quarta-feira, 30 de abril de 2014

Salve os Boiadeiros!


Os espíritos que se manifestam na Umbanda na Linha dos Boiadeiros são aguerridos, valorosos, sisudos, de poucas palavras, mas de muitas ações. Apresentam-se como espíritos que encarnaram, em algum momento, como tocadores de boiada, vaqueiros, pastoreadores etc. Os seus pontos cantados sempre aludem a bois e boiadas, a campos e viagens, a ventanias e tempestades. O laço e o chicote são seus instrumentos magísticos de trabalhos espirituais. Eventualmente usam colares de sementes ou de pedras.

O Arquétipo da Linha de Boiadeiros é a figura mítica do peão sertanejo, do tocador de gado, enfim, dos homens que viveram na lida do campo e dos animais e que desenvolveram muita força e habilidade para lidar contra as intempéries e as adversidades. É um Arquétipo forte, impositivo, vigoroso, valente e destemido. 

Representa a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, também chamado de caboclo sertanejo. Lembra os vaqueiros, boiadeiros, laçadores, peões e tocadores de viola; muitos deles mestiços, filhos de branco com índio, de índio com negro etc., trazendo à nossa lembrança a essência da miscigenação do povo brasileiro, com seus costumes, crendices, superstições e fé.

Nesta Linha manifestam-se espíritos que usam seus conhecimentos ocultos para auxiliar pessoas que estejam atravessando momentos muito difíceis. São combativos, inclusive no corte de magias negativas, porque conseguem promover “um choque” em nosso campo magnético e liberá-lo de acúmulos negativos, obsessores etc. A Linha de Boiadeiros é sustentada, num dos seus Mistérios, pelo Orixá Ogum. Por isso, eles são verdadeiros “soldados” que vigiam tudo o que acontece dentro do campo da Lei Maior, estando sempre prontos a acudir os necessitados. Na Linha do Tempo, atuam sob a Regência de Mãe Oyá-Tempo e de Mãe Yansã, combatendo as forças das trevas pela libertação e o reerguimento consciencial dos espíritos que se negativaram, se desequilibraram e se perderam, recolhendo-os e os encaminhando para o seu local de merecimento na Criação.


Embora a Linha seja sustentada por esses Orixás (Ogum, Oyá-Tempo e Yansã), cada Boiadeiro vem na Irradiação de um ou mais Orixás que os regem especificamente, como acontece nas demais Linhas de Trabalho da Umbanda. Quando um Boiadeiro da Umbanda gira no ar o seu laço, ele está criando magisticamente, dentro do espaço religioso do Terreiro, as ondas espiraladas do Tempo, que irão recolher os espíritos perdidos nas próprias memórias desequilibradas e/ou irão desfazer energias densas acumuladas no decorrer do tempo.

Já quando um Boiadeiro vibra o seu chicote, está recorrendo de forma magística e religiosa à Divina Mãe Yansã, para movimentar e direcionar os espíritos estagnados no erro e na desordem. É muito efetivo o seu trabalho contra os espíritos endurecidos (“eguns”).

Pretos-Velhos: Do Cativeiro a dor, da dor á sabedoria...


"Como bem sabemos que vindos da áfrica, os escravos chegaram ao  Brasil trazidos por navios negreiros, sendo eles espalhados pelos quatros cantos do país. Assim começa minha historia, trabalhando como bicho Passei por esta estrada de muita dor luta e sofrimento Aos 17 anos de idade cheguei a casa onde lá passaria minha vida toda, fui escolhida entre tantas pra ser uma parideira,  e assim, fui separada de meus filhos que foram muitos, amamentando somente as  crianças brancas, não entendi tudo isso mas não tinha escolha e me conformava, afinal, esse era  o meu destino. Assim, quando aprendemos a cultivar nossos orixás nessa terra estranha, passei a agradecer todos os dias, mas ainda assim senti ódio, fome, frio, e muita tristeza em ver o meu povo com tanto sofrimento e covardia, e eu ainda contribuindo para que mais sofredores nascessem. Só fui entender como isso aconteceu, quando cheguei aqui em aruanda, terra de meus orixás. Fiquei sabendo que oxalá é perfeito e que todos que estavam nesta terra tinham suas dívidas, e que esse sofrimento todo era necessário para nosso equilíbrio, paciência e principalmente sabedoria, para que quando chegássemos aqui estaríamos prontos  para cumprir nossa missão de ajudar e esclarecer aos necessitados ainda na carne, com sabedoria e muita paciência, que só conseguimos atingir com sofrimento e maturidade. Pois sim meus filhos, hoje sou feliz porque continuo ainda fazendo filhos mas filhos pra vida e  pra serem sempre pessoas melhores.

