Pontos Cantados


A MAGIA DO SOM
    
Curimba, é o nome que damos para o grupo responsável pelos toques e cantos sagrados dentro de um terreiro de Umbanda. São eles que percutem os atabaques (instrumentos sagrados de percussão), assim como conhecem cantos para as muitas “partes” de todo o ritual umbandista. Esses pontos cantados, junto dos toques de atabaque, são de suma importância no decorrer da gira e por isso devem ser bem fundamentados, esclarecidos e entendidos por todos nós.

O Som é um fator preponderante em todas as religiões existentes no planeta, pois com ele consegue-se a reverberação das diversas frequências, necessárias à interligação entre os seres encarnados e as forças cósmicas que regem, amparam,julgam e premiam através das nossas reencarnações. Esta reverberação faz vibrar as harmônicas das diversas freqüências transientes no Universo. Senão, vejamos:



Na Umbanda os pontos cantados são utilizados como poderosos instrumentos na concentração necessária a evocação das diversas falanges, entretanto não se deve abusar, pois eles representam as forças falangistas que se aproximam dos terreiros ou centros, para os trabalhos, sejam eles de magia, de descarga ou de desenvolvimento de médiuns.   
A harmonia dos sons é uma das mais importantes partes da magia e dela depende, dentro da Umbanda, a vinda dos chefes para darem a luz necessária, na verdadeira construção dos trabalhos que se processarão dentro dos rituais, impostos pelas preces de canto, que formam uma das maiores forças mágicas da Umbanda.



Quanto à origem os pontos cantados dividem-se em Pontos de Raiz (ditados pelas entidades) e Pontos Terrenos (elaborados por integrantes da corrente). Os pontos de raiz expressam, de maneira sublime, uma mensagem, uma emoção, além de ativarem o misterioso fogo renovador da fé e de movimentarem uma linguagem metafísica que representa uma mensagem específica a cada vibração. 

Estes pontos jamais devem ser modificados, pois são constituídos de termos harmoniosos, direcionando as formas para os mais diversos fins. Quanto aos pontos terrenos, a Espiritualidade os aceita, desde que pautados na razão e bom-senso de quem os compôs.

Atabaque2

Geralmente estes pontos são compostos por integrantes da corrente visando homenagear determinado Orixá ou falangeiro. Os pontos devem ser entoados com ritmo e principalmente com emoção e respeito pois são ele que determinam a corrente vibratória de uma gira, favorecendo ou dificultando a realização da incorporação ou de determinado ritual.

Os pontos cantados mudam de ritmo e mesmo de frequência de acordo com as vibrações espirituais, a saber: 

Oxalá - são sons místicos, predispondo à paz e as elevação espiritual; 
Ogum - são sons vibrantes; 
Oxóssi - sons que lembram a harmonia da natureza, mais acelerados; 
Xangô - sons graves e cantados em tom baixo; 
Ibeji - sons alegres, vibrantes; 
Iemanjá, Oxum - sons suaves, emotivos;
Iansã - sons vibrantes, estimulantes.

Os principais pontos utilizados no ritual Umbandista são:

  •  PONTO DE ABERTURA,
  •  PONTO DE DEFUMAÇÃO,
  •  PONTO DE CHAMADA,
  •  PONTO DE ENCERRAMENTO
  •  HINO DA UMBANDA.

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