quarta-feira, 30 de outubro de 2013

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Foto: ╰★╮Salve o Caboclo Roxo!

•••►Curta: Filhos de Umbanda

O que são Eguns?

     

 Egun é a denominação que se dá aos espíritos desencarnados, ou seja, espíritos de pessoas que já morreram. Portando, os eguns podem ser tanto os espíritos dos guias (ou entidades), que são os Caboclos, os Preto Velhos, as Crianças, as Ciganas, os Boiadeiros, os Malandros, os Exus e as Pomba Giras, como também os kiumbas.

Os guias da Umbanda são mensageiros dos Orixás que protegem e orientam os encarnados que por eles procuram. São espíritos iluminados que se encontram em uma faixa de vibração boa para a Umbanda. De acordo com o grau de evolução de cada um, são levados a fazer parte de uma falange, ou seja, um grupo específico de espíritos, para aprenderem e evoluírem espiritualmente. Dessa forma eles permanecem, até uma possível reencarnação ou evolução para um plano superior. 

Espírito Kiumba
Os kiumbas são espíritos do baixo astral, verdadeiros obsessores (como chamados no espiritismo) que se aproveitam da fragilidade humana para satisfazerem seus vícios maldosos, ou até mesmo são procurados por pessoas que queiram prejudicar alguém. Eles acompanham e influenciam os encarnados por pura vontade de cometer o mal. Locais que geralmente são cercados por kiumbas são os bares e festas de baixo nível, pois se aproveitam dos vícios humanos (como vício do álcool, do cigarro, das drogas ou do sexo) para se fortalecerem e, consequentemente, enfraquecer os que desta forma se comportam.

Luz e Trevas



O que são as trevas?  De acordo com as leis da física, as trevas nada mais é do que a ausência de luz. Dessa forma para haver trevas, é necessário que não haja a luz. As trevas nos trazem uma importante sabedoria, pois é através das trevas que damos valor à luz. As trevas da ignorância são eliminadas pelo poder da Luz da Sabedoria.  E o que é o mal? Existiria algo intríssicamente mal? 

O mal nada mais é do que a Ausência de Deus. O que entendemos como uma entidade maléfica, com o único propósito de atormentar o ser humano, nada mais é do que o subproduto de nossas mentes e ações que se deixam serem guiadas pela ausência de Deus. Todos nossas ações e pensamentos produzem um duplo etérico no mundo espiritual, se acumulamos pensamentos, sentimentos e ações negativas, esta cria a forma de algo maléfico, mas se acumulamos pensamentos, sentimentos e ações benéficas, estas se transformam em seres de Luz que nos guiaram para a Luz Divina.... 

As manifestações espirituais das trevas nos levam aos sentimentos negativos de Orgulho, Inveja, Avareza, Gula, Luxúria, Preguiça e Ira. Se somos acometidos por alguma dessas manifestações das trevas espirituais, estamos tendo a oportunidade de criar uma situação de luz ou iluminação espiritual.  Pelo Orgulho, aprendemos a Castidade e a Humildade;  pela Preguiça, aprendemos a Magnânimidade e a Diligência;  Pela Ira, a Humildade e a Paciência,  Pela Inveja, a Caridade e a Diligência;  Pela Gula, a Temperança e a Paciência;  Pela Luxúria, a Caridade e a Castidade;  e por fim a Avareza, pela Magnanimidade e Temperança.  Os Próprios fenômenos físicos nos apresentam uma grande sabedoria, Se há a Luz pra nos iluminar, esta sempre projeta a nossa sombra no chão...

Essa sombra representa os erros que devemos combater nessa nossa jornada terrestre. A luz é o fim para onde devemos ir, como um inseto é atraído pela Luz, nós também devemos ser, para que possamos eliminar todos os nossos erros. E quando o ser atingir esse estado, ele passa ser um Iluminado, sua luz interna será suficientemente forte para eliminar toda a possível sombra de erros e enganos que nosso espírito possa ter. 


Quando atingido por esse estado, não haverá mais dores, mais incertezas, mais malefícios, somente a graça e a beatitude eterna, pois nesse estado comungamos com o cósmico de toda sabedoria e beleza. Aí está a sabedoria do Yin e Yang, dos princípios do Bem e do Mal. Todos nós temos essa dualidade dentro de nós, agora qual alimentamos é a chave para a glória ou danação. 


Dica de Leitura do Mês: Formulário de Consagrações Umbandistas - Livro dos Fundamentos




Título: Formulário de Consagrações Umbandistas - Livro dos Fundamentos
Autor: Rubens Saraceni
Editôra: Madras Editora
Número de Páginas: 192
Descrição: Todo umbandista já ouviu, algum dia, esta frase: Umbanda tem fundamento, é preciso preparar Descrição: Todo umbandista já ouviu, algum dia, esta frase: Umbanda tem fundamento, é preciso preparar! Foi pensando nisso que o Mestre Rubens Saraceni se dedicou à produção deste Formulário de Consagrações Umbandistas - Livro de Fundamentos, não com o intuito de elaborar uma codificação, mas sim de dar uma contribuição aos médiuns, dirigentes e freqüentadores dos templos e terreiros, para que tenham ao seu alcance um formulário básico de ritos, sejam eles de consagração, de oferenda ou de liturgia, nos quais possam se basear e realizar, com segurança e base, suas práticas mágicas ou religiosas. Release: Todo umbandista já ouviu, algum dia, esta frase: Umbanda tem fundamento, é preciso preparar! Foi pensando nisso que o Mestre Rubens Saraceni se dedicou à produção deste Formulário de Consagrações Umbandistas - Livro de Fundamentos, não com o intuito de elaborar uma codificação, mas sim de dar uma contribuição aos médiuns, dirigentes e freqüentadores dos templos e terreiros, para que tenham ao seu alcance um formulário básico de ritos, sejam eles de consagração, de oferenda ou de liturgia, nos quais possam se basear e realizar, com segurança e base, suas práticas mágicas ou religiosas. A consagração é um contato íntimo e espiritual entre o fiel e as divindades. Cada orixá tem a sua maneira de realizá-la. As formas de entrar e sair do campo vibratório astral dos orixás aqui descritas são bem elaboradas, didáticas e fundamentadas nos seus magnetismos, vibrações, irradiações e mistérios. Colares ou guias, braceletes, tiaras, anéis, coroas, espadas, toalhas, ferramentas diversas, materiais elementais para os assentamentos, imagens para serem entronadas nos altares, tudo pode ser consagrado como aqui é ensinado. A partir de então, esses objetos estarão imantados para serem utilizados no dia-a-dia ou nos trabalhos espirituais, seja pelos médiuns ou pelos guias espirituais que por meio deles atuam. Esta obra é um marco na fundamentação ritualística da Umbanda, a partir da qual não será mais necessário aos umbandistas recorrer aos rituais alheios para realizar suas consagrações.