hoje minha missão é vir aos terreiros de Umbanda trazendo paz, saúde,  e disciplina aos necessitados e sou tratada carinhosamente pelos médiuns e aprendizes por nega véia, minha véia, vovó e muito respeito. recebo a paciência que eu tive que aprender. Recebo o meu rosário, minha palha pra pitar, e minhas ervas, assim procuro confortar a quem precisa e libertar os desesperados e aqueles que ainda não conseguem enxergar que nenhum sofrimento e tão grande que não se possa suportar e nem tão pequeno que não possa te fazer crescer, evoluir. Permanecer na fé é muito importante porque Oxalá é rei e sempre que te permite um sofrimento, é por que esta te preparando pra algo maior, então meus filhos, não reclamem, agradeçam porque esta no lugar que tem que estar,o sofrimento passa, mas o seu aprendizado e evolução, permanecerão, para isso serve o sofrimento. Fique com a fé de Zambi e Oxalá que é rei lhe abençoe!

  Vovó Maria Conga da Bahia

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Pense...

Qual a diferença entre,"Tenda, e Terreiro"?

A partir de 1904, começaram a surgir no Rio de Janeiro várias casas de Umbanda denominadas de "tendas”. O termo tenda era utilizado para designar e distinguir a forma de culto adotado. Tenda era a casa de Umbanda que era estabelecida em um sobrado, ou seja, no alto, pois era comum naquela época realizar sessões nestes lugares. Como exemplo, Tenda do Caboclo-Mirim, Tenda do Caboclo da Lua, Tenda de Ogum Megê e assim sucessivamente.
Já o termo terreiro foi adotado para designar aquelas casas que eram estabelecidas no chão. Daí serem classificadas de “Terreiro de Umbanda”. O terreiro foi muito mais difundido do que as tendas devido ao próprio espaço oferecido para culto e foi com esse tipo de associação religiosa que a Umbanda conquistou sua posição no país.

Qual o sentido das oferendas na Umbanda?

As oferendas rituais são assunto controverso e no entanto todos só as fazem quando as suas dificuldades os assoberbam, enquanto que o mais correto seria fazê-las regularmente. As oferendas muito usadas nos cultos naturais (Umbanda e Candomblé) têm um sentido religioso e outro magístico. O sentido religioso é quando oferendamos nossas divindades reverenciando-as com amor, fé e respeito. O seu sentido magístico é quando oferendamos nossas divindades e clamamos para que nos auxiliem em nossas dificuldades profissionais, amorosas, familiares ou espirituais. É certo que quando oferendamos nossas divindades e guias espirituais apenas como ato de reverência ainda assim costumamos pedir proteção. Mas não são ativados pelas nossas mentes os seus poderes magísticos que só o são caso aí sim façamo-nas com esses objetivos. Isso é assim por que a oferenda religiosa consiste em nos colocar em sintonia vibratória, mental e religiosa com nossas divindades. 

Já a oferenda magística consiste em ativar os poderes de determinadas divindades e colocá-los em ação visando a beneficiar-nos rapidamente, seja anulando atuações espirituais negativas, seja cortando demandas ou propiciando acontecimentos fortuitos. Também temos as oferendas de assentamentos de divindades, de guias espirituais da direita e da esquerda. Essas oferendas já têm outro sentido pois consistem na obtenção permanente de poderes que não possuímos, mas que estarão à nossa disposição o tempo todo bastando-nos ir até o assentamento e direcionarmos seu poder segundo nossa necessidade.

A oferenda ritual de assentamento é a concessão de poderes e quem os concede (as divindades ou guias espirituais) espera que nos portemos com dignidade, discrição e responsabilidade, tanto com os poderes quanto para com quem os concedeu. O sentido da troca (obediência, discrição e responsabilidade com os doadores do poder) está implícito na própria oferenda e na necessidade de renová-la periodicamente no ponto de forças das divindades, assim como na de alimentar o assentamento e de limpá-lo, depurá-lo e mantê-lo iluminado e isolado dos curiosos ou profanadores do seu axé ou poder magístico ativável mentalmente por quem o recebeu e tem o dever de cuidar bem dele. Oferendar ritualmente propicia um auxílio efetivo. Realizar oferendas de assentamentos implica deveres a serem cumpridos religiosamente. 

"Ouça" agora, a programação final do CESJBIG para o mês de Abril!

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sábado, 26 de abril de 2014

Expressões Usadas Na Umbanda


Veja abaixo, o significado de algumas palavras que fazem parte do vocabulário do universo umbandista, e das entidades de Umbanda.

