Dentro dos terreiros de Umbanda existe organização e disciplina, além de todo um sistema que objetiva manter esta organização, alguns terreiros, dependendo do tamanho dividem-se em parte administrativa e espiritual.Estaremos falando agora a respeito dos cargos dentro da hierarquia espiritual mais comumente encontrados nos Terreiros de Umbanda:
Babalorixá ou Ialorixá :
Babalorixá ou Ialorixá :
É o dirigente do terreiro (Babalorixá se for homem e Ialorixá se for mulher). Esta figura é a responsável espiritual por tudo que acontecer dentro da gira (antes, durante e depois). Tanto o Babalorixá quanto a Ialorixá são também chamados de Pai do Santo e Mãe de Santo. Algumas pessoas falam pai de santo e mãe de santo, consideramos essa maneira incorreta, pois é na Lei do Santo que eles são Pai e Mãe. Eles têm a função de cuidar e zelar da vida espiritual dos médiuns do terreiro, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados a público. São os responsáveis por fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo Astral, para o Terreiro.
Pai Pequeno e Mãe Pequena:
Pai Pequeno e Mãe Pequena:
São os futuros Babalorixá e Ialorixá. São a segunda pessoa dentro de um Terreiro de Umbanda. Têm como função auxiliar o Babalorixá e a Ialorixá em todos os trabalhos. Outras funções específicas variam de terreiro para terreiro.
Médiuns de Trabalho:
Médiuns em Desenvolvimento:
São médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento. Dependendo do terreiro eles podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha, mas ainda não dão consultas e as suas entidades ainda não deram nome ou não riscaram ponto. Estão sendo preparados para tornarem-se médiuns de trabalho.
Médiuns Iniciantes:
Médiuns Iniciantes:
Também como o nome diz, são médiuns que ingressaram a pouco tempo no terreiro e ainda não incorporam.
Cambono (homem) e Samba (mulher):
São os responsáveis por atender as entidades, no que diz respeito a acender charutos, velas, cachimbos, esclarecer a assistência o que a entidade está querendo dizer, coordenar a entrada da assistência para consulta ou passe.
Transa:
Transa:
É a pessoa responsável por distribuir as fichas de atendimento (quando o caso) e coordenar a entrada da assistência. Muitas vezes, dependendo do tamanho do terreiro acumula função de cambonagem.
Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã:
Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã:
É a pessoa que bate (toca) o tambor. Na realidade na Umbanda, a concepção de Ogã é totalmente diferente do Candomblé e do Omolocô, onde a pessoa é preparada especificamente para esse fim. A função do tambor é a de ajudar na invocação das Entidades, deve ter toques harmoniosos e diferenciados para cada Linha.
Todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados por todo e qualquer umbandista. A gira mediúnica é o auge de uma reunião umbandista que é dividida em três momentos básicos a saber:
- A abertura; momento em que se evocam as forças e entidades espirituais e se invocam as bênçãos, proteções, pedidos e auxílios;
- A gira mediúnica; instante em que os médiuns incorporam as entidades espirituais para atendimento ao público;
- O encerramento, ou seja, o término da reunião, em que se agradece a assistência das forças e entidades espirituais.
Os ritos e liturgias utilizadas nas reuniões do movimento umbandista, variam de terreiro para terreiro, assim, como também, pode se diferenciar a decisão de como se processa a gira mediúnica, que tipos de entidades se fará presente e como deverá se proceder o atendimento ao público. Isso acontece, por que os terreiros são células religiosas que se adequam a coletividade que os rodeia, oferecendo dentro de um determinado padrão mínimo, os ritos, as liturgias, as manifestações espirituais que mais afinizem com os adeptos e o público que freqüenta determinada casa.
A Função da Umbanda é isso, atender as necessidades espirituais essenciais do indivíduo, mesmo que este processo se inicie por resolver suas necessidades materiais básicas, permitindo um equilíbrio mínimo da sua existência. Proporciona-se assim, condições estáveis a alma para realizar vôos evolutivos mais altos e abrir sua consciência a entendimentos mais profundos e finalmente se religar a Deus. Através do que já falamos, podemos chegar a conclusão que o atendimento ao público é o objetivo primordial de todas as reuniões de um terreiro. As pessoas que se encaminham a uma casa espiritual umbandista, possuem expectativas, estão ansiosas para encontrar a solução de seus problemas, desejam sair dali pelo menos reconfortadas, com esperança etc. O público, portanto, deve ter um tratamento especial por parte dos dirigentes, dos organizadores e do corpo mediúnico da casa. Tudo deve ser voltado para se fornecer um bom atendimento ao público presente.