CESJBIG - OUT/2013 - Estatísticas de Atendimento - Consultas de Terças-Feiras.

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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Oração


 "Meus fios, vossuncês encontram na oração uma poderosa forma de contato com Zambi, desde que ela venha do coração e que seja feita com fé e fervor cristão. É pela oração que vossuncês podem louvar, agradecer e pedir a Zambi tudo quanto querem.

Agradeçam e louvem pelas graças recebidas e pela oportunidade de crescimento do espírito, peçam força e proteção na caminhada e no enfrentamento de suas provas. Porém, não creiam vossuncês, que simplesmente pela oração receberão tudo quanto pedirem, pois tudo será balanceado pelos seus merecimentos e pelas provas que terão que enfrentar durante a encarnação. Mas saibam que Zambi pedirá que os Bons Espíritos auxiliem e fortaleçam vossuncês em suas caminhadas de progresso espiritual, e esta tarefa destes Amorosos Espíritos será facilitada tanto quanto for o tamanho das obras cristãs de vossuncês, formadas pelas pedras de amor por nosso Pai, pelos seus irmãos encarnados ou desencarnados e por vossuncês mesmos.

Jesus Cristo disse para que amemos nosso próximo, por este motivo, a oração por seus irmãos, encarnados ou desencarnados, se for sincera, fervorosa e vinda do coração, impulsionará os Bons Espíritos, por ordem de Zambi, a auxiliar aqueles para quem vossuncês oram e será assim grande prova de amor.

Que Zambi abençoe vossuncês."

Pai Joaquim de Aruanda da Baía de Todos os Santos.

A Magia na Umbanda...



A Umbanda é magia: magia não é privilégio de ninguém. Magia é a arte de manipular a Natureza criando campos de força. E é exatamente isso que fazem os Guias nos Templos Umbandistas. Juntam elementos para criar, desde um simples patuá, até uma enorme energia positiva para destruir outra da mesma intensidade, criada por espíritos malignos. Magia não tem receituário nem dicionário. Magia é magia. Apenas é lamentável o mau uso do termo magia.

Todas as pessoas que trabalham na Umbanda são pequenos magos. Uns conscientes e outros inconscientes, mas, direta ou indiretamente, praticam a magia. Por ignorância tem gente matando cabritos, comendo carne crua e alguns, pasmem, praticando a magia do sexo, esta a mais burra e inexistente magia. São pessoas desorientadas e pervertidas usando o nome da magia para saciar seus instintos grotescos. Isto nada tem a ver com a verdadeira magia e muito menos com a Umbanda. Os Guias são sábios magiadores do BEM.

Magia do álcool
A cachaça, o vinho, a cerveja e etc..., têm função magística. No plano astral, servem para fins que fogem, na maioria das vezes, completamente à nossa compreensão. Pela volatilidade do álcool, apresenta eterização para desintegrar morbos e campos de forças mais densos. Espírito não vem no terreiro para beber. Um Exu Senhor Tranca Ruas das Almas, inquirido sobre a necessidade do espírito beber respondeu: - “se quisesse beber não viria nos terreiros. Iria freqüentar os bares onde vivem os alcoólatras e lá arranjaria um copo-vivo (ermo usado para aqueles que são dominados por espíritos viciados em bebida).
Aqui vale um ensinamento. No mundo espiritual existe o principio da lei dos semelhantes, ou seja, o semelhante atrai o semelhante. Todo homem embriagado quase sempre está acompanhado de um espírito semelhante. O grande problema é que, como o espírito não pode ingerir a bebida, ele aspira, para sua satisfação, a emanação do álcool, razão pela qual o bêbado (copo-vivo), ingere enormes quantidades de bebida. Uma parte para ele e outra para o espírito. Interessante que esses espíritos protegem o seu doador, bem como nós fazemos com o copo que nos serve para beber água, mas quando não mais lhe serve, abandona a criatura em estado deplorável.

 Magia da fumaça
Todas as religiões do mundo usam a fumaça como depurador das energias. A defumação é sagrada e consagrada pelo mundo inteiro, desde os monges tibetanos até os padres católicos. O turíbulo do Guia é o charuto, o cachimbo ou o cigarro.... Faz parte da cultura indígena e, por extensão, da umbanda. Não devemos confundir a fumaça do charuto com a defumação através de ervas ou bastões cheirosos. Ambos têm funções importantes na religião, mas são usados de forma diferente. Não devemos esquecer os vários tipos de fumaça usadas pelos espíritos. Além do charuto, o cachimbo do preto-velho, o cigarro comum das pombas-gira e alguns exus, também produzem o mesmo efeito. Aqui cabe a mesma consideração, espíritos guias não fumam. A fumaça que se eteriza é que tem função magística...