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques de atabaque, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.
Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.
Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para vir ao terreiro trabalhar.
Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.
Porteira: Entrada do templo.
Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.
Firmar: Concentrar-se para a incorporação
Firmar o Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas, o orixá patrono do médium.
Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada somente para a linha de caboclo.
Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais. 
Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.
Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
Cazuá: Terreiro, Templo, Local.
Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.
Descer: Ato da entidade incorporar.
Subir: Ato de a entidade deixar o corpo do médium.
Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.
Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades e guias, os restos de oferendas.
Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas e cânticos), para impedir de perturbar a cerimônia.
Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada.
Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.
Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.
Entidades: Seres espirituais na umbanda.
Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, superior e puro.
Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado à matéria.
Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.
Banda: Lugar de origem de entidade.
Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium. 
Calunga Grande: Mar; oceano.
Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo, morrer.
Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.
Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito, nas costas, na palma das mãos e na sola do pés.
Calunga Pequena: Cemitério.
Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.
Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.
Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.
Engira: O mesmo que gira, trabalho, sessão.
Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades ? guias, os restos de oferendas.
Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.
Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.
Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.
Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.
Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada
Fundanga: Pólvora.
Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium.
Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.
Perna de calça: Homem na linguagem dos pretos velhos e exus.
Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.
Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã, em seguida acompanhado pelos médiuns.
Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço seja para o bem ou para o mal.
Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.
Abó: banho de odor desagradável, em cuja composição entram várias ervas.
Amací: banho de ervas, feito para lavar a cabeça.
Amalá: comida que se dá aos Orixás.
Atabaque - tambor usado para acentuar o ritmo dos pontos.
Cambone ou cambono - auxiliar ou assistente do Orixá.
Samba: Feminino de Cambono, com as mesmas atribuições.
Carregado - cheio de maus fluídos.
Ebó - presente, oferenda.
Filho de santo - médium com batismo na Umbanda, com o Guia Identificado.
Guia - protetor do médium; colar de contas, pedra ou metal.
Mãe ou Pai pequeno - auxiliar imediata da Mãe ou Pai de Santo.
Mãe de Santo - mulher dirigente do terreiro, ou médium coroada.
Marafa ou marafo - aguardente, qualquer tipo de bebida alcoólica.Patuá - talismã usado para dar sorte ou proteção.
Pemba - giz especial com que se riscam os pontos.
Saravá - cumprimento comum e geral na Umbanda, o mesmo que salve!.
Toco - vela, charuto, cigarro, banco.

O Uso de "Ferramentas" Pelos Guias Espirituais


Muitos guias espirituais usam ferramentas para absorver energias condensadas, atrair ou projetar ondas vibratórias, descarregar os médiuns e os consulentes de energias negativas, etc. Para muitos que desconhecem os fundamentos da Umbanda, para os que estão iniciando na religião ou mesmo para aqueles que estão apenas visitando um terreiro para tomar um passe, as ferramentas utilizadas pelos guias aparentam ser apenas adereços e símbolos para chamar a atenção e tornar o ritual cheio de pompas. Mas tudo na Umbanda tem sua razão de ser e existir. Nada é por acaso. Antes de explicar para que servem as ferramentas utilizadas pelos guias espirituais, vamos conhecer algumas:

· Pretos/Pretas-velhas: cachimbo, bengala, rosário, terço, figa, crucifixo, lenço, xale, chapéu de palha, cigarro de palha, etc.
· Exú: tridente, corrente, marafo, charuto, cigarro, capa, cartola, guias de aço, etc.
· Pomba-gira: batom, cigarrilha, anéis, colares, saias, lenços, joias, etc.
· Caboclos de Oxóssi: penachos, cocares, arco e flecha, charuto, cuia, etc.
· Caboclos de Ogum: lança, espada, elmo, espada de São Jorge ou Ogum, etc.
· Caboclos de Xangô: oxé (machado de pedra de duas pontas), pedras, charuto, etc.
· Baiano: chapéu, cigarro de palha, badulaques, coco verde, facão, etc.
· Marinheiro: boné branco, copo com pinga, cigarro, cordas, etc.
· Boiadeiro: chicote, chapéu, cinto, lenço, etc.
· Obaluaye/Omulú: roupa de palha da costa, xaxará, pipocas, etc.
· Cigano: baralho, lenço, incenso, pedras, joias, almofadas, etc.
· Erês: brinquedos, bexigas, doces, bebidas, óculos coloridos, bonés, saias, etc.

Há outras linhas de trabalho nos terreiros, por isso enumeramos as mais conhecidas com apenas algumas ferramentas que cada uma delas utiliza, cada qual com sua devida utilidade não servindo apenas como mero adereço, como um batom, por exemplo.

