quarta-feira, 28 de maio de 2014

Como as novas linhas de trabalho, foram se agregando a Umbanda.

                                 
As religiões abstratas lutavam contra os cultos da natureza, dizendo que eram pagãs, porque queriam controlá-los dentro de um Templo. Essas religiões foram sendo sufocadas e desaparecendo do lado material, mas permaneceram vivas no Astral. Sendo a Umbanda uma religião natural, viram nela a oportunidade de voltar a cultuar Deus na natureza, pois queriam um trabalho ativo e encontraram nela, a oportunidade de exercerem sua religiosidade. Viram em Xangô a Divindade Agni, em Ogum a Divindade Áries e passaram a adaptar seus cultos e símbolos à Umbanda, abrindo novas "linhas de trabalho", isto é, uma forma de trabalhar dentro da Dinâmica Umbandista, como por exemplo:

- SULTÃO DAS MATAS - Viveram no oriente e cultuavam Agni
- ÁGUIA BRANCA - PANTERA NEGRA - Indios da América do Norte
- PEDRA NEGRA - FLECHA BRANCA - De outras civilizações como Maias e Astecas

A Umbanda, é uma religião MONOTEÍSTA, possui um Ser Supremo (Deus/Olorum) e cultua suas Divindades (Orixás)Outros povos, ávidos em trabalhar, também aderiram a Umbanda como os CIGANOS (seu povo não permitia a incorporação) e os NEGROS (incorporavam apenas os Orixás, espíritos eram "eguns). Outros povos e culturas foram se agregando e formando a extensa linha de trabalho que temos na Umbanda, seja ela grande (Pretos-Velhos e Caboclos) ou pequenas e pouco utilizadas por algumas casas como os CANGACEIROS.

Assim se formaram as linhas de trabalho da Umbanda e que são, por enquanto:
- PRETOS-VELHOS
- CABOCLOS
- ERÊS
- BAIANOS
- BOIADEIROS
- MARINHEIROS
- CIGANOS
- EXUS
- POMBA-GIRAS
- MALANDROS

Outras linhas são pouco utilizadas e costumam baixar no terreiro junto com linhas afins, como por exemplo:
- PAJÉS
- GUERREIROS AFRICANOS
- CANGACEIROS

sábado, 24 de maio de 2014

Salve Santa Sarah Kali, Padroeira do Povo Cigano!

Hoje, comemoramos o dia de Santa Sarah Kali, Padroeira do Povo Cigano!


Sua História


Santa Sara Kali é a padroeira do povo cigano, é pouco conhecida, como também é pouco conhecida a sua história. Acredita-se ser Egípcia, era  escrava, venceu os mares com sua fé e virou Santa.
     Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara  escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões. Desesperadas as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Sara então retira seu lenço da cabeça, chama por Jesus Cristo e promete que se todos se salvassem, ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito.

     Milagrosamente, a barca sem rumo, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer, no sul da França. Por ser escrava e negra, ao aportar não foi acolhida como os outros de seu barco.

     Um grupo de ciganos a encontrou e ficaram penalizados, então acolheram-na. Sara cumpriu a sua promessa até o final de seus dias. Conta a lenda que ela operou alguns milagres entre o povo cigano e por isso, após sua morte foi cultuada como padroeira do povo cigano.

     Suas histórias e milagres a fez Padroeira Universal do povo cigano, sendo festejada todos os anos no dia 24 de maio. Segundo o livro escrito pela cigana Miriam Stanescon, deve ter nascido deste gesto de Sara Kali, a tradição de toda a mulher cigana casada, usar um lenço, tornando a peça mais importante do seu vestuário, tanto que quando se quer presentear uma cigana com o mais belo presente, se diz:- “Te darei um lindo lenço”.

     Além de trazer saúde, prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajuda-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos, faziam promessas, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mér, fariam uma noite de vigília e depositariam aos seus pés como oferenda, um lenço, o mais bonito que encontrassem. Lá existem centenas de lenços, como prova que muitas mulheres receberam essa graça.