Magia do som e do movimento
A música foi feita para as pessoas se amarem. O som mexe nossos sentimentos. E também fazia parte da cultura dos índios. É um mântra. Mas não é só isso. O som repercute no éter. Ele vibra. A fala mansa domina e a fala grosseira irrita. Ele tem um equilíbrio, regulando nossas emoções. Quando ouvimos uma música forte, sentimos força interior. Ficamos mansos e dóceis ao som de uma música suave. Quem não se lembra da suavidade da canção de ninar docemente cantadas por nossas mães? E quem não se lembra dos sustos e medos passados na infância por gritos histéricos de alguém? Imaginem estarmos sentados à beira de um rio, olhos fechados, ouvindo o gostoso barulho da água formando pequenas marolas, ainda premiado com o canto de um sabiá e outros pássaros e uma pequena brisa nos refrescando. É um sentimento ligado ao som e ao movimento. Agora estamos voltando para casa. Os carros em sentido contrário fazendo o ruído na janela, a buzina dos apressados motoristas tentando a ultrapassagem, com o som ligado em volume máximo, tocando um pagode imoral desses conjuntos comerciais ou as barulhentas guitarras dessas bandas histéricas. Nossas emoções, com certeza, serão diferentes.

O movimento tem o mesmo efeito do som. Reparem que um andar seguro, calmo e firme transmite uma personalidade segura. Um andar desordenado e atabalhoado agita as energias em sua volta. Vejam um exército marchando. O garbo dos soldados emociona a todos. Falei do andar. E a dança! Quantos efeitos ela causa. Quando se fala em espiritualidade nosso parâmetro é Jesus Cristo. Jesus era um homem sereno, de andar firme, gestos harmoniosos e voz suave, pausada e clara, o que em absoluto me faz pensar fosse um homem triste. Ao contrário, imagino tenha sido um homem levando sempre um sorriso a todos, mas nunca deve ter dado uma gargalhada. Nas suas caminhadas não devia cansar, pois seus passos deveriam ser firmes e uniformes, sem jamais correr. Se alguém me perguntasse qual o movimento mais equilibrado que pudesse conceber, responderia, sem hesitação: o levantar do braço de Jesus Cristo acompanhado de sua firme voz.

Assim devem ser os Pontos Cantados e as danças na Umbanda. Se os pontos não forem cantados dentro da sua harmonia, com a mentalização sagrada e religiosa de quem vibra mentalmente nas irradiações dos Orixás e Guias, se tornam um amontoado de sons, sem repercussão magística. É necessário que os pontos sejam mântras, cantados com respeito, amor e vibração. Não se trata de formar um coral ou de se fazer uma apresentação vocal. Trata-se de concentração, respeito e amor naquilo que se está fazendo: invocando, louvando e irradiando caritativamente as vibrações sagradas ou Guias de Trabalho da Umbanda.
O mesmo podemos dizer da dança, que deve ser invocatória, harmonizada pelos gestos às vibrações invocadas. Isto acontece na maioria dos ritos religiosos, principalmente no Oriente. Canto e dança no louvor e invocação do sagrado.

Magia da guia
A guia é um elemento de ligação entre o médium e o espírito ou vibração. Imanta-se um campo de força nela centralizado, criando uma eficiente proteção contra eventuais energias negativas. Ela se torna um pára-raios, ou melhor, um pára-energias. Às vezes ela arrebenta pela atração de energias negativas e forte. Essa pequena guia serve para o médium, como para invocar e atrair energia negativas, num ato de caridade em relação aos outros. Elas devem ser fechadas com duas firmas que concentram a polaridade positiva e negativa. Poderão ter, presas, uma cruz de aço, ou outro emblema ou ponto riscado dado pelo seu Guia, ou Guia da casa em que você trabalha.

A guia deve ser feita de acordo com a vontade do Guia que a solicite. Guia não é colar e, muito menos, enfeite. Existem vários tipos de guias. As guias dos orixás do médium, que são feitas com contas da cor cultuada pelo terreiro. São contas de cristal ou louça, e suas miçangas podem ser distribuídas com bom gosto. Mas jamais exageradas ou grande. Deve ser usada pendurada no pescoço e nunca atravessada no ombro, pois isto é coisa para quem tem cargo e assim é determinado. Atravessar Guia simboliza chefia. As guias podem conter sementes de capiá, também conhecida como lágrimas-de-Nossa-Senhora, outras sementes como coronha (olho-de-boi), bambús, olho de caboclo, conchas e outros elementos marítimos e até penas coloridas, tudo de acordo com a solicitação da entidade, autorização do Templo e conforme a sua origem. Os pretos-velho, normalmente, são mais simples em suas guias. Gostam de muita simplicidade e preferem a guia inteira de sementes de capiá e poucos elementos.

 Magia do ponto riscado
A sagrada grafia dos orixás serve para identificar o espírito comunicante, para chamar falanges e construir campos de força. Através do Ponto riscado a Entidade se identifica e cria o campo energético de trabalho da sua vibração. Quando uma Entidade risca o ponto ele exerce uma atividade magística de identificação, para o campo astral, de suas ordens e comandos de trabalho (se identifica), pede licença para trabalhar dentro dessa vibração e mantém o pólo magnetizador que atrai energias pesadas, neutralizando-as e envia energias saudáveis ao consulente. Os Pontos riscados são também usados na invocação das Vibrações dos Orixás e para a formação das Mandalas magísticas de trabalho em prol da caridade.
Magia do ponteiro
Os antigos magistas já usavam a espada como elemento de grande importância em seus trabalhos de magia. Na verdade a ponta do aço é usada para explodir campos negativos de forças. Quando fincado, ele firma a magia, ou seja, firma o ponto. Todos os espíritos, na umbanda, fazem uso do ponteiro. É difícil identificar suas intenções quando "batem os ponteiros". Mas batem, e batem muito bem.

Magia do Templo Umbandista
O Templo Umbandista é a casa santa dos umbandistas. Nele se concentram todas as energias dos Orixás e Guias. Suas firmezas, o Congá, o Santuário, a Casa dos Exus, o respeito dos freqüentadores. É o lugar onde cultuamos e desenvolvemos nossa espiritualidade através do emocionante encontro com o mundo dos espíritos, o outro lado da vida, a nossa Aruanda.