Para que servem as ferramentas?

Algumas ferramentas como chapéus, cocares, capas, saias, etc., servem como proteção ao
médium girante; outras como bengalas, tridentes, espadas, flechas, etc., servem como um meio para descarregar o médium ou o consulente; e há também as ferramentas como incenso, joias, pedras, coco verde, doces, bebidas, etc., que servem para atrair e carregar o médium girante com energia positiva, ajudando no seu fortalecimento, equilibrando-o e acalmando-o. Não há uma regra com relação à função de cada ferramenta, pois os guias utilizam a mesma ferramenta para diversos usos, dependendo de sua vontade e do objetivo que ele quer atingir, como por exemplo, a bengala do preto velho pode descarregar o médium, mas também pode servir como meio para atrair energia positiva e carregar o médium.

Como são utilizadas as ferramentas?

Cada guia espiritual utiliza a ferramenta de acordo com seu fundamento e axé e há variação no uso ou no tipo de ferramenta até mesmo entre guias de mesma linha - como a linha de caboclos Pena Branca, onde um caboclo pode utilizar um cocar e outro utilizar apenas uma cuia com água e mel. O médium girante também influencia na escolha da ferramenta, pois o seu corpo é um transmissor e receptor de energias, mas a facilidade por onde “entra e sai” energia do seu corpo (que pode ser através das mãos ou dos pés ou da cabeça ou do tronco, etc.) é o que ajuda o guia a definir qual ferramenta utilizar.  

Para fazer o uso das ferramentas iremos descrever - com linguagem humana e pobre - como um (a) preto (a) velho (a) faz uso das mesmas:

I. Chapéu de palha, lenço, xale, etc.
a. Energia positiva: atrai bons fluídos e energia para a coroa do médium.
b. Energia negativa: protege a coroa do médium de vibrações negativas que estão no ambiente e ainda não foram processadas durante o ritual.

II. Cachimbo, cigarro de palha, cigarro, etc.
a. Energia positiva: o odor do fumo sendo queimado atrai bons fluídos ao médium e ajuda na concentração.
b. Energia negativa: queima os miasmas do corpo do médium e dos consulentes.

III. Rosário, terço, figa, crucifixo, guia de contas, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes. Também serve como meio para o médium se concentrar no trabalho do guia.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando a ferramenta é jogada ao chão ou quando ela quebra.

IV. Bengala, galho de guiné, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para serem repassadas ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando a ferramenta é batida no chão.

V. Comidas e bebidas como café, bolo de fubá, mandioca, arroz, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando descartado (cuspido) no “cuspidor”.

VI. Tapete de folhas, tapete de palha, chinelo de palha, etc.
a. Energia positiva: concentra energia positiva e fluído de essência divina localizado no congá para ser repassado ao médium ou aos consulentes.
b. Energia negativa: concentra energia negativa que está no corpo do médium ou do consulente sendo descarregada quando o guia bate os pés e ou as mãos contra a ferramenta ou contra o chão.

Para deixar bem claro, quem direciona o tipo de energia, positiva ou negativa, para a
ferramenta é o guia espiritual, pois é ele que está visualizando o excesso ou a falta dessas energias, é ele que sabe como manipular essas energias, sem afetar o médium ou o consulente. Mas quem é que define as ferramentas que os guias utilizarão nos trabalhos? Os próprios guias!

Por mais “legais e belas” que achemos algumas ferramentas, e até gostaríamos de presentear nossos guias, somente os guias é que pedirão, ou não, as ferramentas. Somente os guias é que sabem quais as que eles mesmos utilizam e se são ou não necessárias. Há casos em que alguns terreiros proíbem o uso de ferramentas pelos guias, mas é claro que os guias sabem dessa “proibição” e por isso, manipulam as energias de outras maneiras, reforçando o seu direcionamento para assentamentos ou para o altar, por exemplo.

E se o médium girante quiser presentear um guia espiritual com uma ferramenta?     ou E se um consulente presentear o guia espiritual de um médium com uma ferramenta?

Quando decidimos presentear um guia espiritual que trabalha conosco, através do uso de
nossa mediunidade, o melhor que se tem a fazer é perguntar para ele (ou pedir para que outra pessoa pergunte para o guia) se o presente será útil ou será uma coisa para atrapalhar. Acredite:

se o guia precisar de uma ferramenta ele pedirá ao médium ou ao cambono do médium girante, e às vezes, o que chamamos de “intuição”, como num caso desses, pode ser apenas uma “vaidade” de nossa parte. Todo cuidado é pouco. 