     Para a mulher cigana, o milagre mais importante da vida, é o da fertilidade. Quanto mais filhos tiver, é considerada pelo seu povo, uma mulher dotada de sorte. A pior praga para uma mulher cigana é desejar que ela não tenha filhos. Talvez seja esse o  motivo das mulheres terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para a fertilidade.
     Uma outra lenda diz, que Sara Kali, as três Marias e José de Arimatéia, teriam fugido numa pequena barca, transportando o Santo Graal (o cálice sagrado), que seria levado para um mosteiro da antiga Bretanha. A barca teria perdido o rumo durante o trajeto e atracado no porto de Camargue, às margem do Mediterrâneo, que ficou conhecido como Saintes-Maries-de-La-Mer, transformado num grande local de concentração cigana.
     O seu dia é comemorado e reverenciado através de uma longa noite de vigília e oração pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de luzes azuis, flores e vestes coloridas, muita música e muita dança, cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e do eterno “retorno dos tempos”

domingo, 18 de maio de 2014

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Algumas Saudações Umbandistas


Podemos dizer, que o Saravá, ficou uma saudação genérica entre a maioria dos terreiros de Umbanda, independente da sua derivação. Algumas das correntes Umbandistas, também usam o Namastê, que significa: “O Deus que habita em mim, saúda o Deus que habita em você”, palavra pequena, mas de um grande significado. Mas dentro do universo umbandista, existem outras saudações, tais como:

Êpa Babá! – Saudação ao Orixá Oxalá significando: Olá, com admiração e espanto, ao ancestral dos ancestrais.

Okê! Okê Arô! – Saudação ao Orixá Oxóssi, que significa Autoridade, rei, que fala mais alto, ou seja salve o Rei que é aquele que fala mais alto.

Ogum Iê! – Saudação ao Orixá Ogum, significando Salve Ogum!.

Êpa Hei! – Saudação a Orixá Iansã e que significa falar com espanto Olá! Esse espanto de grandeza de admiração ao ver o Orixá e dizer a ele Olá Iansã, Olá Oiá.

Ora Aie ie Ô! – Aieieô! – Saudação a Orixá Oxum e que significa, Salve a benevolente mãezinha!.

Odoiá ou Odociába! – Saudação a Orixá Iemanjá, e que significa, Mãe das águas.

Atotô! – Saudação ao Orixá Omolu, que significa, “Silêncio! Ele está aqui!”.

Saluba Nanã! – Saudação a Orixá Nanã Buruquê, cujo significado é: "Nos refugiamos em Nanã” ou Salve, a senhora do poço, da lama”..

É para as Almas ou Adorei as Almas! – Saudação que fazemos aos Pretos-Velhos.

Kaô Kabecilê! ou Kaô kabecilê obá! – Saudação ao Orixá Xangô que significa – Venham ver (admirar, saudar) o(a) Rei (Alteza) da Casa!

Laroyê, Exu! Exu é mojubá! – Mensageiro, Exu! Exu a vós meus respeitos!

Okê Aro ou Okê Ode ou Okê Oxóssi! – Salve, aquele que grita, brada; Salve, o caçador; Salve, Oxossi. Também usado como saudação aos Caboclos (Okê, Caboclo).

Xeto, Matomba Xeto! – Usada para Boiadeiros. Salve, aquele que tem braço forte, pulso forte!.


Mojubá! – significa respeito, os meus respeitos. Uma saudação em que a pessoa externa seus respeitos a outra pessoa, Orixá ou entidade.
Saravá! - É um mantra* sagrado, e que quer dizer, "Força que Movimenta a Natureza", onde "Sa" = Força Senhor, "Ra"= Reinar, movimento, e "Va"= Natureza, energia.

      *Mantra, é a vocalização de palavras 
que produzem fenômenos 
físicos-astrais-espirituais.

Axé! - É uma palavra sagrada, tão importante quanto Amém, Inshallah, Maktub, Aleluia, Assim seja e tantas outras. Axé pode ser compreendido como a designação da força vital (força mágica) presente em todos os seres.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Isso é Umbanda!

Entenda...

Foto: //Tania D'Oyá

Pense...

Foto: ╰★╮É clɑro que devemos ser solidários, mɑs é bom lembrɑr que ɑ verdɑdeirɑ cɑridɑde começɑ com você, pɑrɑ que você possɑ ɑjudɑr ɑlguém é preciso estɑr bem.

•••►Curta:  Filhos de Umbanda

As diferenças entre Exu Pagão, e Exu de Lei!

   

   Na Umbanda, principalmente na linha auxiliar dos Exus e Pomba Giras, espíritos trabalhadores que são muito mal interpretados, gerando com isso, o afastamento da essência da nossa religião, justamente pela total falta de cuidado/atenção na observação das palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas. 