Magia da Disciplina e da Hierarquia
Uma pessoa muito culta me disse um dia: "gostei muito da Umbanda. Lá todos são deuses, ou seja, todos têm condição de fazer o milagre." A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O pai (Babalorixá) dita as regras e a filosofia da casa, os pais e mães-pequenos são seus auxiliares diretos, as Ekédis cuidam da gira e dos médiuns e os ogans cuidam da disciplina e do conjunto de instrumentos usados no terreiro. Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar. Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Pai ou Pais e Mães pequenos no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para a produção de parada ou desmoralização de um Grupo Espiritualista. Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".

A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".

Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-ão problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.

Magia do Congá
O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo. É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos. É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes. É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.

É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo. É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força). O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão da espiritualidade.

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Umbanda, Perguntas e Respostas:



1. O que é um Orixá?
São divindades africanas diretamente relacionadas às forças da natureza. Seriam as falanges específicas que trabalham especializadas em determinado meio, como mar, céus, plantas, etc.  Um Orixá é um regente de uma das forças do mundo material, sempreabaixo de Olórum, o Deus Supremo. Fala-se, também, que seriam antigos governantes africanos tornados deuses após a morte. Na África, há em torno de 600 Orixás. No Candomblé, 16. Na Umbanda, seis (mais Yorimá).

2. O que é Candomblé?
É uma religião de origem africana, com seus rituais e sacrifícios, que cultua Orixás, Voduns e Inkices, dependendo das diversas Nações de que se compõe, a saber: Ketu, Jeje, Mina-Jeje, Fon, Ijexá, Nagô-Vodun – estas de origem sudanesa – e Angola, Congo e Muxicongo – de origem bantu.

3. O que é Nação?
É uma das diversas nações africanas que vieram ao Brasil no tempo da escravidão. Há a Sudanesa (Nagô, Jeje, Jeje-Nagô, Mina-Jeje, Muçurumin) e a Bantu (Angola, Congo, Angola-Congo). Pode designar, no Rio Grande do Sul, o Candomblé local, conhecido também como Batuque.

4. O que é Umbanda?
Surgiu em 1908, no Brasil. Grosso modo, seria a mistura do culto angola-congo (misturado com o nagô), noções de Espiritismo, esoterismo, pajelança e até mesmo budismo. Umbanda quer dizer “Arte de Curar” ou “Magia”.

5. O que é Quimbanda?
São assim chamados, pelos umbandistas, todas aquelas casas (terreiros, centros), trabalhadores ou falanges que trabalham com a magia negra, ou seja, “fazendo o mal”. A Quimbanda possui sete falanges (linhas) diferentes das da Umbanda, que trabalham muito com os Exus e Omolu.

6. O que é um Orixá de Cabeça?
O mesmo que Orixá de Frente. No Brasil, costuma-se dar uma pessoa a dois Orixás, normalmente formando casais, sem ser, com isso, regra. Em certos cultos, adotam-se três Orixás, os demais seriam conhecidos como “passagens”, exercendo menor influência. O Orixá de Cabeça corresponde à energia básica, fundamental, de um indivíduo, dando-lhe características mais marcantes em sua personalidade. O segundo é o Ajuntó, de características mais sutis, muitas vezes amenizando o caráter do Orixá de Cabeça, que poderá Ter o caráter arrebatado por ser jovem e guerreiro. O terceiro seria o Orixá de Herança, que acompanha a família por algumas gerações.

7. Quais os Orixás que combinam entre si?
Varia muito de lugar para lugar, sendo vistos no jogo de búzios. Para alguns cultos e nações, o Orixá Exu apenas se combina com um tipo de Ogum, ou Oxalá apenas com Iemanjá e um tipo de Oxum.
  
8. O que é pemba?
Em sua origem, é um calcáreo extraído da terra, cuja finalidade é riscar os pontos que identificam a linha vibratória da entidade. Há de diversas cores. A mais comum é a branca, que serve para todos, pertencente a Oxalá.

9. Quais são as leis de Umbanda? São 10 os princípios básicos que regem a Umbanda:

9.1 Crença em um Deus único, onipotente, eterno, incriado,
potência geradora de todo o Universo material e espiritual, adorado sob vários nomes.
9.2 Crença em entidades superiores: Orixás, anjos e santos que chefiam falanges.
9.3 Crença em guias, em planos médios, mensageiros dos Orixás, anjos e santos.
9.4 Existência da alma e sua sobrevivência após a morte.
9.5 Prática da caridade desinteressada, na busca de aliviar o carma do médium.
9.6 Lei do Livre-Arbítrio (da livre escolha), pela qual cada um escolhe fazer o bem ou o mal, e o ser humano afiniza com sua faixa vibratória e a do ambiente que o cerca.
9.7 O ser humano é a síntese do Universo.
9.8 Crença na existência de vida inteligente em todo o Universo, vivendo e habitando.
9.9 Crença na reencarnação, na lei cármica de causa e efeito.
9.10 Direito de liberdade de todos os seres.

10. O que é reencarnação?
A crença no renascimento do espírito em um novo corpo, em eterno aprimoramento e evolução. Eterno porque perfeito é apenas Deus, pois, se não, já haveria muitos Deuses na Criação. Não se aceita a metempsicose (a reencarnação de um homem em corpo de um animal), pois haveria o retrocesso no aprendizado em determinado momento da evolução de cada indivíduo.

11. O que é a Lei de Causa e Efeito?
Todo efeito tem uma causa, assim como todo o malfeito é atraído de volta por sintonia fluídica, assim como o bem. Devemos entender que as pessoas são como ímãs que se atraem por afinidade de idéias e ambientes. É o popular “Colhe-se o que se planta” ou “Dize-me com quem andas e te direi quem és”.