Se um consulente resolve presentear o guia espiritual devemos ter em consciência o seguinte caso: a consulta com o guia espiritual é gratuita, logo um presente pode caracterizar, indiretamente, como pagamento por um “serviço bem feito”. A vaidade do médium também pode ser exacerbada com este ato. O procedimento neste caso é: alertar para que os consulentes não ofereçam presentes aos guias espirituais, mas caso aconteça, o consulente deve oferecer o presente diretamente para o guia que saberá o que fazer com o presente.

Para finalizar, uma dúvida de muitas pessoas é: uma guia de contas estourou durante a gira, isso foi um descarrego?

Sim e não. Sim se o médium estava muito carregado negativamente e a única ferramenta que estava em seu poder era a guia de contas, daí, em decorrência do excesso de energia ela pode estourar. Porém não é sempre que uma guia de contas estoura em decorrência do excesso de energia. O médium constantemente molha a guia de contas em banhos de firmeza, amaci e até mesmo com o próprio suor. Alguns colocam as guias para energizar com a luz solar ou com a luz lunar. Esse processo de molhar e secar a guia por diversas vezes faz com que o fio de nylon da guia de contas não suporte tanta variação e quebre, e claro, como o médium só utiliza a guia de contas em dias de gira, é nesse momento que vai haver o “estouro” da mesma, e isso não é descarrego.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sincretismo Religioso

A questão do sincretismo religioso é um tanto complicada, quando lembramos os fatos Históricos:


É sabido que os africanos só poderiam cultuar seus Orixás em paz, se os disfarçassem com as imagens dos Santos Católicos, o problema é que até hoje muitas pessoas imaginam que os nomes dos Orixás, são o mesmo dos Santos da linha nagô.

Exemplos:

Orixá - Santo Católico

Oxalá - N.S.Jesus Cristo, N.S. do Bonfim
Xangô - São Jerônimo, São Pedro
Ogun - São Sebastião (Bahia), São Jorge (RJ)
Oxossi -São Sebastião (RJ), São Jorge (Bahia)
Obaluaiê - São Lazaro- São Roque
Oxumare - São Bartolomeu
Logun edé - Santo Expedito
Ibeji - São Cosme e São Damião
Exu - Santo Antônio
Nanã - N.S.Santana
Iemanjá - N.S. da Glória, N.S. dos Navegantes
Oxum - N.S. Conceição (RJ), N.S. das Candeias (Bahia)
Iansã - Santa Bárbara
Obá - Santa Catarina

Datas Comemorativas:

20/01 - Oxóssi
23/04 - Ogum
13/05 - Pretos-Velhos
13/06 - Xangô
26/07 - Nanã
13/08 - Exu
15/08 - Oxum
27/09 - São Cosme e Damião
02/11 - Omulú
15/11 - Data de Fundação da Umbanda
04/12 - Iansã
08/12 - Iemanjá
25/12 - Oxalá
                                  

Juramento Umbandista



Ao abraçar a fé umbandista, eu juro solenemente perante Deus e os Orixás: Aplicar os meus dons de mediunidade somente para o bem da humanidade; Reconhecer como irmão de sangue, os meus irmãos de crença; Praticar com amor a caridade; Respeitar as leis de Deus e a do homem, lutando sempre pela causa da JUSTIÇA e da VERDADE; Não utilizar e nem permitir a utilização dos conhecimentos adquiridos num terreiro para prejudicar a quem quer que seja. Salve a Umbanda, 
Salve os Sagrados Orixás.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Como Se Formou A Umbanda No Astral!


Na colonização do Brasil, havia muitos escravos, indios e europeus que não precisavam mais encarnar, espiritos ascencionados que queriam encarnar apenas para ajudar os seus que aqui sofriam. Os negros vinham como sarcedotes para ajudar na resignação de seu povo, os indios para ajudarem na adaptação de suas tribos e alguns europeus (como o Padre Manoel da Nóbrega) para "frear" as crueldades cometidas com estes povos.

Quando desencarnavam, iam para uma dimensão "acima" do Brasil, em sua contra-parte espiritual e juntos foram formando uma grande egrégora com o intúito de ajudar aqueles que aqui ainda estavam encarnados. Essa egrégora cresceu muito e do Alto veio a ordem de criarem uma nova religião. Espiritos iluminados já haviam encarnado na Terra com a missão de conhecer o sofrimento, desencarnar e formar esta grande egrégora.