O Caboclo, através de seu aparelho Zélio de Moraes, quando anunciou no dia 15 de Novembro de 1908, a fundação de uma nova religião no Brasil, disse: "A Umbanda apregoa o trabalho em benefício de todos, independente de cor, raça, credo e condição social, pela prática da caridade e da literatura do evangelho de Jesus". Portanto, a Umbanda é a incorporação de espíritos para prática da caridade, e como tal tem total afinidade com a Luz do Pai Maior irradiando somente e exclusivamente o bem.

"Na doutrina umbandista, chamamos de Guardiões os Exus que trabalham na Umbanda. Este Guardião, é um Exu de Lei e possui as seguintes características:

1) Um dia foi um espírito sem rumo, que provavelmente trabalhava negativamente, ou era dominado por espíritos negativos.

2) Em um determinado momento se aproximaram da Lei da Umbanda e mudaram sua forma de pensar e agir, e de “vagabundos”, passaram a ser os maiores trabalhadores.

3) Foi designado a estes espíritos a função de tomarem conta da Casa de Oxalá, ou seja, tomarem conta dos Terreiros de Umbanda, e da Lei de Umbanda.

4) São espíritos fortes, e quando necessário, podem usar de meios duros para afastarem e punirem os indesejáveis.

5) São os espíritos responsáveis por todas as encruzilhadas.

Mas afinal, o que são os Exus Pagãos e os Exus de Lei?

Percebemos que atualmente existe um “endeusamento” dos trabalhadores da Umbanda conhecidos como Exu, alguns autores acabam atribuindo a ele, características que seriam do próprio criador, o que é um grande erro.

Por outro lado, existem alguns umbandistas que ainda defendem a ideia de que Exu é o demônio, o que é também um grande equívoco. Normalmente naqueles terreiros, que possuem uma forte influência Católica, o sincretismo com o demônio ainda impera. Esta visão deformada dos Exus na Umbanda deveu-se basicamente depois do lançamento do livro "Exu", de Aluizio Fontenelle, em 1951.

Aluizio Fontenelle foi o primeiro a escrever sobre Exu na Umbanda e na Quimbanda, e no livro, apresentou uma relação entre exus e os demônios. Nele, Exu  foi relacionado com os diabos das tradições judaico-cristãs. Infelizmente após o lançamento deste livro, a idéia de que Exu da Umbanda era um ser maligno, ganhou força e dominou a mente de vários umbandistas.

Pessoas de mente fraca, sem conhecimento doutrinário começaram a ver os ditos Exus demônios e as imagens dos Exus-demônios proliferarem nas lojas especializadas neste tipo de comércio. Alguns Terreiros chegam ao extremo de não trabalharem com a linha dos Exus, exatamente devido a este preconceito.

Até alguns anos atrás era comum você estudar e compreender esta linha de trabalho a partir das nomenclaturas de Exu pagão e Exu de Lei, infelizmente alguns autores deixaram de lado este conhecimento antigo e passaram a endeusar os Exus, gerando muita confusão no meio umbandista, principalmente entre os mais novos, recém-chegados a Umbanda. É importante lembrar que quando estamos estudando os Exus, é muito importante não misturar fundamentos. Existe grande diferença entre o conceito de Exu Orixá no culto de Nação.


Exu Guardião ou Exu de Lei da Umbanda, e o Exu da Quimbanda.

Este texto irá mostrar o Exu na Umbanda, não interessando neste momento outros conceitos existentes em outros cultos. A Umbanda é um culto voltado a prática da caridade, é uma religião que tem como finalidade principal promover o encontro de seus adeptos com o criador. Este processo se faz através dos Orixás, guias e protetores. Na Umbanda não existe a prática de magia negativa, não se faz amarrações, trabalhos para prejudicar terceiros, vinganças etc… Em hipótese alguma este tipo de trabalho espiritual é realizado dentro de uma casa de Umbanda.

Se você, perceber que em seu terreiro é feito alguma espécie de trabalho negativo, abra os olhos e fique atento, pois com toda certeza ele não é um terreiro de Umbanda verdadeiro. O que fazemos na umbanda é exatamente o oposto disso, protegemos todos aqueles que nos procuram e/ou foram vitimas deste tipo de trabalho, ou seja, a Umbanda trabalha desmanchando e neutralizando estes tipos de trabalhos negativos. Se existem trabalhos de magia negativa, se existem pessoas que procuram os terreiros  em busca de ajuda, porque foram vitimas deste tipo de trabalho, então há também lugares e pessoas que fazem este tipo de prática negativa.