12. O que é Chacra?
São os locais de concentração de magnetismo no corpo, onde se aglomera os centros nervosos do corpo humano.

13. O que são as Linhas Auxiliares?
Como o nome diz, são os auxiliares dos guias. Normalmente, são os espíritos que tiveram sua última reencarnação em período mais atual. Os marinheiros atuam na Linha das Águas, como ativos auxiliares nos tratamentos de purificação, tais como vícios de qualquer espécie. Os baianos são o elo de ligação dos guias à Terra. Os boiadeiros cuidam da harmonia entre os médiuns durante os trabalhos.

14. O que são os boiadeiros?
Entidades responsáveis pelo bom andamento dos trabalhos e por tornar o grupo mediúnico harmonizado entre si. São conhecidos também por oguns, guardiões, vigilantes (dentro da literatura espírita, vistos em Nosso Lar, de André Luiz e outros).

15. O que é um ponto riscado?
Já vimos que o ponto cantado auxilia na sintonia mental com a linha vibratória que estamos invocando. O ponto riscado identifica a origem da entidade, quais os seus domínios e a quem é subordinada. Risca-se com a pemba.

16. Orixá é entidade?
Segundo os pesquisadores, não. Um Orixá é energia vinda de um elemento primordial. Existem entidades que trabalham com essas energias e são especializadas nelas. São com tais energias que os umbandistas trabalham. Assim, mesmo que a entidade se identifique como Oxóssi ou Odé, não é o Orixá em si, mas está se identificando em sua linha vibratória. Isso explica porque pode, em um mesmo trabalho ou simultaneamente em vários locais, haver entidades com o mesmo nome.

17. Existem proibições alimentares a filhos do mesmo santo?
Por uma questão de formação básica dos corpos, de afinidade das entidades, as proibições existem. Daí os africanos criarem as muitas lendas, tão conhecidas no Candomblé. Os filhos de Oxalá, tenho visto, têm verdadeira indigestão com o azeite-de-dendê. As entidades chamadas do Oriente detestam quando seus médiuns ingerem, no dia de trabalho, carnes vermelhas e alimentos picantes, sob a explicação do excesso de fluidos pesados que ficam no corpo do médium, sendo necessárias verdadeiras limpezas espirituais e físicas, antes da incorporação.

18. Umbanda é religião cristã?
Em seus princípios (leis de Umbanda), há a crença em um Deus único e a caridade desinteressada, visto nos mesmos princípios do Evangelho de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Jesus, por sua vez, ocupa seu lugar nas preces como o divino coordenador ou mesmo na figura excelsa de Oxalá, sendo Deus, Ifá (1). Por que, então, não considerá-la cristã?

19. O que são quiumbas?
Seriam os espíritos de mortos sem luz ou esclarecimento, escravizados pelos seus próprios sentimentos em grande ódio e revolta. São as levas de obsessores existentes na espiritualidade, que induzem idéias maléficas aos vivos, apreciam fingir que são entidades iluminadas, quando não o são. Da mesma forma, são os verdadeiros executantes da magia negra e os vampiros do astral.

20. E os mortos?
Não são Orixás, podendo se tornar um guia, Exu, auxiliar ou anjo, de acordo com sua elevação espiritual. São chamados de Eguns. (1) Ifá, segundo os mitos, teria sido o primeiro babalaô (adivinho) e é confundido com a própria figura de Orunmilá, por alguns autores. Para outros, Orunmilá seria Deus. Na realidade, Deus é conhecido como Olodumare ou Olorum (na mitologia iorubá) ou ainda Zambi (na mitologia banto). Orunmilá é um Orixá/Imolê da categoria dos funfun (Orixás brancos).(Nota da autora).

21. O que é amaci?
Banho purificatório na cabeça, feito com folhas, flores, mel, perfumes e outros, de acordo com orientação dada pelo diretor dos trabalhos. Sua finalidade é auxiliar na incorporação e “assentar” a mão do guia espiritual.

 22. O que é amuleto e talismã?
Nada mais é do que um objeto magnetizado. O amuleto serve para afastar fluidos pesados, alguns exemplos são: medalhas, figuras, imagens, inscrições ou objetos variados. O talismã serve para atrair bons fluidos. O patuá seria um dos mais populares amuletos, feito com material preparado, costurado em tecido, sob a forma de saquinhos, papel, etc.

23. O que é Aruanda?
Lugar onde moram os Orixás e as entidades superiores. No Catolicismo é o Céu. No Espiritismo são as colônias espirituais.

24. O que é uma oferenda?
Na Umbanda trabalha-se com os quatro elementos da Natureza: água, fogo, terra e ar, como matéria-prima básica. Manejados convenientemente, por entidades especialistas, promovem o equilíbrio, o descarrego, a harmonia. Na Umbanda, em respeito à Natureza, nada pode ser retirado sem uma restituição ao elemento básico. Muitas vezes, ao entregar-se determinada oferenda, por afinidade fluídica, a mesma fica saturada dos fluidos densos retirados do solicitante, pelas entidades. Assim, os Exus utilizam o álcool com fins de evitar os vícios no médium; o dendê, para evitar a desordem psíquica; a farofa, para trazer bens materiais (alimentação); a pipoca, para atrair doenças cármicas dirigidas ao médium.

25. Existe o feitiço?
Infelizmente, sim. São trabalhos feitos pela quimbanda com fins de prejudicar alguém, perfeitamente lógicos, dentro do ponto de vista magnético.

26. Pode-se evitar o feitiço?
Já vimos no conceito de magnetismo que, dependendo da sintonia que vibre em cada um, pode-se assimilar o feitiço ou não. Nesses casos, quando a pessoa tem “um santo forte”, ou seja, vibra em freqüência mais elevada, a onda do mal emitida tende a ricochetear e, muitas vezes, retorna a quem o emitiu, que, na realidade, vibra nessa faixa, pelo simples fato de Ter desejado o mal.

