quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Como Acontece A Mediundade?

      A Mediunidade é compromisso assumido na Espiritualidade, antes mesmo de se reencarnar. É como se deixássemos uma autorização ao mundo espiritual para que, quando chegada a hora certa, possamos servir de "elo de comunicação" (ser um instrumento) para os espíritos poderem comunicar-se. Todos devem ter consciência e responsabilidade para saber que antes de se assumir um lugar nos trabalhos de uma Casa de Umbanda, é preciso ter maturidade; ou seja, procurar aprender antes e praticar depois, para quando a caridade for praticada, exista a responsabilidade e não aconteça o entra e sai de médiuns, tão frequentes nos terreiros.

       O desenvolvimento do médium na Umbanda passa por três etapas a saber:

       1º) – Domínio das faculdades sensoriais;
       2º) – Domínio das faculdades motoras;
       3º) - Domínio das faculdades psíquicas.
     
     As primeiras manifestações são ditas sensoriais, isto é, o médium começa sentindo “algo de estranho”, mãos geladas, braços e pernas dormentes, frio na espinha, na cabeça, na boca do estômago, etc. É a atuação das Entidades sobre os plexos nervosos, como primeiro sinal de sua aproximação. Em seguida, as Entidades passam a dominar as “faculdades motoras” e o médium sente impossibilidade de desfazer certos gestos e atitudes que ele tomou SEM SABER O PORQUE, mas não “tem forças” para impedir. Quando um Caboclo por exemplo, prende o braço esquerdo do médium nas suas costas, ficando imóvel, por horas e horas, ou quando um preto velho enverga as pernas do médium, este não sabe porque, mas obedece, embora esteja “consciente” de que está fazendo aquele gesto ou tomando aquela atitude. São as suas faculdades motoras que, secundando as manifestações sensoriais estão sendo “tomadas” CADA VEZ MAIS PELA Entidade, à medida que o seu organismo se prepara para a missão mediúnica.

    A última faculdade a se entregar ao domínio dos Guias e protetores é, justamente, o psiquismo do médium, a sua consciência, a sua “guarda” para tudo de estranho que está acontecendo com ele. Quanto mais culto o aparelho, maior a sua resistência a entrega do seu psiquismo à atuação das Entidades de incorporação. Mediunidade para a maioria dos Umbandistas é sinônimo de muita luta, resignação e sacrifício; por outro lado, ao longo da caminhada, nos proporciona uma imensa certeza do dever cumprido. Os Médiuns de Umbanda são aqueles que vêm com seu perispírito preparado para ser instrumento de comunicação, orientação ou cura nos trabalhos Umbandistas.
   O tipo de mediunidade mais usado na Umbanda é o de incorporação ou comunicação, mas isso não impede que a pessoa tenha outros tipos de mediunidade. Veja alguns tipos de médiuns abaixo:

   Comunicação: São aqueles que incorporam na Umbanda. Caboclos, Pretos-Velhos, Exús, Baianos. Sua função é procurar o aprimoramento para ser bons instrumentos, evoluindo cada dia, tentando se afastar de seus erros, vícios, atitudes de maldade, inveja, orgulho e vaidade.
 
  Visão:  Enxergam elementos do plano espiritual, muitas vezes pode ser um espirito ou entidade, muitas vezes pode ser um espirito perdido, às vezes não veem uma imagem perfeita e sim um brilho, uma mancha. Acompanhado da visão alguns médiuns são também sensitivos.

  Sensitivo: É aonde o médium, não chega a ter incorporação, mas consegue sentir em seu corpo a presença de um espirito ou entidade, através de arrepios, batimento cardíaco acelerado, tremores, mãos e pés gelados e até mesmo o medo por consequência.

  Audição: Existem aqueles que conseguem ouvir passos, ouvir coisas se mexendo, mesmo que não haja nada no ambiente em que ela esteja.
 
  Olfato: Esse a maioria de seus possuintes não o sabem, por ser uma coisa natural e muito corriqueira, sentir cheiros nunca seria algo que levasse a desconfiança. Mas sim, existem médiuns que sentem cheiros de entidades, como charutos, cachimbos, flores e perfumes.

Fonte: "Templo de Umbanda Pai Oxalá"




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