O objetivo do astral era criar uma nova religião usando as essências e rituais milenares unidos com a magia. O solo brasileiro foi escolhido porque um novo circulo social e cultural estava se formando devido a mistura de raças e crenças e encontrou nessa grande egrégora de espiritos brasileiros a afinidade e a disposição para a grande empreitada e assim espiritos afins foram se unindo nessa nova Religião.
Quando um indio desencarnava encontrava seus "herois" na egrégora e se juntavam a eles para trabalharem juntos. Araribóia, Ubirajara, João da Mina, Ubiratam, Iracema eram alguns desses "herois". Assim foram se formando as falanges. As primeiras linhas de trabalho foram formadas pelos iluminados (indios, sarcedotes e missionarios), mas além dos negros e dos indios haviam diversos espiritos de religiões que se fecharam, como os celtas, druidas e etc... que encontraram nessa nova egrégora uma oportunidade de trabalharem pois cultuavam a natureza e as divindades (Sultão da Matas - era um hindu que cultuava Agni). Assim foram se formando novas linhas de trabalho como os baianos, pretos-velhos, boiadeiros e etc...
Depois destas correntes estarem estruturadas no Astral, com fundamentos próprios e práticas milenares, alguns terreiros de candomblé começaram a incorporar alguns caboclos e pretos-velhos mas foi durante uma sessão espirita, no dia 15 de novembro de 1908 que através do médium Zélio Fernandino de Moraes o Caboclo das 7 Encruzilhadas verbalizou que estava fundando uma nova religião: A UMBANDA. 

Por Que Acendemos Velas?


A vela acesa dentro do terreiro tem o objetivo de movimentar ou colocar em ação a “energia ígnea”, tal qual o charuto aceso, o alguidar com álcool, o carvão… A Umbanda, na sua essência e por ser mágica, trabalha com os elementos da natureza: água, ar, terra, fogo, vegetal e mineral.

A energia ígnea além de transmutar é também um condutor energético. Esta energia é fundamental ao equilíbrio mental no campo da razão. A absorção dela é vital para que alcancemos um ponto de equilíbrio em todos os sentidos da Vida. Assim como cada substância tem seu ponto de equilíbrio, medido em graus Celsius ou Fahrenheit, nós também temos esse ponto. e dependendo da absorção dessa energia ígnea, tanto podemos acelerar quanto paralisar nosso racional, deixando de usar a razão e recorrer à emoção ou aos instintos. 

O uso religioso das velas justifica-se porque quando as acendemos, elas tanto consomem energias do prana quanto o energizam, e seus halos luminosos interpenetram as dimensões básicas da vida, enviando a elas suas irradiações* ígneas e conseqüentemente nossos pedidos feitos.

* Irradiações = frequência por onde fluem as energias.

Cada Dimensão vibra numa frequência e o fogo sendo uma energia não tem cor, mas frequência tem, por isso usamos velas coloridas que quando queimadas, queimam seu pigmento gerando uma frequência que capta as irradiações do Alto. A vela branca, por ser a união de todas as cores irá fluir em todas as frequências. 

Portanto, quando ascendemos uma vela para um guia ou orixá, estamos nos "conectando" a eles através de suas ondas vibratórias e não lhe "dando" luz.

Oferendas Em Um Cemitério

O cemitério é um lugar sagrado em todas as religiões e é um ponto de força muito usado por nós Umbandistas. Também chamado de Calunga Pequena, Calunguinha ou ainda Campo do Pó ou Campo Santo é nele que as coisas se transformam, se transmutam.

No espiritual existem vários pontos de forças, vários locais vibratórios, e o cemitério é um deles, trocando em miúdos é um portal para uma seara, uma egrégora energética, lugar onde as vibrações de Omulu (morte, paralisação) e Obaluaye (evolução, transmutação) dão sustentação, onde encontramos as forças de Nanã Buruque, Yansã das Almas, Ogum Megê e de muitos outros orixás que atuam na evolução dos seres. É Uma Campina Aberta (Oxalá e Oyá Tempo) cercada de árvores (Oxossi) com concentração de terra (Obá).

Nesta seara não existe túmulos, campas ou covas, é um lugar onde as energias estão mais concentradas, mais densas, pois estão atuando o tempo todo na transformação, na transmutação da vida material para a vida espiritual. Por esse motivo sentimos o ar mais “pesado” quando estamos em um cemitério. Não há motivo para sentirmos medo, pois é um dos pontos de força mais movimentado e protegido. Trabalhadores espirituais estão o tempo todo atuando, esclarecendo, curando e encaminhando os recém desencarnados. 

Nós Umbandistas, cientes do poder deste ponto de força costumamos fazer oferendas para esses Orixás ou para estes Trabalhadores (sejam eles Exus, Pomba Giras, Caboclos, Boiadeiros...) e pedir pela paralisação (morte) de nossas doenças, vícios, tristeza, para transmutar nossos sentimentos negativos ou encaminhar algum espírito negativo que esteja atuando em nosso campo mediúnico. Quando entramos em um cemitério, saudamos as forças atuantes para demonstrar nosso respeito e devoção.