Existem muitos cultos que infelizmente ainda trabalham sem uma orientação, e nestes lugares é pratica comum se fazer qualquer tipo de trabalho espiritual mediante pagamento. Tradicionalmente existe uma polaridade para diferenciar estes tipos de cultos. De um lado temos a Umbanda, se colocando como o lado da luz. Do outro lado a Quimbanda, se colocando como um culto das trevas. A polaridade Umbanda e Quimbanda é antiga, e sempre teve a conotação da luz lutando contra as trevas. Atualmente fizeram uma grande mistura entre cultos diferentes, e acabaram misturando Umbanda com Quimbanda. Chegaram até a diferenciar a palavra Quimbanda de Kimbanda; o que é uma bobagem criada somente para confundir os iniciantes. Quimbanda é um culto, tradicional, antigo e que não tem preocupação alguma com o conceito de bem e mal, ou com as Leis de Deus.


Na Quimbanda quem comanda os trabalhos são os Exus, e é prática normal fazerem qualquer tipo de trabalho, sem que haja qualquer ressentimento ou freio moral. É um culto que pode ajudar, mas infelizmente devido a inferioridade moral das pessoas que a procuram acabam pedindo qualquer tipo de trabalho a estes Exus que trabalham na Quimbanda. 

Na Umbanda, existe uma lei maior e todos os Exus que trabalham nela, não fazem qualquer tipo de trabalho negativo, podendo em determinadas situações até orientar o consulente, ou mesmo dar uma lição de moral naquele que vai pedir por este tipo de trabalho. Lembramos que o comando dos trabalhos na Umbanda, sempre é feito por um Caboclo ou um Preto Velho. Mas se na Quimbanda o Exu faz trabalhos negativos e na Umbanda o Exu não faz trabalhos negativos o que vai diferenciar estes espíritos? É aqui que entra o conceito de Exu Pagão e Exu de Lei.

Um conceito simples, prático e muito útil para quem está iniciando agora na Umbanda. Sabedoria antiga, que não deve ser desprezada. Todos sabemos que os Exus que trabalham na Umbanda e na Quimbanda são espíritos, são seres que já tiveram passagem pela terra, viveram em nosso meio, portanto são semelhantes a nós. Não são divindades criadas á parte, para serem eternamente negativos. São espíritos em processo de evolução e aprendizagem, assim como todos nós. Alguns espíritos, devido a sua ignorância, orgulho, vaidade, prepotência e apego a matéria, ficaram presos a crosta terrestre em processos de vingança e ódio; e sem perceberem acabaram nas mãos de espíritos trevosos.

Estes espíritos negativos e ignorantes, são conhecidos na Umbanda como Kiumbas. São estes espíritos que acabam indo se manifestar nestes lugares onde não existe a preocupação com a lei maior. São estes kiumbas que chamamos de Exu Pagão, e aqui é importante chamar a atenção que é somente uma nomenclatura, que serve para diferenciar a natureza destes espíritos. Ninguém está afirmando que eles serão batizados por alguma pessoa, ou coisa do gênero, utilizamos a nomenclatura para fazer uma classificação e desta forma permitir a sua identificação.

O Exu Pagão nada mais é que um espírito ainda muito apegado a terra, necessitado de prazeres carnais, e que possui vícios, orgulho, vaidade, prepotência e que em algumas situações se considera superior ao próprio criador. Adoram se manifestar utilizando nomes dos demônios, pedem oferendas com carne, sangue, bebidas e sacrifícios de animais. Naturalmente que este comportamento demonstra o grau da demência destes espíritos.

Já o Exu de Lei, é aquele que trabalha na Umbanda, e é um espírito que conhece suas limitações, conhece a lei divina, e quer trabalhar para ajudar os necessitados, possui obrigações espirituais dentro de uma casa umbandista, e atende as ordens superiores, que normalmente são emitidas por um Caboclo ou Preto Velho, dirigente do terreiro.

O Exu de Lei já foi um dia um Exu pagão, mas em dado momento encontrou a Lei da Umbanda e passou a seguir o caminho do bem. É um espírito milenar, conhecedor da magia, conhece muito bem todos os lugares trevosos, sabe muito bem como lidar com estes seres negativos; é por isso que normalmente é o encarregado de tomar conta das passagens que levam aos submundos trevosos. É forte, duro, determinado, mas nunca irá usar a magia para atacar alguém, sempre estará na defensiva, protegendo, socorrendo. Muitos já nem consomem mais bebidas, em alguns terreiros seus trabalhos são reservados e servem somente para o descarrego dos médiuns e da casa.