27. Qual o valor das palavras na Umbanda?
A palavra, no Antigo Egito, era sinônimo de criação. Tanto é verdade, que uma palavra exprime uma idéia. Uma idéia, um pensamento. E um pensamento é onda que é emitida. Daí usar-se algumas palavras que exprimem complexos sentimentos carregados de amor, nos trabalhos de Umbanda. São os conhecidos mantras, na Índia.

28. O que é um ritual?
É um processo gradativo, onde se utilizam acessórios, os mais diferentes possíveis, até ser atingido o clímax desejado. Na verdade, assemelha-se a uma subida em uma escada, degrau a degrau, freqüência a freqüência, até a sintonia com as falanges desejadas, cujos objetivos podem variar sobremaneira.

29. Existe maldição ou praga?
Seria a mesma explicação dada na questão 27. As famosas pragas de mãe e madrinha nada mais são que palavras emitidas com poderoso influxo magnético acolhidas e realimentadas por quem as recebe, em baixo padrão vibratório. Como todas as coisas já vistas, o que pode repelir todas as coisas dirigidas ao mal é a elevação do pensamento, do teor vibratório, rechaçando por não afinidade magnética.

30. Há nomes que não devem ser ditos na Umbanda?
No Candomblé, o nome Xapanã, por exemplo, não deve ser pronunciado. No Sul do país popularizou-se, inclusive, abafando os nomes de Omolu e Obaluaiê, comuns no resto do país. Cada letra possui um som. Cada som produz uma freqüência. A soma das letras produz um nome que poderá, ou não formar uma melodia harmoniosa do ponto de vista espiritual. Todavia, antes de mais nada, não produz efeitos desastrosos se comparados ao teor de pensamento que exprime a palavra.

31. Por que é tão comum colocar-se, na magia negra, objetos dentro de colchões, travesseiros, cobertas ou escondidos dentro das casas?
No primeiro caso, na tentativa de o objeto magnetizado ficar, o maior tempo possível, em contato com a pessoa visada. No segundo, para continuar irradiando, o maior tempo possível, sem ser descoberto no ambiente.

32. O pensamento tem cor?
Por incrível que pareça, tem. Segundo Ramatis: “A qualidade do pensamento determina-lhe a cor; a natureza do pensamento compõe-lhe a forma; e a precisão do pensamento determina-lhe a configuração exata”. (Magia de Redenção, página 64, citado na bibliografia). Dependendo da intensidade do mesmo, podem-se criar as conhecidas formas-pensamento, citações estas com volume, cor, som, verdadeiros marionetes espirituais de quem os criou. Na maioria das vezes, exprimem o verdadeiro interior de cada um, visíveis pelos guias que as analisam. São percebidas, também, pelos médiuns videntes e, muitas vezes, confundidas com entidades.

33. Por que é tão comum despachar-se objetos em água corrente?
Sabemos que a água é um dos mais poderosos elementos da natureza, no que se refere a sua capacidade de excelente condutor de eletricidade e fluidos quaisquer, sendo um poderoso solvente. Ao atirar-se o objeto saturado, a água de imediato absorve esse teor magnético, levando-o para longe do enfeitiçado (ou aquele que quer desvincular-se de objetos imantados). Assim, quebra os vínculos que antes existiam, por proximidade ou assimilação do dono.

34. E água fluida?
É digna de um livro sobre o assunto, tal sua complexidade e utilização. Já vimos que a água é um solvente magnífico, por sua formação molecular e magnética de elevado poder. É usada amplamente pelos marinheiros no tratamento de perturbações psíquicas e vícios. A água fluida nada mais é do que um veículo preparado com elementos espirituais e da natureza, saturada por hábeis manipuladores do astral, com fins terapêuticos. Pessoalmente, já tive a oportunidade de acompanhar os trabalhos de um preto-velho que, preparando vidros de água fluida, curou indivíduos minados de vícios de toda a espécie.

35. E o Sol? Por que há trabalhos antes e depois do entardecer?
A vida terrestre gira em torno do Sol. Sua radiação magnética de calor e luz são conhecidas. As de caráter espiritual, muito pouco. São nesses horários, antes e depois do pôr-do-sol que observamos a maior intensidade de raios infravermelhos (verdes, no plano espiritual) capazes de dissolver, especialmente, as formas nocivas de trabalhos dirigidos ao mal.
  

36. Por que se utilizam de unhas e cabelos da vítima em trabalhos?
São os conhecidos “endereços-vibratórios”, tão citados em obras. Por trazerem em si idêntico magnetismo da pessoa visada, servem, no plano espiritual, como verdadeiro roteiro para encontrá-la. Um exemplo são os médiuns que, tocando objetos pertencentes a alguém, localizam vítimas, locais, ou descrevem o portador comdetalhes, o que fazia e sentia.

37. E as benzeduras?
Nada mais são do que passes magnéticos. Nossos pretos-velhos eram eficazes, assim como nossos índios. Utilizam-se de metais (tesouras, facas, excelentes condutores de eletricidade), água, ervas, saliva, etc. como condutores desse magnetismo curativo.

38. E os quebrantos? O olho-grande ou gordo?
Funcionam similar às pragas. Há pessoas que, de baixo teor espiritual e magnético, emitem algumas sem o desejar, poderosos feixes de caráter nocivo, capazes de matar plantas, animais ou causar mal-estar em pessoas. Desde criança ouvia uma história de
um galo, muito bonito, vítima desse tipo de enfeitiçamento verbal, morto imediatamente após Ter sido emitido pela pessoa que o admirou.

