terça-feira, 8 de julho de 2014

Conhecendo o seu Guia


   É muito comum no inicio das incorporações, quando estamos ansiosos, com medo, curiosos e inseguros para saber quem são nossas entidades, como trabalharam, seus nomes, etc… Todos nós médiuns passam por isso… Quando há as incorporações, o médium fica mais que atento a qualquer palavra que saia de sua boca “sou eu falando ou a entidade, o que vai acontecer agora, o que ele tá fazendo”... 

Tudo isso faz parte do inicio, pois ser consciente é perfeitamente normal e não é sinal de “falta de firmeza, ou imaturidade nas incorporações, ou fraqueza do médium. E é nessa fase onde o médium atua muito junto com a entidade, por sua participação, ‘interatividade” que é peculiar nesse inicio, ocorre maior incidência de uma interferência do médium, sobrepondo a da entidade.

Porém, com o passar do tempo, o médium vai ganhando confiança, vai aprendendo a ficar mais alheio das manifestações da entidades, pois para ele não terá mais mistérios e se reservará da total abstenção de qualquer tipo de interferência, inclusive de sua própria opinião do que a entidade deveria agir, falar ou conduzir numa consulta.

Muitas pessoas desistem no inicio, por não aceitar sua consciência e não conseguir trabalhar psicologicamente essa questão e achar que é ele ali e não a entidade. De não insistir e entender que as incorporações vão se firmando com o tempo. Pois nossa forma de trabalhar  é muitíssimo diferente do Candomblé e do Espiritismo. E para a Umbanda a afinidade e sintonia nas incorporações é de fato, mais demorada. 

Nesse processo de ajustes, equalizações deve-se estabelecer uma sintonia satisfatória, o médium deve entender que haverá sim erros, o seu sobrepor a própria entidade, o animismo, porque faz parte desses ajustes. Por isso o médium não deve ser permitido ao estar sob influência das entidades; beber, fumar e principalmente, dar consultas e atender o público, quando essa sintonia não se estabelecer de fato, avaliado pelo dirigente e guias chefes da casa.

Não é que não possa … é normal as entidades não darem nomes de suas falanges no inicio, pois o médium ainda não está preparado mediúnicamente falando… demora-se um tempo para estabelecer uma sincronia entre a faixa vibratória da entidade com a do médium e somente quando houver harmonia, e com menos risco de animismos por parte do médium, é que elas trazem sua falange.

Antes de tudo cada guia que incorpora é único, cada um é um espírito em particular, com seu jeito de agir e pensar. O nome de que se utilizam é apenas um indicativo da forma que trabalham em sua linha e irradiação. Por isso podemos ter vários espíritos trabalhando com o mesmo nome, sem que sejam por isso um só espírito. É como ser um médico, engenheiro, etc… Todos possuem um conhecimento comum, além do conhecimento individual. E isso faz com que trabalhem de forma diferente, mas seguindo a mesma linha geral. A mesma coisa acontece com nossos guias, então é comum escutar:

- Como é o Caboclo X?
- Me conte a estória do Preto Velho Y
- Como é o ponto riscado do Exú Z?

Isso pode ocasionar vários problemas no início do desenvolvimento, o médium lê uma descrição de que o Caboclo Y fuma. E ele fica com “isso” na cabeça, assim que chega no momento de trabalhar com o seu guia o Caboclo Y (também) pede um charuto, e a partir daí fica mais difícil de romper essa barreira anímica criada pelo médium.


Ou então o médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha-se no chão, aí pensa, “nossa o que eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do seu guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento. Para resumir, a melhor forma de conhecer seu guia e através do tempo, do desenvolvimento e do trabalho com ele, assim, pouco a pouco você vai se inteirando de como ele é, como gosta de trabalhar, como age, etc.

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