Enquanto que o Exu Pagão, na quimbanda utiliza a magia negativa para fazer o mal a alguma pessoa, o Exu de Lei irá utilizar todo seu conhecimento e força para neutralizar a magia negativa e defender a pessoa necessitada. O Exu Pagão ataca enquanto o Exu de Lei defende. É esta a grande diferença entre eles. O Exu de Lei na Umbanda é o Guardião, é ele o encarregado de guardar e proteger o Terreiro, o médium, seu lar etc… Podemos dizer que os Exus de Lei da Umbanda são a tropa de choque dos Terreiros.

Agora que você já sabe a diferença entre Exu Pagão (Kiumba) do Exu de Lei (Guardião) ficou fácil diferenciar as casas onde se trabalha com a Umbanda, das casas onde se trabalha com a Umbanda cruzada com a Quimbanda. Aqui é importante fazer uma ressalva. Alguns Terreiros de Umbanda costumam chamar a gira dos Guardiões de Quimbanda, mas neste caso não se trata de outro culto; é somente uma nomenclatura utilizada para se referir aos trabalhos dos Guardiões. Mas existem Terreiros que “viram” para a esquerda, para a Quimbanda. Neste caso são casas cruzadas, onde se trabalha com a Umbanda e com a Quimbanda. Nestas casas cruzadas, existe o pagamento pelo trabalho espiritual realizado, oferendas com sangue, carne, ou sacrifício de animais etc…

E como podemos ver, isso é uma contradição; não sendo possível seguir a lei da Umbanda em determinados dias e a Quimbanda (magia negativa) em outros dias. Ou você é quimbandeiro e talvez um dia enxergue a luz e siga a Umbanda, ou é Umbandista e já deixou para trás há muito tempo o caminho das trevas, pois a partir do momento que se conhece o caminho da luz não é possível querer retroagir e voltar a seguir o caminho das trevas.



As Iabás:



A palavra Iabá quer dizer “Mãe Rainha” e que na África era um título apenas atribuído aos Orixás Iemanjá e Oxum e que no Brasil se estendeu a todos os outros Orixás femininos. Senhoras misteriosas em seus fundamentos, ligadas muitas vezes as águas e fecundidade, entedê-las profundamente é como se nós quiséssemos conhecer todos os mistérios da vida e do surgimento da vida. Crer na força das Iabás ou nas nossas chamadas “Mães de Cabeça” é como querer estar sempre amparado pela própria mãe carnal em si. Tal como na família material onde muitas vezes a figura da mãe tem o papel mediador entre a postura educativa e mais séria do pai para com o filho, assim são essas sagradas mãezinhas. Energeticamente falando, as Iabás são a metade feminina da existência; ou seja, não há procriação sem a presença do homem, muito menos da mulher. Abaixo, as nossas Yabás cultuadas na Umbanda. 



Oxum, é a senhora das águas doces, cascatas e rios, desde a sua nascente até o seu encontro com o mar. Senhora do ouro, do mel, da beleza, da vaidade feminina, encanto e também do jogo de Ifá (jogo de búzios). Oxum rege também a fertilidade devido a sua ligação ao óvulo liberado em cada ciclo menstrual. É a responsável pelas artes culinárias, a qual segundo as lendas, “dobravam” as opiniões contrárias dos seus inimigos através do estômago. Possui o título de Yialodê (ou “Senhora da Tribo”), ou seja, é a grande mãe que de todos toma conta, zela e protege. Suas cores na umbanda são o amarelo, dourado ou azul claro em algumas casas. Seu campo de atuação é o amor, as relações humanas, a comunicação, a sensualidade pelo encanto e pela beleza. Suas obrigações devem sempre serem feitas em ambiente limpo (Oxum detesta poeira e sujeira), gosta de doces finos e frutas das mais variadas, principalmente as ricas em caldo e sua comida mais ofertada, sem dúvida é o omolocum.