Saudamos e pedimos licença ao Exu Sentinela daquele cemitério para entrarmos no campo guardado por ele.Ao entrar ajoelhamos e saudamos Obaluayê (cruzando o chão com a mão direita) – Omulú (tocamos o chão 3 vezes com a mão esquerda) – Yansã das Almas -  Ogum Megê (*Este ritual também se repete na saída) Cobrimos nossa cabeça com um lenço branco para que as energias densas do local não desequilibrem nosso mental e com muito respeito nos dirigimos ao local de nossa oferenda.

Quase todo cemitério possui um Cruzeiro, ou ponto central, e é a partir dele que as energias são irradiadas. Obaluayê irradia a direita do Cruzeiro e lá novamente ele é saudado e oferendado. Omulú irradia à esquerda do Cruzeiro, onde deve ser saudado e oferendado. Guias de direita podem ser oferendados e saudados na frente do cruzeiro e Guias de Esquerda atrás do Cruzeiro. Na Umbanda não há sacrifício animal e toda a oferenda deverá ser recolhida ao final do trabalho.

O Que São Eguns?



Embora Egun signifique todos os espíritos que já desencarnaram, para nós, Umbandistas, Eguns são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e às vezes nem mesmo sabem que estão desencarnados.

Ele pode se tornar um obsessor quando se liga a algum encarnado para, por exemplo, vivenciar seus vícios materiais (álcool, droga, sexo, etc..) ou por não admitir se afastar de algum encarnado (esposa, filhos, amigos) ou ainda para se vingar de seus inimigos.

As pessoas obsediadas irão ser “vampirizadas” por eles, pois mesmo sem saber, quando um Egun entra no campo vibratório de um encarnado, por osmose, ele irá sugar a energia vital  do encarnado, desvitalizando um e vitalizando o outro.

O obsediado ira sentir uma forte apatia, “oco” por dentro, não saber mais o que quer direito, angustia, frio, sono, fraqueza, dores pelo corpo, calafrios, indisposição, sentimentos inconstantes, medo... 

A presença do Egun, poderá intensificar também nossos vícios e fraquezas nos desequilibrando como por exemplo: se aquele obsessor tiver o vício de beber e o encarnado beber, poderá beber além da conta, se os dois sentirem raiva, poderá ficar violento demais, e assim por diante. Os Eguns ficam vagando em nosso meio e às vezes são aprisionados por "quiumbas" (seres que já sabem que são desencarnados e fogem do auxílio), servindo-lhes como escravos e muitas vezes usados para sugarem energia de seus desafetos, atuando através dos sete estados tidos como capitais (vaidade, inveja, ira, preguiça, avareza, gula, luxúria).

Muitos ex-viciados são Eguns, pois, como quando na carne, não conseguem se libertar de seus vícios  (tabaco, bebidas alcoólicas, cocaína, heroína, LSD, cola de sapateiro, crack, etc..). Eles irão se aproximar de algum encarnado que tenha o mesmo vício para poderem sugar estas energias viciantes e por esta estar sendo dividido com o Egun, o encarnado irá fazer um uso maior para poder satisfazer os dois.

Espiritos que também tiveram atitudes que causam dependência (sexo, riquezas materiais, jogos, fanatismo religioso, atitudes depressivas, etc...) também são grandes candidatos para se tornarem Eguns depois de desencarnados.

Quando um Egun toma consciência de seu estado e condição, ele passa a ser um “sofredor” pois começara a “clamar” por Deus e por ajuda ou passara a ser um “Quiumba” que foge dos seres de luz para poder continuar em nosso meio.

Precisamos mudar a freqüência de nosso campo vibratório para que este obsessor não consiga nos perturbar e se desligue de nós.

È difícil, pois não somos seres perfeitos e temos muitos vícios, mas percebemos que nossas fraquezas é que estão atraindo este tipo de obsessor para a nossa vida e faremos o possível para mudar. A Oração eleva nossa vibração e conseqüentemente, eleva a do obsessor, possibilitando que entidades de luz se aproximem e o esclareça.

Banho de ervas também tem o mesmo efeito e protege nosso campo mediúnico não permitindo o acoplamento de energias contrárias.  Um banho simples de se fazer é com: Comigo-ninguém-pode / Guiné / Arruda / Alecrim / Espada de São Jorge / Manjericão / Hortelã-pimenta. (joga-se do pescoço para baixo pedindo a libertação das energias negativas, tomar durante 7 dias).