39. E as figas, cruzes, elefantes de gesso e outros?
Objetos os mais variados possíveis em todo o mundo, tornam-se populares como “quebradores” de olho-grande. Ao serem colocados em locais visíveis, alguns preparados para dissolver descargas negativas, são a primeira coisa a ser vista por aqueles portadores desse tipo de magnetismo pesado, recebendo, em primeiro lugar, a descarga do mesmo. Ou seja, viram objetos de “descarrego” da limpeza, absorvendo ou dissolvendo tais vibrações na entrada das residências. Todos esses objetos e práticas auxiliam muito como paliativos, no teor magnético existente nas casas. Todavia, o mais importante é o tipo de ambiente que é criado pelas mentes que ali habitam. Se não, tornam-se inúteis ou de muito baixa influência.

40. Por que se pintam as figas de vermelho e outros objetos, na Umbanda?
Na escala de cores, cada qual possui uma freqüência específica. O vermelho, enter as cores visíveis por nossos olhos, possui a mais baixa, de teor mais pesado, em comparação com as demais. As entidades das zonas umbralinas, do “inferno”, como são chamadas essas regiões no plano astral, costumam vestir-se de vermelho, cor enervante, sangüínea, que exprime as paixões inferiores, como nos cita André Luiz, na obra Libertação. Dentre as cores, misturadas, é a que primeiro chama a atenção, tal qual um perfume forte. Daí ser escolhida para trabalhos ou usada pelas entidades que se utilizam dos fluidos mais pesados, como vestuário, na espiritualidade.

41. E os objetos de cera, e as velas?
A cera natural, vinda das abelhas, é impregnada dos fluidos existentes nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é utilizado na prática do bem e do mal como matéria prima poderosa para somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o objetivo ao qual se propõe. Comparada a uma bateria, uma pilha natural, a cera sempre foi utilizada em larga escala na magia.
  
42. E a vela?
É considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por Ter, em sua formação, os quatro elementos da natureza ativos, desprendendo energia. O fogo da chama, a terra (através da cera), o ar aquecido queimando resíduos espirituais. O umbandista não deve, jamais, retirar nada da natureza sem deixar, ao menos, uma vela para repor aos elementais o fluido retirado do seu ambiente, em profundo respeito à criação divina.

43. E os elementais?
Sem eles a Umbanda não existiria. São entidades primárias, quase infantis na espiritualidade, sempre dirigidas por entidades superiores, habitando um dos quatro elementos. No fogo, as salamandras que trabalham na área relacionadas ao amor, ao sexo, à amizade, à agressividade e proteção. Na terra há vários, sendo os mais conhecidos os gnomos, cuja atividade relaciona-se ao trabalho, à criatividade, à perseverança e aos bens materiais. As ondinas, nas águas, atuam na sabedoria, na doçura, nas atividades espirituais e mediúnicas. No ar, os silfos, ágeis e inquietos, dominam as áreas da saúde, da cura e do equilíbrio físico e mental. Todos eles participam dos trabalhos umbandistas como auxiliares valiosos e nas outras doutrinas e religiões, muitas vezes, em discreto anonimato.

44. E os elementares?
São diferentes dos elementais. São entidades muito primitivas em situação intermediária entre o animal e a racionalidade. Dirigidos por entidades, colaboram na limpeza, na guarda, tomando formas as mais variadas possíveis. São colaboradores dos Exus e boiadeiros, principalmente.

45. E a aura humana?
Sem ela fica muito difícil compreender a origem das energias existentes no magnetismo humano, principal responsável nos fenômenos do mau-olhado, do passe, na imantação dos objetos. É resultante da mistura e união das energias caloríficas e luminosas do sol, dos minerais subterrâneos, da radiação atômica na natureza, da água ingerida e da assimilação de energias de outros corpos, tais como plantas, animais e o próprio homem. Irradia, em torno do corpo físico, uma luminosidade que, pela análise de cor, varia do tom mais brilhante que, pela análise de cor, varia do tom mais brilhante ao mais escuro, se doente. É distinta da aura existente no duplo etéreo (perispírito, Ba egípcio, duplo, etc.), que é o elo de ligação semi material do espírito ao corpo físico. Pelo teor dos pensamentos e sentimentos do espírito, varia dos tons azulados e dourados, mais sublimes, aos tons avermelhados e escuros das paixões inferiores e doenças espirituais. O tamanho da aura do duplo etéreo varia em proporção ao grau de elevação espiritual do indivíduo.

46. E as crendices?
Onde há fumaça, há fogo, diz o ditado popular. Há crendices verdadeiras e falsas. Quando muitos dizem que determinada atividade é correta, deve-se analisar os fundamentos do ponto de vista científico e espiritual. Ou seja, devem ser analisadas friamente, sem serem repetidas, mecanicamente, sem discussão prévia. Certa vez ouvi que determinada imagem, dentro de casa, produziria efeito negativo na sexualidade feminina e coisas do gênero. Já falamos repetidamente que o que vale são os pensamentos e a magnetização dos objetos. Como foi comprovado, mais tarde, a dita imagem nada produziu de negativo, muito pelo contrário.
  
47. Por que se fala tanto em arruda, guiné e outras ervas?
São ervas que, pela utilização popular e orientação espiritual, ficaram muito conhecidas. As ervas, ao crescerem, absorvem as radiações do Sol, da Lua, dos minérios, enfim, de toda a natureza, e dos elementos espirituais, à semelhança da aura humana. A arruda é conhecida por murchar e secar em casas, terrenos ou regiões onde há abundância de fluidos danosos. Um verdadeiro termômetro da natureza.

48. E defumação?
Nada mais é do que plantas que, com todo o magnetismo absorvido da natureza, ao serem queimadas e suas emanações dirigidas por entidades encarregadas da purificação de ambientes, diluiriam fluidos pesados ou atrairiam boas vibrações. Usam-se desde a tradicional arruda ou outras ervas, cascas de alho, açúcar, resinas aromáticas, etc.