Iemanjá, é a senhora dos mares e oceanos. Dona do Ori, rege o casamento a vida em família. Senhora também da etiqueta social. Iabá bastante adorada em nosso país devido a grande extensão de praias e também do mar ser para alguns a sua única fonte de sobrevivência e sustento. Suas cores são o azul, o branco e também o prateado. Também gosta de espelhos tão quanto Oxum por também estar ligada a vaidade, sendo que esta vaidade não é tão coquete e dengosa quanto a de Oxum, a vaidade de Iemanjá está mais ligada a vaidade de uma rainha soberana e poderosa, visto que, ao lado de Oxalá, também está bastante ligada a criação e na mitologia yorubá ocupar a posição de mãe de todos os Orixás – a grande Matriarca. É a senhora de todas as obrigações de cabeça e oboris. Rege também a fase da gestação até o nascimento da criança. A Iemanjá podem ser ofertadas cocadas brancas, eboya, arroz branco com camarão seco, claras em neve, frutas claras, peixes (tais como sioba e corvina, p. ex.) e também o manjar e etc.

Iansã, é a senhora dos bambuzais, das ventanias, dos redemoinhos das tempestades. Iabá muito ligada ao elementos fogo e ar. Iansã representa a sensualidade, a sexualidade, o prazer, a boa risada, a gargalhada sincera e a alegria vibrante. A energia da sensualidade que emana desta Iabá vem pelos caminhos do desejo ardente e incontrolável. Tanto que nas lendas africanas, foi esposa de vários Orixás (Obaluayê, Ossain, Ogun, Oxóssi, Xangô) isso não só para representar a inquietude regida por ela mas também para mostrar que o elemento AR está presente em vários lugares da natureza e necessário a eles (o vento é necessário para a procriação das plantas, multiplicação das florestas, para alimentar o fogo, por exemplo etc.). Representa a mulher que antes de ir a luta beija os filhos com carinho e chegando nos campos de batalha não deixa a bravura sufocar a sua feminilidade e sensualidade. Em suas comidas votivas não pode faltar dendê, sendo o acarajé seu prato mais ofertado. Também aceita frutas diversas, além do abará (papa de feijão fradinho em folha de bananeira cozida em banho maria). Suas cores principais são o vermelho e o coral, também sendo em algumas casas o rosa e o amarelo.

Nanã Buruquê, é a senhora dos pântanos, alagadiços e manguezais. É a mais velha das Iabás muito ligada aos mistérios da criação. Segundo lendas, Nanã participou da criação do mundo junto a Oxalá, emprestando-lhe o barro para a confecção do ser humano, fazendo–lhe jurar que ao final da vida de cada um deles que ele devolvesse o seu “barro sagrado” novamente, daí a sua saudação: Saluba Nanã Buruquê (Retornaremos ou nos refugiaremos em Nanã Buruquê). Iabá muito ligada a vida e a morte, tão quanto Obaluayê, rege a ancestralidade, a tudo o que é antigo e arcaico. Rege o que não precisa ser mudado por já funcionar (representa “o modernizar pra quê?”). Ex.: uma moringa de barro ao invéz de uma jarra metálica ou uma escama de pirarucu (usada no mundo indígena para o corte de animais e hortaliças ao invés da moderna faca de aço. Nanã é contrário a modernidades e barulheira. Representa o silêncio, a meditação o aconselhamento e a sabedoria dos mais antigos. Representa os idosos e sua sabedoria acumulada pela experiência. Suas cores são o branco e o lilás, ou também o azul cobalto. Gosta de efó, omolocum de feijão branco, água mineral, beterraba e berinjela preparadas devidamente. Também aceita frutas.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Leia o Informativo Especial de Maio/2014 - "Os Pretos-Velhos"

Já encontra-se disponível para consulta, o Informativo Especial de Maio/2014,        "Os Pretos-Velhos", com duas páginas. Leia já!


Hoje, Comemoramos, "O DIA DOS PRETOS-VELHOS!"

  

Hoje, dia 13 de Maio é quando relembramos a histórica“Abolição da Escravatura” no Brasil, e também comemoramos na Umbanda o “Dia dos Pretos- Velhos”. Eles, representam o espírito de superação e transcendência de toda a tortura e sofrimento vividos pelos escravos no passado; quando homens negros eram tratados como objetos de comércio e lucro dos grandes senhores.

   Os Pretos-Velhos após sucessivas reencarnações, transformam-se em espíritos de luz e guias mediúnicos muito eficazes para trabalhar em diversos setores. São espíritos guias de elevada sabedoria, feiticeiros poderosos que dominam a “arte” do uso das ervas para trabalhar como medicamentos espirituais e feitiços em diversas áreas.