Devem ser bem recebidos, encaminhados a um local apropriado para assistirem a reunião, informados de como se processará o andamento da mesma, como deve ser o seu comportamento durante os trabalhos, em qual momento e como devem se dirigir aos médiuns incorporados, se houver necessidade de se retirar antes da gira terminar como fazê-lo, devem também ser indicados a eles os banheiros, aonde beber água etc. É de bom tom, que o dirigente em algum instante na abertura, faça uma pequena e rápida preleção (palestra) trazendo para o público, informações, avisos, ensinamentos e doutrina.
Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades. Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público. Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento.
O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções.
É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção.
Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, os tambores e outros instrumentos formando um conjunto harmonioso de sons, a batida das palmas, os fardamentos, as guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar. Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público.
Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público. Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais.
O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado. Os adeptos presentes em grande número, com um fardamento impecável, guias coloridas no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades.
A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento. A hierarquia da casa é plenamente identificada, pais e mães pequenas, cambones, tambozeiros etc., Esta hierrarquia, decorre da necessidade de equilibrio entre a liberdade e a autoriedade, que geram a disciplina e as leis que regem essa disciplina e que podem ser mutáveis em função da época, da fase e da estrutura social da comunidade formada pelo terreiro. Cada terreiro tem sua norma de bem-viver adaptada a expanção uniforme direcional, fazendo com que a disciplina seja consciênte, livre e com base na razão e na compreensão, toda disciplina aceita e reflete a afirmação da personalidade dos dirigentes.
Na gira mediúnica devem incorporar somente os médiuns que já tiverem mais experiência e estejam, como dizemos comumente, mais bem afirmados com suas entidades. Desenvolvimento mediúnico deve ser uma reunião a parte e fechada ao público. Após todos os médiuns incorporarem, os cambonos (pessoas que dão assistência as entidades espirituais e ajudam na organização durante a reunião) devem encaminhar o público para o atendimento.
O restante do corpo de adeptos, que não estiverem incorporados, devem sustentar a gira dos que estão em trabalhos mediúnicos através dos cânticos, de bons pensamentos e intenções.
É necessário, que se mantenha o bom nível vibratório, para que os trabalhos espirituais aconteçam em segurança e bem equilibrados. Todo o público deve ser atendido, sem exceção.
Uma reunião umbandista é algo bonito de se ver, os cânticos, os tambores e outros instrumentos formando um conjunto harmonioso de sons, a batida das palmas, os fardamentos, as guias coloridas, a decoração do ambiente, as imagens e símbolos do altar e mesmo a forma como se processa os ritos e liturgias enche os olhos e ouvidos de quem vem participar. Visual e som somam-se a um sem número de detalhes para permitir a harmonização de todos os presentes, mas tudo isso não é um espetáculo, nem uma encenação para agradar o público.
Muitas casas umbandistas se ressentem pela existência de muito pouco ou quase nenhum público. Geralmente são sempre as mesmas pessoas que se repetem em todas reuniões. Quando tem a casa lotada sempre é por ocasião de festas, comemorações e louvações especiais.
O terreiro já tem lá seus anos de existência, é um local bem decorado, limpo, asseado, de ambiente agradável e bastante arejado e iluminado. Os adeptos presentes em grande número, com um fardamento impecável, guias coloridas no pescoço e todos os adereços e material de trabalho de suas entidades.
A reunião tem todo um processo organizado, bem estruturado, desde a abertura até o encerramento. A hierarquia da casa é plenamente identificada, pais e mães pequenas, cambones, tambozeiros etc., Esta hierrarquia, decorre da necessidade de equilibrio entre a liberdade e a autoriedade, que geram a disciplina e as leis que regem essa disciplina e que podem ser mutáveis em função da época, da fase e da estrutura social da comunidade formada pelo terreiro. Cada terreiro tem sua norma de bem-viver adaptada a expanção uniforme direcional, fazendo com que a disciplina seja consciênte, livre e com base na razão e na compreensão, toda disciplina aceita e reflete a afirmação da personalidade dos dirigentes.
Na Umbanda, a hierarquia é direcional não como com detenção de poder mas o objetivo do que foi, é e será. O passado e a experiência adquirida. o presente é o trabalho, é a luta de cada dia para semear os frutos de amanhã. O fruto será a colheita do que se plantou no presente, por conseguinte uma boa semelhada, dará uma boa colheita, se o presente estiver atento. Precisamos, acima de tudo, entender esse estágio evolutivo e organizar cada vez mais a nossa Umbanda, a nossa religião, para que no Plano Astral ela possa ter uma função muito mais clara, porque, com a consciência, nossas entidades poderão trabalhar com muito mais satisfação, porque a consciência os levou a um plano de participação cósmica, inserindo-os no equilíbrio universal, no amar o próximo, no dar e receber. Essa é a Lei do Equilíbrio, a Lei do Processo Evolutivo.Precisamos respeitar os cultos e as formas de direcionar o pensamento ao Divino. Não podemos transformar a nossa religião em um amontoados de lendas e mistificações, de metáforas e metafísica. Nossa religião é simples, é a religião da vida, e a religião do Divino em nós.
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