49. Por que incorporar Exu ou Pombagira?
É comum ouvir-se frases do tipo “deve-se deixar vir o povo de ruapara ‘desamarrar’ a vida”. Ao incorporar um Elebara (Exu ou Pombagira), o médium é alertado conscientemente ou inconscientemente para não desenvolver os seus piores instintos ou evitar que esses comandem suas vidas. Pela assimilação magnética, os Elebaras costumam carrear excessos de fluidos pesados. Ao incorporar, no médium, em franca operação de limpeza, diz-se que “carregam” ou “assumem” parte do carma do mesmo, desta forma. Esclarece-se que eliminar o carma é impossível, masaliviar o destino que daremos a nossas vidas é perfeitamente viável. Por isso, podemos afirmar que minimizam, reduzem, aliviam acidentes, minoram doenças, criam convicções de boa conduta e correção de caráter. São verdadeiros faxineiros do astral e preciosos amigos. Devido a seu caráter zombeteiro e brincalhão, alguns “pedichões” de oferendas, por falta de esclarecimento dos guias e médiuns, são vistos de soslaio com muita desconfiança nas casas ditas “não-cruzadas”, ou seja, onde não há trabalho específico dos Exus com o público (giras) e sacrifícios. São, infelizmente, muito confundidos com obsessores, arruaceiros, entidades “primitivas” e “ignorantes”, como são chamados. O que podemos dizer é que se deve observar o conteúdo das mensagens dessas entidades, o comportamento, o comprimento das promessas (sobretudo, o aval dos guias), conduta da casa e do grupo mediúnico, naqueles parâmetros do bom senso. Não devem ser temidos, mas respeitados. Em suma, pode-se afirmar que os Exus garantem, assim, muito maior proteção, uma vida menos problemática, um salutar vínculo de amizade criado entre trabalhadores de ambos os lados da espiritualidade.

50. Ouve-se muito falar nas fases da Lua propícias a trabalhos. No que se fundamenta?
A ação eletromagnética da Lua é conhecida desde a mais remota antiguidade nos fenômenos das marés, na germinação e crescimento das plantas, na poda de plantações, na fecundação dos seres, nas alterações de humor e um sem-número de fenômenos. Já que se trata de trabalhos, com fins quaisquer, é natural que se escolham dias em que a força eletromagnética da Terra, sob a influência lunar, crie um ambiente mais propício ao crescimento, ou não, do teor magnético nocivo ou benigno desses mesmos trabalhos.

51. Afinal, qual a diferença entre Exu e quiumba?
Os quiumbas são malfeitores do astral, avessos ao bem e altamente perturbadores. Tanto que há concordância entre autores quanto ao fato de serem eles os verdadeiros executores dos trabalhos destinados ao mal. São os costumeiros “encostos” ou “rabos de encruza”. Fazem-nos pensar que muitos quiumbas mistificam, fingindo, em casas desatentas, serem Exus ou até mesmo Orixás, com fins de alcançar seus objetivos. Os Exus, não. São eles que desmancham os trabalhos de magia negra, transportando magneticamente as mazelas, as dores e doenças físicas e espirituais, aliviando carmas. Alguns Exus, por estarem ainda no início de sua evolução, como trabalhadores do bem, necessitam, necessitam orientação e doutrina, tanto pelo médium como pelos diretores dos trabalhos (cacique, chefe ou babalorixá) e devem ser colocados na disciplina da casa. Daí temos os Exus orientados, que não pedem sacrifícios, com oferendas mais simples, e aqueles que não tiveram uma colocação correta, que se acostumam com extravagâncias e exigências repletas de vaidades humanas.

52. Por que os Exus aparecem nas imagens em formas tão assustadoras?
Foi-nos explicado em uma consulta com entidades de sua linha. Os Exus costumam tomar tais formas como meio de impor respeito e  medo a espíritos inferiores (quiumbas) e, desta forma, facilitar o controle e vigilância que obtêm sobre estas mentes vinculadas ao mal, para que não perturbem trabalhos ou até mesmo lares e locais.

53. O que é Umbanda de Branco, Umbanda Branca ou de Cáritas?
Na verdade, varia infinitamente, de casa para casa. Mas seus fundamentos básicos são que algumas casas recusam-se a trabalhar com giras de Exus, por considerá-los indisciplinados e só trabalharem com sacrifícios sangrentos, coisas que já sabemos incorretas, apesar de serem idéias muito confundidas. Existem sete falanges, dominadas por Orixás, Yorimá (Pretos-Velhos) e Yori (Crianças). Na legião de Iemanjá haveria Orixás comandando suas subdivisões, tais como Oxum, Iansã e Nanã. Em alguns locais, os Orixás não “descem” pessoalmente, mas são representados por Pretos-Velhos (antigos escravos), Caboclos (indígenas) e espíritos de Crianças (entidades evoluídas que se apresentam sob a forma infantil). Há rituais em matas, praias, pedreiras, cachoeiras, etc. Nela foram abolidos rituais com sangue (sacrifícios) e magia negra.

54. O que é Umbanda Cruzada?
Chamada de Quimbanda pelos umbandistas (ditos de linha branca) e macumba, os seus trabalhos ou feitiços. Cultuam de dez a doze Orixás, dependendo da nação africana de origem, sendo que os Orixás “descem” pessoalmente, podendo haver, ou não, giras de caboclos e pretos-velhos em outros dias, intercalados. Fazem comidas (oferendas) mais elaboradas que na Umbanda Branca e sacrifícios animais. Nela é comum o jogo de búzios e rituais assemelhados ao Candomblé, feitos pelo pai ou mãe-de-santo ou babalorixá ou yalorixá. O vestuário é elaborado, há toque de instrumentos (algumas casas de Umbanda Branca aboliram), seu cerimonial e ritualística possuem maior quantidade de preceitos, proibições e quizilas (proibições alimentares). Cultuam-se, sobremaneira, os Orixás ligados à morte e aos cemitérios, fonte energética de muitos trabalhos de magia negra, como Xapanã (Omolu ou Obaluaiê), Exu (Elebaras) e Iansã como dominadora de Eguns.