Salve os Pretos-Velhos!
Eu Adorei As Almas!

terça-feira, 6 de maio de 2014

Faça uma visita!



A Umbanda tem fundamento, é preciso preparar...



A Umbanda tem como lugar de culto o Templo, Terreiro ou Centro, que é o local onde os umbandistas se encontram para realização de suas giras e sessões. É um termo cujo significado é sessão umbandista, com cânticos, danças, rezas e benzimentos. As giras internas são fechadas para os que estão se iniciando na religião, desenvolvendo a mediunidade; as giras externas, abertas ao público, destinam-se atendimento dos consulentes e resolução dos mais diferentes problemas. 

A gira é um ritual mágico utilizado na Umbanda para a manifestação dos espíritos através normalmente, de um guia de luz, que comanda um Preto-Velho ou Caboclo. Na Umbanda, os médiuns que recebem os guias são chamados, aparelhos. A incorporação é chamada também de transe mediúnico.

RITUAL E DISCIPLINA

Todo terreiro de Umbanda possui um ritual e embora estes rituais se modifiquem, é necessário que haja disciplina para realizar uma gira, ou seja, NORMAS CONHECIDAS POR TODOS desde o dirigente ao iniciando que acabou de entrar. Este deve ser orientado logo que chegue ao seu Centro:

- Com a relação a sua postura dentro do terreiro,
- Suas obrigações e deveres para com seus irmãos
- As normas básicas de respeito e tratamento.
- Conhecimento correto de quem são nossos mentores espirituais
· O primeiro a ter respeito por tudo e por todos tem que ser o Dirigente, assim como os filhos mais velhos (pois estes conhecem bem o interior de uma casa)
· Aquele que está se iniciando deve ter em seu dirigente um exemplo, uma meta a ser atingida.

No terreiro cada um deve ser o que é, sem máscaras, sempre visando à auto-melhora, e o seu auto-conhecimento. A Umbanda nos ensina que cada um é o que é, cada pessoa sabe em seu intimo quais são seus processos de ação e reação, infelizmente quase todos nos escondemos de nós mesmos, por falta de coragem de olharmos no nosso espelho interior, e vermos nossos defeitos para podermos dar o primeiro passo para a mudança. Para isso contamos com o auxilio fraternal das Entidades de Aruanda e também os conselhos dos Pais de Santo experientes e sinceros. Mostrar o caminho não significa decretar, A UMBANDA NÃO AGRIDE AS CONSCIÊNCIAS, NÃO VISA TORNAR NINGUÉM INFELIZ OU VAZIO DE RELIGIOSIDADE.

Por isso, é importante o Dirigente observar que se um novo integrante da corrente veio de outra religião e naquele momento de sua vida deseja abraçar a Umbanda, não é de repente que essa pessoa vai esquecer a fé que moveu por dentro durante tanto tempo.
O VERDADEIRO UMBANDISTA RESPEITA TODOS OS CREDOS E SABE QUE A MESMA FÉ QUE O FAZ AMAR SEUS GUIAS E PROTETORES, FAZ UM CATÓLICO AMAR SUA IGREJA, OU UM MUÇULMANO AMAR ALÁ.

O médium de verdade deve ter em mente que na Aruanda todos são iguais (se há diferenças na hierarquia é porque os que chefiam, são as que mais trabalham e menos falam...).Isto quer dizer que os médiuns não devem sequer pensar que sua entidade é melhor que do seu irmão, as entidades de Aruanda preferem que seus filhos falem menos e trabalhem mais pelo seu próximo. Umbanda é Paz e Amor!


domingo, 4 de maio de 2014

Leia os 3 novos lançamentos dos Folders Explicativos!

Já estão disponíveis os novos lançamentos dos "Folders Explicativos: Conhecendo Um Pouco e Mais Sobre A Umbanda". Lembrando, que os mesmos poderão ser solicitados por e-mail, para:  cesjbig@gmail.com


OS PRETOS-VELHOS

OS CIGANOS

EXU


Ouça agora, a programação atualizada do Mês de Maio do CESJBIG!

Ouça agora, a programação atualizada do CESJBIG para o mês de Maio/2014!

sábado, 3 de maio de 2014

Informativo Mensal do CESJBIG - Maio/2014

Já encontra-se disponível para consulta, o Informativo Mensal de Maio/2014.        Com duas páginas. Leia já!