticas, e que realmente constituem escudo eficaz para os médiuns. Estas guias podem ser feitas de:
ELEMENTOS MINERAIS: Pedras de cristal; de rocha; ametista, etc.
ELEMENTOS ANIMAIS: Conchas, do rio ou do mar; cavalo-marinho; búzios.
ELEMENTOS VEGETAIS: Favas; lágrimas de Nª Senhora; capacete de Ogum.
Caules: arruda, guiné, jasmim; várias sementes; vários frutos.
Deve ficar bem claro que não adianta nada ter-se uma guia no pescoço sem que ela esteja devidamente imantada, pois do contrário de nada irá funcionar, será apenas um enfeite. Quando bem imantada, é um poderoso escudo e seu uso nos trabalhos torna-se indispensável.
Existe uma noção errônea de que quanto mais guias no pescoço mais forte e protegido estará o médium. Entidades de fato e de direito pedem apenas as guias necessárias à proteção do seu aparelho e jamais pedem as guias para elas próprias, uma vez que o visado é o médium e não a entidade pelas cargas dos consulente.