Mas se não mudarmos nossas posturas e atitudes, de nada adiantará.

Quando este obsessor for um perseguidor desta ou de vidas passadas, o processo é mais demorado pois as vezes somos merecedores daquela perseguição e não mudamos ainda nosso modo de pensar e de sentir, possibilitando assim, a interferência dele. Qualquer entidade da linha de Umbanda, seja ela, Preto-velho, Caboclo, Boiadeiro, Exu, Baiano, etc... irá identificar a atuação de um Egun e afastar, as vezes a força, do convívio do encarnado. Ele será enviado a uma colônia de esclarecimento ou será entregue a um Exu, que através da Lei Maior, irá fazê-lo expurgar seus “pecados”. 

A Entidade irá esclarecer o encarnado a forma que este Egun foi atraído para a sua vida e através de conselhos, mostrar quais atitudes e sentimentos devem ser modificados para que isto não se repita novamente. Geralmente indicará um banho para limpar seu campo mediúnico e talvez alguma oferenda para absorver alguma energia que ficou escassa.

Poucos são os casos em que a atuação destes Eguns vieram através de magia negra contra o encarnado, em sua maioria foi a lei da atração que permitiu tal atuação, pois energeticamente, os afins se atraem.

O Que São Quiumbas?

Depois de tomar consciência do seu desencarne, o espírito de baixa evolução não aceita ajuda do Alto que não permite que ele continue a conviver com os encarnados e continua a vivenciar seus vícios e a negativar seu mental.
Energeticamente, ele passa a cair de faixas vibratórias e assumir seu pólo negativo. Agregam-se a espíritos com o mesmo padrão energético formado falanges e assumindo um grau dentro da hierarquia das trevas.
Aprendem a manipular energias e as usam contra seus desafetos encarnados e contra os trabalhadores da Luz. Unem-se a encarnados praticantes de magia negra e muitas vezes se fazem passar por algum Exu, mas não passam de espíritos trevosos de pouca evolução.
Um Exu, trabalhador da seara umbandista, trabalha para a Lei nas trevas, e nada faz sem a permissão do Alto.
Um Exu de Lei pode tanto assumir sua fisionomia humana como a de qualquer criatura, pois são trabalhadores que, amparados pelo Trono do Alto, trabalham nos domínios do Trono do Embaixo. Já um Quiumba, por não ter mais a sustentação energética do Trono do Alto que o ampara, pois está vibratóriamente muito baixo, passa a ser amparado pelo Pólo Negativo daquele trono. O Pólo positivo que moldou sua aparência humana não consegue mais enviar energias para dar sustentação a esta aparência então o ser passa a “perder” sua fisionomia e a assumir aparências monstruosas.
Os Quiumbas obsediam uma pessoa encarnada para vivenciar seus vícios, para se vingar ou para agradar algum encarnado que, através de magia negra, solicitou seus serviços.
Mesmo nas trevas, há uma Lei que os rege. Uma Demanda de morte contra algum encarnado não matará, mas ele poderá sofrer um grave acidente para que se apegue mais a Deus e dê mais valor a sua Vida. Mas esta pessoa se revoltar, eles poderão incitá-lo ao suicídio, ao uso de drogas e etc... mas a escolha, mesmo que inconsciente, é do encarnado.
Quando o demandado é um médium com uma missão a cumprir, ele alguma hora irá procurar ajuda e iniciará sua missão espiritual (virá pela dor!). Muitas vezes os protetores desse médium tomam a sua frente para receber estas cargas negativas e não machucar demais seus protegidos.
Os Quiumbas se locomovem facilmente, sabem volitar, plasmar armas e manipular energias, que são pedidas aos seus amigos encarnados através de oferendas.
O encarnado obsediado por um quiumba sentirá todos seus sentimentos negativos desequilibrados como ódio, raiva, rancor, revolta, descontrole emocional. O egum escravo poderá ser escalado para permanecer ao lado daquele encarnado e lhe prejudicar a saúde física e mental, sugando sua energia vital.
Uma hora ou outra a Lei Maior interferirá nas ações deste quiumba, ele será capturado por um Exu de Lei e a eles passará a prestar contas, depois de um tempo será esclarecido e se for de sua vontade permanecerá na falange daquele Exu passando ele também a trabalhar para a Lei Maior nas Trevas.
A Umbanda trabalha incansavelmente combatendo estes espíritos trevosos e protegendo os encarnados, desmanchando magias negras e amarrações através de suas entidades que trabalham para a Lei Maior.

domingo, 20 de abril de 2014

quinta-feira, 17 de abril de 2014

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Folder Explicativo Número 02 - "Ogum"

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